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terça-feira, 31 de março de 2015

PCP convertido à social-democracia!...

"Trata-se de um dia histórico na Madeira"
Porta-voz da CDU, vulgo Partido Comunista Português
De acordo, por uma vez.  
Agora com novo líder, uma nova maioria absoluta do PSD: um dia histórico, sim senhor... 

Combater as infecções hospitalares, uma esperança...

A questão das infecções hospitalares regista uma dimensão especialmente grave em Portugal. Temos uma prevalência de 10,5%, que é o dobro da que se verifica nos países europeus
Refere o Relatório do Estudo "Um Futuro para a Saúde", financiado pela Fundação Gulbenkian, que Portugal gasta 280 milhões de euros por ano com as infecções hospitalares. Há, portanto, muito para poupar em recursos públicos, sem dúvida. 
Mas o mais importante são as vidas que se ganham e as complicações de saúde que se evitam e é o sofrimento que se poupa aos doentes e às famílias. A ceifa de vidas por causa das infecções hospitalares é um verdadeiro flagelo. Um doente entra num hospital para resolver um problema de saúde e acaba vítima de uma infecção que poderia ser evitada se algumas práticas de higiene e de medicina fossem alteradas.
Há muitos anos que sabemos que há muito para melhorar na adopção de coisas tão básicas como lavar as mãos e usar luvas. É incompreensível que estejamos tão atrasados neste domínio. Tão desenvolvidos numas coisas mas tão atrasados noutras! 
Agora, a Fundação Gulbenkian vai financiar um programa de redução da infecção hospitalar - "Stop Infecção Hospitalar!" - ao qual se candidataram doze hospitais. O objectivo é reduzir em três anos 50% dos actuais níveis. Enfim, abre-se aqui uma janela de grande expectativa e de oportunidade para quebrar a “resistência à mudança”... 

sábado, 28 de março de 2015

Por Uma Democracia de Qualidade


Conferência Reforma Política, Reforma do Estado
No Facebook poderá o leitor identificar facilmente os detalhes do Programa.
Os textos e subscritores dos Manifestos em referência poderão ser encontrados em:
Por uma Democracia de Qualidade 
Inscrições: Porumademocraciadequalidade@gmail.com

sexta-feira, 27 de março de 2015

Boa vai ela!...

Afinal, e pelo que hoje ouvi na rádio, quer o PCP, quer a Extrema-Esquerda querem a continuação dos torpes imperialistas americanos em território nacional, na Terceira...e, pelos vistos, já nem se importam que utilizem a Base para levar a guerra e derrubar regimes. 
Ou simplesmente querem os americanos na Base, para depois poderem criticar a sua utilização?

quinta-feira, 26 de março de 2015

Grécia: uma luz ao fundo do túnel?


  1. Na edição de ontem do F. Times era dado grande destaque, de 1ª página, a uma notícia relativa à periclitante situação das finanças públicas da Grécia, sob o título “Athens raids public health coffers – desperate move to stay afloat…”.
  2. Trata-se, ao que parece, de mais uma tentativa desesperada do Governo grego, que já há dias tinha “saqueado” as contas bancárias da segurança social, para encontrar dinheiro que lhe permita ir pagando as despesas com salários e pensões dos funcionários públicos…
  3. …no caso vertente, o facto de sacar sobre as contas do SNS lá do sítio (e ao que parece tb sobre as contas do Metro de Atenas, coitado) afigura-se uma ousadia   cintilante – desviar fundos destinados ao pagamento de cuidados de saúde para pagar salários e pensões é qq coisa de surreal – e mostra que o grau de perturbação dos estrategas do Governo grego é já muito considerável.
  4. Na mesma edição do FT, na página 12 (Lex column) encontra-se outra notícia, esta referente à situação aflitiva em que se encontram os bancos gregos, ilustrada no facto de, nos dois primeiros meses deste ano, terem sido feitos levantamentos de € 21,8 mil milhões dos depósitos de particulares e de empresas, só nos 4 maiores bancos - 7 do Piraeus, 5,6 do Alpha, 5,0 do Eurobank e 4,2 do National Bank of Greece…
  5. …o que explica a necessidade de sucessivas injecções de liquidez do BCE/Eurosistema na banca grega, via linha de emergência (ELA), que já vai em qualquer coisa como € 87 mil milhões, tendo o BCE adoptado, nas últimas semanas, uma prática de injecção de liquidez a “conta-gotas”, para manter o sistema bancário grego a flutuar…mas até quando, uma vez que o próprio BCE parece estar já a “ferver” com esta situação?
  6. Não se inveja de todo a sorte dos bancos gregos, cuja actividade nos últimos meses se tem concentrado: (i) na compra (a contra-gosto, seguramente) de dívida pública grega (BT’s), que mais ninguém parece disposto a comprar, mesmo a taxas muito elevadas para esta conjuntura; e (ii) em satisfazer a fuga de depósitos por parte de uma boa parte dos seus clientes…
  7. Começa-se a vislumbrar uma luz ao fundo do túnel, para a Grécia…mas duvida-se que se trate de uma luz branca, ou mesmo amarela…

