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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Certezas e incertezas...

No fim de semana ouvi alguém comentar numa reportagem na televisão que é urgente acabar com a incerteza, que os partidos têm que decidir se querem ou não acordar no compromisso de salvação nacional. As definições e noções de incerteza como temos tido ocasião de verificar são múltiplas, à vontade do freguês, há para todos os gostos. Há quem veja no não compromisso de salvação nacional a solução para a incerteza. Os partidos sentaram-se, entretanto, à mesa, já não é mau, e fizeram juras de que no final da semana haverá fumo branco. Alcançar um compromisso desta natureza, não sabemos ainda o que entendem por salvação nacional, obriga, com certeza, a colocar os interesses do País acima de tudo. Não se trata de ir pelo caminho, como gostam de fazer, de esgrimir culpas para obter vantagens políticas ou de entrar em calculismos de poder. As culpas são conhecidas e estão atribuídas. De calculismos estamos cansados e desgraçados. Os partidos têm jogado demasiado na incerteza, para depois dela retirarem vantagens. Chegámos a um ponto de degradação política perigoso. A confiança é negativa. Uma certeza temos: a desconfiança é causa da incerteza. Acumulámos muitas e variadas crises por demasiado tempo. Andámos sempre pouco preocupados em as evitar e atrasados na sua resolução. O tempo passou, implacavelmente. A situação exige realmente uma solução de salvação nacional. Esta é uma certeza.

4 comentários:

Tonibler disse...

Os partidos, cara Margarida?????

Os partidos, representando mais eleitores que o próprio PR, fizeram um governo em que TODAS as medidas de corte de despesa foram chumbadas pelo PR. Esses mesmos partidos apresentaram uma solução de compromisso representando um consenso maior que aquele que fez de Cavaco Silva presidente. Houve problemas, houve, mas foram resolvidos dentro dos partidos.

Os partidos é que têm jogado?? Exigir um compromisso dos partidos diferente daquele que tomaram perante os respectivos eleitores, isso é o quê?

Um consenso existe: Este PR é um foco de insalubridade democrática e deve ser deposto. Os mercados corroboram. E para este consenso até se reunia 100% do parlamento. Agora a culpa é dos partidos??? Só se for por não reunirem os 100% dos votos para depor o PR...

Anónimo disse...

Cara Margarida, estes partidos, esta gente conseguir enxergar mais além das tricas partidarias? Dificil. Com esta gente a governar Inglaterra teria perdido a guerra!!

Tonibler disse...

E, mesmo com uma guerra, ninguém teve a coragem de por em causa a democracia e a legitimidade democrática de quem decide. Um bom exemplo, Zuricher...

Anónimo disse...

Margarida, esperemos que prevaleça o bom senso e a consciência da gravidade do tempo que atravessamos. Nos partidos nas instituições, na cabeça dos lideres de opinião.
Confesso-me assustado com esta onda de desvalorização da iniciativa do PR, posta em movimento por muitos que têm a estrita obrigação de ajudar a encontrar a unica saída que ainda pode inverter o plano cada vez mais inclinado. Tal como o PR me surpreendeu, espero agora que as lideranças dos partidos que contam para a solução surpreendam também.