Já tive oportunidade de dissertar sobre o papel do vinho e da cerveja na prevenção das doenças cardiovasculares. Apesar da controvérsia e dos vários factores que estão associados a estes fenómenos, verifica-se um crescendo na investigação dos diferentes produtos que entram na composição das bebidas. A mais recente é particularmente interessante e diz respeito à cerveja. Verificou-se que certos constituintes têm um efeito inibidor no processo inflamatório (efeito benéfico para as artérias) assim como reduzem a degradação do triptofano, importante aminoácido precursor da serotonina, a tal molécula da “felicidade” que o “prozac” estimula. Acresce que a cerveja é, já por si, rica em triptofano. Os diferentes tipos de cerveja têm estes efeitos, mas a cerveja sem álcool também, facto a registar.
Sabendo que a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas tem efeitos nefastos é necessário encontrar o tal equilíbrio. De qualquer modo, agora começo a compreender melhor que a euforia dos bebedores de cerveja não é devido só ao efeito desinibidor do álcool, mas também a uma acção “prozaciana” do mesmo. Realmente quando começo a analisar as diferenças de comportamento entre os que apanham bebedeiras de vinho ou de cerveja as diferenças são bem visíveis, antes de caírem inanimados, como é óbvio…
Meu caro Professor, agora fico dividido entre o bem que é experimentar a acção "prozaciana" de umas belas bejecas e o devastador efeito "ventro-dilatador", alarmante sinal de pertença a grupo de risco sério como aqui nos ensinou ;)
ResponderEliminarFerreira de Almeida,já me garantiram que a cerveja não´engorda, parece que era pura calúnia! Será que o Prof. Massano cardoso nos tira a dúvida? È que, se ele disser, eu já não quero saber de mais opiniões!
ResponderEliminarCaro Prof. Massano Cardoso
ResponderEliminarA 1ª questão está no grande esforço colectivo em demonstrar a bondade da ingestão de bebidas alcoólicas;
A 2º questão está em encontrar o ponto de máximo benefício e mínimo prejuízo: como a capacidade do fígado para metabolizar ( processar ) o álcool tem um valor máximo, a solução óptima estará em beber à mesma velocidade da metabolização, para que se atinja o regime estacionário, i.é, derivada em ordem ao tempo igual a zero;
Por último subsiste a questão, não dispicienda, da hierarquização, ou optimização da escolha: cerveja, vinho, espirituosas e,aí, chegamos à sua questão: a que dar prioridade:
ao efeito prozaciano da cerveja, aos aromas, sabores e efeitos antioxidantes dos taninos, ou alta eficiência dos espíritos.
Pela minha parte, vou por uma combinação moderada das três, i. é, pelo melhor ecletismo!
Caro Massano Cardoso,
ResponderEliminarComo diz a Suzana, a cerveja sempre foi muito injustiçada. Pior, dizem que é uma tradição importada, quando a imperial com um pires de tremoço não se consome em local nenhum do mundo. Certamente que a ciência de estar a chegar à conclusão que imperial e pires de tremoço leva aos 120 anos...E com uma travessa de conquilhas, aos 130....
Meus caros amigos
ResponderEliminarConfesso que, quando abordo certos temas científicos, dando uma versão apropriada para o blog, é para auscultar a reacção de alguns bloguistas. Reacções do Tonibler, da Suzana e do Ferreira d´Almeida são bem-vindas e enriquecedoras. O mesmo digo do just-in-time que além de ter formação matemática conhece a fisiologia do álcool dando um bom contributo à abordagem do tema. Claro que o problema tem a ver com a velocidade da metabolização do álcool o qual varia de pessoa para pessoa além das diferenças marcadas entre os sexos. As mulheres metabolizam-no mais lentamente na medida em que o seu fígado é mais pequenino. Alguns de nós são verdadeiras máquinas na sua metabolização, outros menos e, consequentemente, correm mais riscos de toxicidade.
O estudo “apresentado” desta maneira teve o condão de informar a descoberta de certas moléculas existentes na cerveja e oriundas do malte as quais poderão ter impacto, no futuro, no tratamento de certos problemas. Caminho longo, mas interessante.
Não sei se foram efectuados quaisquer estudos no caso dos tremoços – que aprecio particularmente – mas, quem sabe se no futuro não descobrem algum elemento útil, tal como estimular a inteligência ou combater o desânimo! Era ver os portugueses a beberem cerveja e a comerem tremoços que nem uns desalmados. Claro que o risco de toxicidade hepática aumentaria, mas a descoberta da “velocidade de metabolização”, através de um dispositivo qualquer, de preferência digital, informaria os limites de ingestão da mesma.
Quanto à hipótese de a cerveja contribuir para aumentar o peso é real. O valor energético intrínseco é elevado, sendo o álcool o principal contribuinte. Hoje em dia uma das principais medidas de combate ao excesso de peso é desaconselhar a ingestão de bebidas alcoólicas.
De qualquer modo, e de acordo com a ocasião, podemos seguir a opinião do just-in-time escolhendo o tipo de bebida mais adequada ao momento e às características do fígado de cada um…
Caro Prof. Massano Cardoso
ResponderEliminarSe discutimos os efeitos positivos da radical OH e o seu efeito negativo sobre o peso, se calhar também podemos discutir os outros efeitos negativos e, às tantas, as razões porque tanta gente é incapaz de limitar o consumo às quantidades que são física e neurologicamente toleráveis.
Como é que se passa da bebida social, à necessidade de redução do stress (incluindo o do casamento!) e ao abuso e à dependência?
E, aqui, vamos parar ao flagelo social do alcoolismo.
Pronto, pronto, lá vai a cervejinha para a lista do que engorda, bem me parecia que não se podia confiar. E quanto aos tremoços,ficam desclassificados por arrasto... Com o Verão à porta, operação melhoria-de-forma em marcha!
ResponderEliminarAli no Tonibler levam à risca os conselhos do Prof. Massano Cardoso e dão nota de onde se pode conciliar bom gosto e moderação. O Pinho Cardão está atento??
ResponderEliminarSobre os tremoços:
ResponderEliminarTenho um doente que diz que baixou o colesterol comendo tremoços secos.
A água dos temoços tem a fama popular de controlar a diabetes.
Num altura em que até as sanguessugas estão a ser reabilitadas...
Caro Reformista, isso das sanguessugas lembra-me aquela cena horrível da "Ilustre Casa de Ramires",o Tructesindo Mendes Ramires no meio do lago com as sangessugas agarradas ao corpo...
ResponderEliminarA melhor maneira de me embedar é trocar carinhos com a pessoa amada
ResponderEliminarCaro Bota
ResponderEliminarContinue assim, porque está no bom caminho, e ainda acaba por ter ganhos incalculáveis em termos de saúde...