terça-feira, 24 de março de 2015

Arte Nova

Desculpem-me os espíritos mais sensíveis, mas esta noticia do Publico trouxe-me a recordação de uma outra obra de arte, que a foto abaixo documenta, achada do outro lado do Atlântico, através da qual o autor expressa exatamente o que sinto e penso sobre a que dá mote à referida notícia.



Pequeno apontamento

Só o Advogado sabe a pressão enorme que sobre ele se abate nos casos em que sente espezinhadas regras e princípios fundamentais do Direito; ou naquelas situações em que pugna pelos direitos do seu constituinte sem as mesmas armas do seu adversário circunstancial. Mas é justamente nestes casos que se exige do Advogado um autocontrolo à medida da pressão. Desde logo porque o descontrolo, se atinge a imagem do patrono, prejudica sobretudo - e muitas vezes de forma irremediável - os interesses do seu cliente.

sábado, 21 de março de 2015

Convite: Conferência Reforma Política-Reforma do Estado


O Quarta República junta-se a um grupo de cidadãos subscritores dos Manifestos
Por Uma Nova Política Energética em Portugal
Despesa Pública Menor Para Um Futuro Melhor 
Por Uma Democracia de Qualidade-A Reforma do Sistema Eleitoral
na Conferência Reforma Política-Reforma do Estado, a realizar no próximo dia 30 de Março, na Associação Comercial de Lisboa.
A organização tem todo o gosto em contar com a presença dos amigos, leitores, comentadores e visitantes do 4R, pelo que fica feito o respectivo convite.
A entrada na Conferência é livre, devendo a inscrição ser efectuada através do email:
porumademocraciadequalidade@gmail.com
Ao lado, o respectivo Programa 
Sejam bem-vindos!

sexta-feira, 20 de março de 2015

A Lista II

Tive a pachorra e a suprema paciência de ouvir parte das audições no Parlamento dos Director Geral e Sub-Director Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira e um pouco da audição do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. 
Por parte de alguns Deputados não ouvi questões, mas processos de intenção, não ouvi perguntas, mas insistência em certezas não comprovadas, mas convenientes, não percebi vontade de esclarecimento, mas chicana pessoal e política.
E vi Deputados interrogantes que demonstravam completa e absoluta ignorância do funcionamento de qualquer instituiição, pública ou privada. E, sobretudo, verifiquei que, para alguns deputados, a tarefa de qualquer membro de governo se exprime e esgota no básico limiar de competência evidenciado nas questões formuladas. Baixo grau de competência, mas compensado por cinismo no grau mais elevado. 
E, pelo que ouvi, fiquei convicto de que os censores da inquisição não ficariam desapontados com o tipo de algumas das perguntas formuladas.
PS: Já sabia que os membros do Governo são achincalhados em qualquer audição parlamentar; chegou agora a vez dos altos responsáveis da administração pública. Uma completa irresponsabilidade. 

