tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post1062047249541658047..comments2023-11-02T09:23:23.821+00:00Comments on 4R - Quarta República: Procriação medicamente assistidaPinho Cardãohttp://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-51180045926111100772012-01-12T12:53:05.632+00:002012-01-12T12:53:05.632+00:00Sacrifício de tantos embriões? Mas eles não são sa...Sacrifício de tantos embriões? Mas eles não são sacrificados! Tem havido excedentes, mas com as novas técnicas tem-se vindo a diminuir o número dos que necessitam ser criopreservados. Além do mais já se consegue criopreservar ovócitos, guardando-os para eventual fertilização, caso não se consiga às primeiras vezes. Tudo aponta para que esses problemas de "sacrifício" de embriões desapareça.<br />Níveis de impostos elevados para a PMA? Não aceito, por várias razões. Em primeiro lugar o delapidar dos impostos é uma constante obscena em muitas áreas e não ouço nem vejo indignação a esse propósito. Em segundo o dinheiro que se gasta neste campo é irrisório, e pergunto: há dinheiro que pague a felicidade de um pai e de uma mãe ter um filho? Não, não há. Basta perguntar aos que conseguiram procriar com esta técnicas ditas antinaturais. Se quiser, basta perguntar-lhes e decerto verá a alegria e a emoção a transbordar em pleno das suas almas.<br />Minha senhora, falar em perda de qualidade dos serviços de saúde por causa da PMA nem merece comentários, como é óbvio. Ninguém de bom senso será capaz de invocar um argumento desta natureza.<br />Se faz sentido tanto sacrifico para a construção daquele monumento? Não, nem para aquele, nem para nenhum outro, seja religioso ou não. No entanto, quando olhamos ou entramos em muitos recintos para orar, esquecemos do sangue e da dor que lhes estão subjacentes, e não são tão poucos como isso...<br /><br />Da minha parte tudo farei para que mulheres e homens consigam ter a alegria de poderem usufruir o amor de um filho, contrariando os desígnios de uma qualquer "vontade" que não aceito.Massano Cardosohttps://www.blogger.com/profile/11143379386027756455noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-43432898271470533792012-01-12T10:02:27.263+00:002012-01-12T10:02:27.263+00:00No livro do Saramago, se bem me lembro, está bem p...No livro do Saramago, se bem me lembro, está bem patente o sofrimento dos muitos que contribuiram para a construção do "capricho real". Querer o que desejamos tem consequências que por vezes suplantam a bondade do nosso desejo. <br />Para ter um bebé dos nossos genes, faz sentido o sacrifício de tantos embriões? Faz sentido impor aos outros concidadãos níveis de impostos mais elevados, ou perdas de qualidade noutros serviços de saúde, esses sim imprescindíveis?Ritahttps://www.blogger.com/profile/12079154860996386507noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-87945979047482558372012-01-10T18:34:02.459+00:002012-01-10T18:34:02.459+00:00Caro Professor, è muito importante saber que há in...Caro Professor, è muito importante saber que há instituições que honram o compromisso e os objectivos que determinaram a sua existência, mesmo que o papel que lhes destinam seja tão complexo e tão delicado, incluindo o de fazer o espírito acompanhar a evolução técnica embora lhe reconheça a naturalidade de diferentes velocidades. Dessa competência e dessa exigência depende, sem dúvida, o sucesso e o equilíbrio dos progressos científicos, e depende, muito especialmente, que não se deite mão de certos temas com a leviandade de uma agenda política oportunista, a querer ganhos de ocasião. Difícil tarefa, sem dúvida, da qual a CPMA se tem saído com competência e critério, apesar de todas as dificuldades que os temas suscitam, mas o debate é também parte fundamental da evolução das mentes ou da resistência ao que, muito justificadamente, assusta. Seja qual for a evolução que estas matérias venham a ter é, sem dúvida, uma garantia de que esse crivo funcionará e que o que resulte terá sido ponderado e avaliado. Gostei, por isso, de ver o seu testemunho, tão confiante e ponderado, aqui claramente expresso.Suzana Toscanohttps://www.blogger.com/profile/16006796622401430678noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-48921702500192086612012-01-10T12:22:06.348+00:002012-01-10T12:22:06.348+00:00Mas vem agora entrando D. Nuno da Cunha, que é o b...Mas vem agora entrando D. Nuno da Cunha, que é o bispo inquisidor, e traz consigo um franciscano velho.<br />Entre passar adiante e dizer o recado há vénias complicadas, floreios de aproximação, pausas e recuos, que são as<br />fórmulas de acesso à vizinhança do rei, e a tudo isto teremos de dar por feito e explicado, vista a pressa que traz o<br />bispo e considerando o tremor inspirado do frade. Retiram-se a uma parte D. João V e o inquisidor, e este diz,<br />Aquele que além está é frei António de S. José, a quem, falando-lhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por lhe<br />não dar filhos a rainha nossa senhora, pedi que encomendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse sucessão,<br />e ele me respondeu que vossa majestade terá filhos se quiser, e então perguntei-lhe que queria ele significar com<br />tão obscuras palavras, porquanto é sabido que filhos quer vossa majestade ter, e ele respondeu-me, palavras enfim<br />muito claras, que se vossa majestade prometesse levantar um convento na vila de Mafra, Deus lhe daria sucessão,<br />e tendo declarado isto, calou-se D. Nuno e fez um aceno ao arrábido.<br />Perguntou el-rei, É verdade o que acaba de dizer-me sua eminência, que se eu prometer levantar um<br />convento em Mafra terei filhos, e o frade respondeu, Verdade é, senhor, porém só se o convento for franciscano, e<br />tornou el-rei, Como sabeis, e frei António disse, Sei, não sei como vim a saber, eu sou apenas a boca de que a<br />verdade se serve para falar, a fé não tem mais que responder, construa vossa majestade o convento e terá<br />brevemente sucessão, não o construa e Deus decidirá. Com um gesto mandou el-rei ao arrábido que se retirasse, e<br />depois perguntou a D. Nuno da Cunha, É virtuoso este frade, e o bispo respondeu, Não há outro que mais o seja na<br />sua ordem. Então D. João, o quinto do seu nome, assim assegurado sobre o mérito do empenho, levantou a voz<br />para que claramente o ouvisse quem estava e o soubessem amanhã cidade e reino, Prometo, pela minha palavra<br />real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um<br />ano a contar deste dia em que estamos, e todos disseram, Deus ouça vossa majestade, e ninguém ali sabia quem<br />iria ser posto à prova, se o mesmo Deus, se a virtude de frei António, se a potência do rei, ou, finalmente, a<br />fertilidade dificultosa da rainha.<br /><br />E então, nasce uma menina que vem a ser rainha de Espanha, só à 3ª, mas sem recurso à promessa de construção de qualquer convento, nasce o primeiro José de Portugal, aquele que vem a ser rei, deixando a governação para quem sabia da poda.Bartolomeuhttps://www.blogger.com/profile/08050771950264834903noreply@blogger.com