tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post2677400812759809151..comments2023-11-02T09:23:23.821+00:00Comments on 4R - Quarta República: O regresso aos mercadosPinho Cardãohttp://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-47832275276296085272013-01-25T11:49:39.228+00:002013-01-25T11:49:39.228+00:00Caros senhores
O meu comentário pareceu derrotis...Caros senhores <br /><br />O meu comentário pareceu derrotista demais ,foi ventilar uma frustração ,o meu caso é muito específico por ser uma terra pequenina e distante dos centros , e não queria estar a arrefecer o entusiasmo das pessoas nem queria de modo nenhum criticar ou apoucar a essência do post. <br />Especialmente sua constatação , verídica , que há cada vez mais jovens agricultores , o que beneficia do facto de na agricultura se ser jovem até aos 40. Há uma parte boa de uma geração que não só não olha para o trabalho agrícola sem complexo nenhum como tem à disposição a sabedoria acumulada , incluindo os erros do passado , e tem a tecnologia moderna, incluindo a tecnologia necessária para produzir “orgânico,biológico& sustentável” , se estiver para aí virado. Existem programas de apoio à instalação dos jovens e felizmente acabou a época longa de abusos egrégios em que se torraram milhões e construiu uma burocracia medonha. Há apoios e subsídios , mas há muitas e apertadas condições de acesso , o que veio 20 anos tarde demais com o mal já feito , e a culpa está longe de ser só nossa , foi o modelo escolhido pela Europa , como sempre corre muito bem para uns e muito mal para outros, os mais prejudicados foram os pequenos e médios agricultores , o meio ambiente e os contribuintes , os mais beneficiados foram as grande cadeias de distribuição , e os consumidores , o que é uma sólida maioria da população... foi pelo bem comum e para se poder comer mangas e espargos todo o ano , e comprar leite a 60 centimos o litro.<br /><br />Quanto mais procura houver nos meios urbanos para os mercados tradicionais ( quando digo urbanos falo também de pequenas cidades e vilas que talvez nem tenham um mercado em funcionamento actualmente) , quanto mais regularidade e volume houver nesses pequenos mercados mais os produtores ganham confiança e podem investir e fazer o esforço para se "legalizarem" , e produzir mais e melhor , com explorações que não são como as quintas da avozinha (a não ser no marketing) mas muito longe das agro industrias, e podem-se cultivar assim milhares de hectares que estão abandonados hoje em dia. <br />Não vejo no horizonte nenhuma reforma da PAC e desta política insane dos subsídios e sua organização ,dou um exemplo interessante em primeira mão : há um subsídio para ter ovelhas e há um subsídio para abater ovelhas. <br />De qualquer modo , o regresso à terra , aos mercados e à valorização da produção nacional pode não ser muito significativo mas não deixa de ser real e ter significado , e também acho que deve ser saudado , apoiado e encorajado.<br />Cumprimentos.Jorge Venturahttps://www.blogger.com/profile/04075927254361218408noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-65698834248189424412013-01-24T22:55:12.826+00:002013-01-24T22:55:12.826+00:00Sempre gostei de mercados e feiras. Há muito tempo...Sempre gostei de mercados e feiras. Há muito tempo que regressei ao mercado, desde que o mercado municipal aqui na minha freguesia sofreu diversas remodelações com vista a fazer dele um espaço funcional e agradável mantendo os traços tradicionais destes espaços tão portugueses. E das feiras nunca me desliguei, gosto das feiras lá de cima da Beira, juntam gentes, tradições, produtos e bens da terra. São o pulsar das gentes e economias locais. Margarida Corrêa de Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/00059595489788215247noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-41104290763739481012013-01-24T22:08:48.769+00:002013-01-24T22:08:48.769+00:00Meu caro Jorge Ventura, obrigado pelo seu comentár...Meu caro Jorge Ventura, obrigado pelo seu comentário, certeiro nas observações que faz quanto à asfixia do Estado. <br />Por aqui os "urbanos" têm a consciência do que nos diz, desde logo porque ligados às suas raízes. Note, porém, que não há muito tempo eu me abastecia de legumes, frutas e outros frescos exclusivamente nos mercados em plena Lisboa. E o estímulo não era nem o romantismo nem o saudosismo das origens. Era mesmo egoismo: o que se comprava no mercadinho de S. Bento ou na Ribeira era muito melhor!<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-59747764641288316572013-01-24T17:23:42.689+00:002013-01-24T17:23:42.689+00:00Caro Jorge Ventura:
Tem toda a razão no que diz. ...Caro Jorge Ventura:<br /><br />Tem toda a razão no que diz. Sei que é assim.<br />Pinho Cardãohttps://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-86477792622031770222013-01-24T15:40:42.411+00:002013-01-24T15:40:42.411+00:00Também pensei muito na viabilidade e potencial des...Também pensei muito na viabilidade e potencial desse "regresso à terra que tem sido muito romantizado. No espaço de um ano e na pequena ilha onde vivo fizeram-se ( ainda fazem , alguns carolas) umas tentativas de juntar pequenos agricultores e produtores artesanais no que chamávamos mercado alternativo. Pessoalmente já desisti , porque o Estado exige que um agricultor , por mais pequeno que seja , pague 124€ por mês à estoirada e inviável segurança social ,mesmo que nem tenha vendas desse valor num mês inteiro;porque o IRAE , nas ilhas como no continente , afoga os produtores e comerciantes em exigências ridículas e caríssimas ; porque podem não exigir o recibo electrónico ligado ao sorvedouro sem fundo das Finanças mas não deixam de exigir que se passem recibos.Além disso os comerciantes estabelecidos , com as suas fortíssimas ligações politicas me meios pequenos , não apreciam a concorrência aos seus produtos importados e estão-se nas tintas para noções de "sustentável" , "orgânico" e outras modernices.