Contas externas: 2015 não começa nada mal...e a informação "a que temos direito"


  1. Ontem divulgadas, as contas externas em Janeiro de 2015 evidenciam expressiva melhoria em relação a Janeiro de 2014: para o conjunto das Balanças Corrente e de Capital apura-se agora um superavit de € 277,8 milhões, face a um défice de € 410,1 milhões em 2014.
  2. Sem surpresa, as notícias mais recentes sobe esta matéria salientaram a queda homóloga, de 1,8%, nas exportações de bens, interpretando-a como mais um sinal negativo…mas esquecendo que a forte queda dos preços do petróleo afecta tanto as importações (de ramas de petróleo) como as exportações de produtos petrolíferos (derivados)…
  3. …mas, como o importante é causar o maior alarme noticioso, foi omitido o facto das importações de bens terem caído bastante mais do que as exportações – 10,2% contra 1,8% - do que resultou uma acentuada melhoria no saldo da Balança de Bens, o qual passou de um défice de € 775 milhões em Jan/2014 para um défice de € 431,6 milhões em Jan/2015 (-44,3%).
  4. Nota especial também para as inversões no saldo da Balança Corrente, que passou de um défice de € 436,8 milhões em 2014 para um superavit de € 131,8 milhões em 2015, e no saldo das Balanças de Bens e Serviços, neste caso de um défice de € 229,2 milhões em 2014 para um superavit de 124,9 milhões em 2015.
  5. Outra nota de interesse consiste no elevado crescimento das transferências (remessas) de Emigrantes, que passaram de € 179,1 milhões em 2014 para € 217,8 milhões em 2015 (+21,6%)…
  6. …sendo que, em relação a este último tema, o relevo mediático foi para a quebra (de 25% salvo erro) nas transferências provenientes de Angola, as quais representam uma parte muito pequena do conjunto das transferências…
  7. É certo que, em matéria de contas externas em 2015, a procissão ainda vai no adro…mas, nesta fase inicial, até se apresenta bastante composta, veremos se lá mais para a frente não perde a compostura…
  8. E, tranquilamente, continuamos a ser devidamente esclarecidos pela Informação “a que temos direito”…  

Lisboa no Monopólio...


Quem não se lembra do jogo do Monopólio? Era um dos entretimentos da minha juventude. Um jogo de sorte, mas a exigir estratégia e táctica. Um jogo divertido e educativo. Ainda hoje gosto de fazer uma tarde de monopólio. Guardo o tabuleiro em escudos. Tem piada!
A edição mais popular do Monopólio lançada em Portugal data dos anos 70/80, na qual o Rossio é cotada como a propriedade mais valiosa e o Campo Grande a propriedade menos valiosa. Hoje já não será bem assim! 
O Monopólio fez hoje 80 anos. Para comemorar vai ser lançada em Setembro uma edição especial e mundial de aniversário do tabuleiro. Após uma votação que decorreu online nas últimas semanas, Lisboa foi a quarta cidade do mundo para vigorar no Monopólio. E terá honras de localização, ficará no bairro verde, o segundo mais caro do novo tabuleiro. Lisboa será identificada por uma imagem da Torre de Belém. Nada mau, quando se sabe que o Monopólio é jogado por mais de mil milhões de jogadores em cento e catorze países...

quinta-feira, 19 de março de 2015

A lista

A Lista Vip do fisco já provocou a auto-demissão dos dois principais responsáveis pela Administração Fiscal e Aduaneira, um golpe profundo na Administração Pública. Mais uma cedência injustificada e ilegítima à pressão da comunicação social e do sindicato dos trabalhadores dos impostos. 
É que demissões, e compulsivas, justificar-se-iam, sim, se não houvesse procedimentos preventivos que obstaculizassem à quebra do sigilo fiscal. Pois, se há, e bem, sigilo fiscal, terá que haver formas de prevenir o voyeurismo, a utilização da informação sigilosa para fins ilícitos, inclusive a traficância política ou até a venda da informação à comunicação social.
Neste contexto, os pedidos de demissão e a sua aceitação pelo governo apenas traduzem que este abdicou do seu poder soberano em favor de poderes não legitimados pelo voto, comunicação social e sindicatos. 
Na revoada das noticiários de encher chouriços, a Lista Vip fiscal aparece a substituir o folhetim anterior. Mais um produto tóxico, com a agravante de ser apresentado sem razão, causa legítima ou efeito benéfico ou adverso.  
Não se discute o tipo de procedimento, mas a lista. Anda tudo maluco, ou quê?
PS: Pior do que a aceitação da demissão, a censura pública do Ministro aos responsáveis demitidos. Não é assim que o Governo legitima qualquer política.  

quarta-feira, 18 de março de 2015

A mudança necessária: da oratória vã à acção eficaz

“Ao grande orador”, é a inscrição na estátua de José Estêvão, no jardim lateral do Palácio de S. Bento. Não se refere que foi político, deputado, revolucionário, estadista, mas orador. Uma ilustração perfeita do que se passa na nossa classe política, mormente na que habita o palácio ao lado: um grupo que maioritariamente se esgota no falar, com a suprema agravante de pensar que do seu falar resulta qualquer acção a bem do povo que sempre invoca. Uma primeira medida simbólica de renovação seria retirar para bem longe do parlamento a estátua de José Estêvão, simbolizando que o parlamento não precisa de oratória vã, mas de gente capaz de bem interpretar o sentido do serviço público.
Mas a oratória não se esgota nas tribunas do parlamento e estende-se com sofreguidão às antenas da comunicação social. Em santa aliança, a classe política e os media criaram a realidade de que político que não aparece não existe. Membros do governo, deputados influentes, notáveis tornaram-se simples serventuários das agendas mediáticas, participando activamente num tipo de informação de encher chouriços, com todos a reagir a todos, numa conversa em redondo e num círculo sem sentido, princípio ou fim.
Claro que este supremo desígnio de existir contende com o acto de governar ou de fazer oposição eficaz, pelo ruído que provoca e pelas entropias que cria. E pelo tempo que ocupa, sobrepondo-se ao estudo dos dossiês, à reflexão, ao diálogo com as estruturas da administração pública ou com os intérpretes dos diferentes interesses em jogo... 
O texto completo pode ser lido no jornal i, A mudança necessária: da oratória vã à acção eficaz

terça-feira, 17 de março de 2015

Reforma das pensões: a base alargada de representação social que faz falta...

Ouvi há pouco uma parte da entrevista dada pelo Senhor Subir Lall do FMI à SIC Notícias. À pergunta sobre a necessidade de Portugal fazer uma reforma do sistema de pensões referiu que vai levar tempo, apontou para a necessidade de um consenso político que respeite, por sua vez, os argumentos do Tribunal Constitucional nos chumbos às propostas de lei apresentadas pelo governo. Completamente de acordo.
A reforma do sistema público de pensões é um tema incontornável. Não é uma criação da crise. A crise é que ajudou a mostrar a sua necessidade. Sem dúvida que uma reforma do sistema de pensões requer uma base alargada de representação social que não será encontrada se o assunto não for realmente debatido, se não houver coragem e vontade dos partidos do arco da governação. Só um debate esclarecido e verdadeiro permitirá alguma convergência na decisão política sobre as mudanças que são necessárias fazer. 
O sistema público de pensões perdeu a confiança da população. As sucessivas alterações das regras de formação das pensões e de acesso à reforma e os cortes avulsos realizados nos últimos anos alimentaram a perda de confiança. A desinformação que está instalada também ajuda.
A questão da sustentabilidade financeira entrou na agenda política há muitos anos, com a tomada, ao longo do tempo, de decisões políticas de natureza restritiva que visaram resolver desequilíbrios financeiros, em especial os de mais curto prazo. Mas enquanto a questão financeira teve um papel activo nas políticas públicas das pensões, já os temas da adequação e da equidade não foram, e mal, colocados no mesmo plano, notando-se uma primazia daquele sobre estes. Não tinha que ser assim. Os três objectivos não são incompatíveis, pelo contrário, devem estar presentes na procura de caminhos e soluções que sejam capazes de compatibilizar todos os planos em jogo. 
Com o passar do tempo, avolumaram-se as dificuldades dessa compatibilização, o que só vem dar razão à necessidade imperiosa de encontrar compromissos políticos e sociais duradouros. Fazê-lo sem esta ideia de compromisso é uma fonte de tensões que em nada contribui para encontrar soluções que gozem da representação alargada da sociedade.
Esperemos que os partidos do arco da governação estejam a estudar este assunto e que apresentem propostas concretas nos seus programas que forneçam alternativas bem fundamentadas que as pessoas compreendam e que realmente contribuam para fazermos as mudanças necessárias em lugar de insistirmos no caminho que nos trouxe até aqui…