<br />Pessoalmente , desisti , declarei o fim da actividade apesar de manter a minha pequena exploração agrícola , calculo que agora seja clandestina e ainda um dia me vão impor uma multa.<br />Acho muita piada às pessoas urbanas a romantizarem a pequena agricultura e os mercados tradicionais. Sem dúvida que são uma coisa boa , mas com estas condições e exigências do Estado , nunca passarão de um hobby e uma curiosidade folclórica.<br />Aplaudo e fico contente com o crescimento do interesse das pessoas urbanas pela origem e modo de produção do que comem , mas se não se libertarem os agricultores para produzir e vender ( inclusive libertá-los desta dependência atroz dos subsídios) , enquanto não se restringir o poder dos intermediários , vocês vão continuar a comprar um cestinho de morangos por brincadeira num passeio de Domingo , e nada muda.Jorge Venturahttps://www.blogger.com/profile/04075927254361218408noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-91185049529422258442013-01-24T12:30:12.713+00:002013-01-24T12:30:12.713+00:00Sou grande adepta de feiras e mercados, gosto do a...Sou grande adepta de feiras e mercados, gosto do ambiente e dos produtos tantas vezes vindos directamente do produtor. No bairro onde moro faz-se agora uma pequena feira aos sábados, mesmo em frente ao centro comercial, há só legumes e fruta mas parece um formigueiro de gente que aí se abastece, como nas aldeias de antigamente, ao mesmo tempo que conversam com os vizinhos. É muito animado.Suzana Toscanohttps://www.blogger.com/profile/16006796622401430678noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-59810591582057032122013-01-24T10:19:44.499+00:002013-01-24T10:19:44.499+00:00Caro Ferreira de Almeida:
As velhas feiras ainda a...Caro Ferreira de Almeida:<br />As velhas feiras ainda andam por aí. É uma tradição que não se perde, até urge revitalizar. Pena foi que, na altura da "abundância" de dinheiro, as Câmaras tenham investido em equipamentos surpéfuos, dispensáveis e até inúteis e não tenham procurado melhorar os recintos das feiras. Ainda na 2ª feira estive numa, onde, por causa da chuva, havia lama por todo o lado. Mesmo assim, estava animada, nomeadamente no que respeita aos produtos hortícolas. O que denota efectivamente que nova gente e gente nova, chegou à agricultura. <br /><br />Caro Manuel Silva:<br /><br />Quanto às tais máquinas de cobrar, seria uma violência obrigar pequeníssimos agricultores que vendem umas centenas de pés de cebolo, umas dezenas de couves e de alfaces ou coisa semelhante, a utilizá-las. Uma violência inútil e desproporcionada. Que acabava com mais uma magra, mas importante, fonte de rendimentos familiar. E cujos resultados não chegariam para pagar aos fiscais. Pinho Cardãohttps://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-37208154585969284132013-01-23T17:27:18.904+00:002013-01-23T17:27:18.904+00:00Sr. Dr. Ferreira de Almeida:
Uma legítima dúvida m...Sr. Dr. Ferreira de Almeida:<br />Uma legítima dúvida me assola.<br />Nesses novos mercados os pequenos produtores também terão de se munir de um sofisticado programa informático numa não menos sofisticada máquina de facturas para passarem um recibo de 0,50€ por um molho de coentros?<br />É preciso estar atento, porque é nestes pormenores que nos podemos perder.<br />Quanta receita fiscal (dos famosos 4 mil milhões) não se perderá se não houver factura?<br />Quanto às bicas nos cafés e restaurantes o problema já está resolvido, e ainda bem.<br />Mas este continua em aberto.<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/15550446195362453935noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-9676939535120219462013-01-23T16:42:17.716+00:002013-01-23T16:42:17.716+00:00Não é só da qualidade biológica dos produtos que n...Não é só da qualidade biológica dos produtos que nos devemos ocupar, é também da legislação que regula essa qualidade, no que diz respeito essencialmente ao peixe e à carne.<br />Estes dois produtos encontram-se impedidos de chegar ao consumidor, vindo directamente do pescador ou do produtor, dado o conjunto de normas a que o transporte, abate e distribuição. Estas normas tornam para os pequenos produtores e pescadores - aqueles que melhor poderiam garantir um nível de qualidade que só é conseguida através de processos artesanais - o produto mais caro.<br />A par da revitalização dos mercados e das feiras tradicionais, penso que é necessário a criação de grémios e de mútuas, dedicados a cada sector, que permitam aos pequenos produtores a colocação dos seus produtos, garantindo assim que o seu esforço não resulte em prejuízo.Bartolomeuhttps://www.blogger.com/profile/08050771950264834903noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-6799975909193445032013-01-23T16:20:37.994+00:002013-01-23T16:20:37.994+00:00Concordo plenamente com este artigo. Só que há um ...Concordo plenamente com este artigo. Só que há um pequeno óbice para que os consumidores, que somos todos nós, passemos a convencer-nos de que realmente os produtos ali expostos são de melhor qualidade!E até são,na sua grande maioria!Fica,no entanto, um outro problema para resolver: é que, fruto da produção em grande escala e também à importação do estrangeiro,julgamos que os preços são substancialmente inferiores nas tais grandes superfícies!O que por vezes é uma ilusão!Acho que devia haver uma grande campanha com vista a fazer regressar os consumidores a acreditar nos nossos produtos e,também,os pequenos produtores a terem em atenção que por vezes vale mais um lucro menor para mais facilmente poderem escoar os seus produtos!Sem descurar a qualidade,como é evidente! alberico.lopeshttps://www.blogger.com/profile/16166200369035086481noreply@blogger.com