Acordo heterográfico...


Pois é!... Uma modernidade sem senso, nem tento. Nem cultura.  

domingo, 15 de março de 2015

A confissão perfeita!...


Desprezo o sistema de estrelato. É sempre o corolário de um défice democrático e de um défice de valores.
Declarações de Varoufakis, ministro das finanças grego, ao mesmo tempo que dava uma entrevista e se deixava fotografar para o ParisMatch, 
Ora aí está a confissão perfeita!...Afinal, é o próprio a dizer que tem défice democrático e de valores. Nada de novo, para quem já tinha declarado que fizera bluff com os eleitores e agora já admite congelar o que resta das promessas eleitorais... 

A consignação do IRS ao apoio social...

A consignação de 0,5% do IRS a instituições particulares de solidariedade social (IPSS) tem vindo a crescer. Em quatro anos, é muito significativa a evolução registada no número de agregados familiares que colocaram a cruzinha para doar 0,5% do seu IRS às IPSS – passou de 199 mil para 412 mil - e no montante doado – que passou de 3,15 para 12,7 milhões de euros. Mas aumentou também o número de IPSS contempladas com esta ajuda: em 2010 foram beneficiadas 112 instituições, enquanto em 2014 foram escolhidas 2.255 instituições.
Em 2014, pela primeira vez, os contribuintes puderam transferir o benefício fiscal proveniente das facturas emitidas com o seu NIF em despesas com hotelaria, restaurantes, cabeleireiros e oficinas de automóveis. O valor doado, neste caso, ascendeu a 616 mil euros.
Todos estes números são importantes porque mostram que há mudanças positivas de atitude e de comportamento quanto ao exercício da cidadania e responsabilidade social. As IPSS estão mais atentas aos apoios financeiros provenientes das doações fiscais, inscrevem-se para poderem usufruir e mostram-se mais à comunidade. Sabem que o reconhecimento do seu trabalho e a respectiva visibilidade são factores importantes na hora em que os contribuintes fazem a cruzinha. Os cidadãos estão mais sensibilizados para as questões sociais, querem ajudar quem mais precisa de apoios e confiam nas IPSS. E estão mais informados. O Estado melhorou algumas regras da consignação do IRS, como por exemplo quando estabeleceu uma data limite (31 de Março de cada ano) para que o dinheiro seja entregue às IPSS e instituiu a regra que permite aos contribuintes transferirem para as IPSS o benefício fiscal a que teriam direito pela emissão de facturas com o seu NIF.
Há um potencial muito grande de crescimento da consignação do IRS. Tendo em conta a receita de IRS cobrada em 2013 o potencial de doação ascendia a 62 milhões de euros. É claro que estamos numa fase de elevadíssima carga fiscal, a que corresponde um tempo em que há mais famílias a necessitarem de apoios e em que, também, as IPSS enfrentam problemas acrescidos de capacidade de resposta aos quais não é alheia a insuficiência de recursos financeiros. A descida dos impostos que tarda em acontecer será um bom sinal, para quem dá e para quem recebe…

sexta-feira, 13 de março de 2015

A greve geral dos funcionários à greve geral da função

Ouvi dizer na comunicação social que hoje havia mais uma greve geral da função pública. Mas também ouvi que os funcionários, em geral, funcionam.
Uma greve da função, em abstracto. Uma não greve, em concreto...Enfim, uma greve geral dos funcionários à greve geral da função.
Mas, no fim, neste mundo virtual, há mesmo greve geral. Se a comunicação social e os sindicalistas o afirmam...

Portugal não é a Suiça...

No referendo efectuado no passado fim de semana, a taxa sobre o carbono foi rejeitada por 92% dos suíços. 
Por cá, também parece que sim, pelo menos quando os portugueses têm uma palavra a dizer. Por exemplo, nos sacos de plástico...essa tão elaborada receita para compensar eventuais descidas do IRS...
Mas, como o Ministro está satisfeito, tudo vai pelo melhor. Ainda bem que Portugal não é a Suiça. Que horror!...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Não há fumo sem fogo?

Diz o povo que não há fumo sem fogo! A denúncia da existência de uma lista de contribuintes VIP lançou a dúvida. E à dúvida seguiram-se os desmentidos, sem que o assunto tenha ficado encerrado e bem encerrado. A existência de uma lista de contribuintes VIP é uma violação da lei. Mas que lista é esta e para que serve? Para controlar o quê, quem? É inconcebível que um assunto desta gravidade não seja completa e rapidamente esclarecido. Não se podem arrastar dúvidas numa matéria tão delicada, o esquecimento tantas vezes trazido pelo tempo e pelo cansaço da discussão não é solução. Não é apenas a questão da violação do sigilo fiscal que está em causa, são também princípios de justiça e igualdade de tratamento, de confiança e segurança. Quanto tempo vai isto durar?

terça-feira, 10 de março de 2015

O reinado do dragão!

Em 2015, nas oito melhores equipas da Europa.
Neste século XXI, na primeira fila do ranking mundial, com 3 grandes vitórias na Europa e uma enorme vitória intercontinental:
-1 Champions League
-2  Ligas Europa
-1 Taça Intercontinental (Campeão do Mundo)
Porto, Porto, Porto, ésnossa glória!...

segunda-feira, 9 de março de 2015

A vantagem competitiva do "capital social"...

Uma boa notícia, esta da retoma do funcionamento da Cerâmica de Valadares. Quem não se lembra da marca de louça sanitária Valadares. 
Quando surgiu a notícia, há cerca de dois anos, da queda da empresa, o caminho da falência parecia estar determinado. Mas foi o seu capital social - constituído pelo património acumulado de conhecimento, de saber fazer, gerir e organizar, de qualidade e de reconhecimento comercial - que reuniu condições para a sua recuperação.
É o capital social das empresas que lhes traz valor. Vale a pena apoiar a recuperação deste capital social. A sua dispersão retira-lhe capacidade de mobilização. O balanço de uma empresa poderá estar falido e muitas vezes, a maioria das vezes, aliás, não tem viabilidade possível. No entanto, a um balanço falido pode corresponder um capital social relevante, capaz de reconstruir a actividade económica e de gerar valor sustentável. 
Trata-se afinal de reunir o capital humano e o capital de conhecimento existentes. A destruição ou o desaparecimento deste capital social susceptível de gerar valor traduz-se em sérios prejuízos para a economia e a sociedade. Boa sorte à nova Cerâmica de Valadares...

Tragédia grega

Depois de propor às Instituições, como medida estruturante, utilizar turistas, estudantes e donas de casa como Inspectores do Fisco, pagos à hora como denunciantes, o Ministro (?) das Finanças (?) grego, Varoufakis,  vem agora ameaçar as Instituições com eleições antecipadas, caso não aceitem as propostas gregas. 
Eleições antecipadas nos países das Instituições, é isso? Só pode ser!...

sexta-feira, 6 de março de 2015

Vida

Algumas vezes sou confundido pela existência da tragédia. O senhor entrou. Olhei-o. Vinha dentro de um fato macaco com sinais evidentes de uso, bem surrado, como se tivesse sido empurrado à pressa para aquele ato, e com um olhar triste e distante. Tive dificuldade em compreender a empresa para quem trabalhava. Pronunciava-a com se tivesse um sotaque do leste europeu, mas o homem tinha nome de português. 
- Desculpe, mas não entendo o que diz! Isto, depois de lhe ter perguntado várias vezes. 
- O senhor não tem uma identificação qualquer da empresa para a qual trabalha?
- Não. Não tenho.
- Que chatice. Mandam as pessoas para serem observadas sem os elementos necessários. Desabafei. 
- Chatices já eu tive nos últimos dias. Respondeu depois de ter escrito o nome da empresa para quem trabalhava. Uma subcontratação; fenómeno muito habitual nos tempos que correm.
A forma como se exprimiu, misto de indignação e de tristeza, levou-me a interrogá-lo.
- O que é que lhe aconteceu? Qual foi a chatice?
- Morreu-me uma filha há poucos dias com vinte e dois anos.
- Como? Morreu-lhe uma filha com vinte e dois anos? Morreu de quê? Perguntei de jacto, ansioso, desnorteado e, até, envergonhado pela desproporção entre a minha "chatice" e o drama do senhor. O senhor explicou-me que tinha sido devido a lúpus. Começou aos dez anos. Morreu. Ainda não lhe tinha feito mais perguntas, quando respondeu a uma que lhe ia fazer em seguida.
- Tenho um filho, mais novo, mas sofre também da mesma doença. O exame foi feito, os conselhos dados e as respostas, duras, curtas e sinceras, saíam frias, enquanto ia explicando que tinha de trabalhar mesmo com o corpo da filha recém enterrada. 
- Tenho que trabalhar. 
- Mas está longe de casa. Só vai ao fim-de-semana?
- Sim. Vou. Tenho que trabalhar. Sou eu que ganho a vida. Pensei, tem que ganhar a vida ao mesmo tempo que a vida lhe roubou a sua vida. E há quem chame a "isto" tudo, vida...

BCE põe a corda ao pescoço da Grécia ?!

1. A expressão em título está apresentada na forma interrogativa, mas terá sido hoje feita, sem qq duvida ou reserva, pelo PM da Grécia, Alex Tsipras, quando acusou o BCE de estrangular o acesso de Atenas ao financiamento e anunciou, simultaneamente, a intenção do Governo de avançar com leilões de Bilhetes do Tesouro (curto prazo, portanto, para a Grécia o mercado de médio7longo prazo está totalmente fechado) como forma de assegurar a liquidez para sobreviver na confusão que continua instalada naquela excelente República.
2. Acrescentou S. Exa. que, caso o BCE coloque obstáculos ao acesso de Atenas aos "mercados" de curto prazo, estará a assumir uma grave responsabilidade...então regressaremos á incerteza em que vivemos até 20 de Fevereiro, acentuou.
3. Acontece que o limite de € 15 mil milhões de dívida deste tipo estabelecido no âmbito do Programa em vigor - e que acabou de ser prolongado por 4 meses, como sabemos - já foi atingido e o BCE opõe-se ao seu alargamento...
4. Percebe-se a ratio da oposição do BCE: como o Governo grego só consegue colocar esta dívida - e mesmo assim a taxas bastante elevadas para a conjuntura actual - junto dos bancos gregos, e se estes não têm liquidez suficiente, como parece ser o caso, para financiar este apoio ao Estado...
5...a única solução, a jusante, será o BCE alargar ainda mais o apoio de emergência de liquidez (ELA) aos bancos gregos, recentemente ampliado até € 68,5 mil milhões já com alguma relutância por parte do BCE pois este valor excede em muito a quota do Banco Nacional da Grécia nos activos do Eurosistema o que quer dizer que qualquer apoio adicional será risco puro dos outros bancos centrais...
6. O que, logicamente, significará também que, em última análise, seria o BCE  a financiar o Governo grego caso este insista na emissão dos famosos BT's, para serem "enfiados pela goela abaixo" dos bancos gregos...
7. Um tema aliciante, a seguir com atenção nos próximos dias, esperemos que os Gregos consigam desenvencilhar-se da corda que os "mauzões" do BCE querem enrolar em volta de seu (já tão) delgado pescoço...  

quinta-feira, 5 de março de 2015

"A injustiça"





Hoje, ao princípio da tarde, um amigo telefonou-me a perguntar se eu conhecia a história da imagem da justiça que está no Palácio da Justiça em Coimbra. Fiquei com o bichinho do ouvido em posição de silêncio absoluto à espera de qualquer coisa. Perguntou-me se já tinha reparado na balança. - Na balança? O que tem a balança? - Está desequilibrada para a direita. - Desequilibrada? Valha-me Deus! Mas como? Depois lembrei-me de ter ouvido falar sobre este assunto há muitos anos e de uma obra que me foi oferecida sobre o Palácio da Justiça de Coimbra. 
Fartei-me de rir sobre as explicações. Ao chegar a casa tinha um exemplar do jornal "A Bola" onde está bem descrita toda a história de uma injustiça que ficou para sempre patenteada na fachada do Palácio. Aconselho vivamente que leiam esta peça. Merece ser lida e merece que possamos refletir sobre a mesma. Basicamente tudo tem a ver com a diferença de pagamentos entre os artistas de Lisboa e os de Coimbra. Os da capital recebiam mais e os de Coimbra pediram para receber o mesmo. O que é justo. Depois de muita contestação, não foram ouvidos e fizeram a sua "justiça" representando-a como a viam, uns comem mais e outros menos. Não houve justiça e ela ficou bem patenteada para a eternidade como se pode ver.
Na minha opinião deveriam retirar a bela figura em ferro forjado do local onde se encontra, não para a substituir, não para a destruir, mas para a adotar a nível nacional, mostrando aos portugueses aquele que deveria ser o verdadeiro símbolo de Portugal, "A injustiça", que os artistas de Coimbra, um dia, se lembraram de forjar colocando-a na sua casa, mostrando a sua indignação. Artistas de ferro forjado, sábios de saber e indignados com o haver...

terça-feira, 3 de março de 2015

Rodas da vida e vida sobre rodas...

 - clicar em cima da imagem - 

Partilho esta imagem que recebi a propósito de um anúncio comercial. Uma imagem simbólica do ciclo da vida, das rodas da vida e da vida sobre rodas. Interessante!

Venda de carros novos dispara 30,7% nos 2 primeiros meses de 2015...


  1. Foram hoje divulgados os habituais dados mensais do comércio de automóveis novos, para os dois primeiros meses de 2015, verificando-se a continuação da tendência de forte incremento que se havia registado em 2014: um aumento homólogo de 31,3% em Fevereiro, um aumento homólogo acumulado até Fevereiro de 30,7%.
  2. Enquanto nos ligeiros o aumento é de 31% em Fevereiro e de 30,8% nos dois meses, nos pesados assiste-se a uma forte aceleração em Fevereiro, com um aumento de 45,4%.
  3. A procura interna continua, assim, a dar claros sinais de retoma, tanto no consumo de duradouros como nas aquisições que são classificadas como investimento (pesados).
  4. Ora aqui temos um bom motivo de celebração para os nossos muito caros Crescimentistas, não fosse o caso de andarem tão absorvidos com as notícias desanimadoras que vão chegando de Atenas, onde parece a instalar-se grande confusão, mesmo no seio mais íntimo das hostes governamentais…
  5. É pena, pois tinham aqui um bom pretexto para manifestarem o seu apreço pelo novo rumo da actividade económica no País…