Sendo um curioso do cinema português, procurei saber o número de filmes nacionais estreados e o número de espectadores.
Para isso, comprei e consultei o último Anuário Comunicação 2004/2005 da Obercom-Observatório Comunicação, à venda no Palácio Foz por 30 euros, trinta.
Vi, então, o seguinte.
Em 2004 foram estreados 15 filmes portugueses, que tiveram uma audiência de 233 mil espectadores, uma média de 15.500 espectadores por filme.
O filme mais visto, Sorte Nula, teve 74.100 espectadores, enquanto o filme menos visto, Querença, teve, imagine-se, a assistência verdadeiramente extraordinária de 100 espectadores!....
Como gosto de falar sério e de não dizer mal, também vi que outros três filmes foram vistos por um número incomensurável maior de pessoas, pois atingiram a imponente e redonda cifra de 400 espectadores!...
E houve outros três com uma assistência fenomenal, de 1.300 a 5.000 espectadores!...
E então que dizer do enorme sucesso de mais dois, que foram vistos por 6.000 e 9.000 devotados cinéfilos!...
Obviamente que para tão selecta e fantasmagórica audiência muito contribuiu a o brilhantismo, enorme reputação e indiscutível mérito de alguns dos mais renomados realizadores lusitanos, que assinaram esses filmes e, naturalmente, beneficiaram dos subsídios pagos pelos portugueses, que isto de fazer filmes para 100 ou 400 pessoas dá trabalho!…
Para isso, comprei e consultei o último Anuário Comunicação 2004/2005 da Obercom-Observatório Comunicação, à venda no Palácio Foz por 30 euros, trinta.
Vi, então, o seguinte.
Em 2004 foram estreados 15 filmes portugueses, que tiveram uma audiência de 233 mil espectadores, uma média de 15.500 espectadores por filme.
O filme mais visto, Sorte Nula, teve 74.100 espectadores, enquanto o filme menos visto, Querença, teve, imagine-se, a assistência verdadeiramente extraordinária de 100 espectadores!....
Como gosto de falar sério e de não dizer mal, também vi que outros três filmes foram vistos por um número incomensurável maior de pessoas, pois atingiram a imponente e redonda cifra de 400 espectadores!...
E houve outros três com uma assistência fenomenal, de 1.300 a 5.000 espectadores!...
E então que dizer do enorme sucesso de mais dois, que foram vistos por 6.000 e 9.000 devotados cinéfilos!...
Obviamente que para tão selecta e fantasmagórica audiência muito contribuiu a o brilhantismo, enorme reputação e indiscutível mérito de alguns dos mais renomados realizadores lusitanos, que assinaram esses filmes e, naturalmente, beneficiaram dos subsídios pagos pelos portugueses, que isto de fazer filmes para 100 ou 400 pessoas dá trabalho!…
Com efeito, convencer a família e os amigos mais chegados a ver tais "obras-primas" não será matéria nada fácil!...
Falando agora a brincar, parece-me bem que alguém anda a gozar comigo, atrever-me-ia mesmo a dizer, alguém anda a gozar connosco!...
Falando agora a brincar, parece-me bem que alguém anda a gozar comigo, atrever-me-ia mesmo a dizer, alguém anda a gozar connosco!...
aposto que o caro Pinho cardão deve estar a pensar:"com 30 euros ia mas é comer uma bela de uma refeição!!"
ResponderEliminarPs:força benfica que joga hoje!
Puxa, amigo Pinho Cardão... isso é malvadeza...
ResponderEliminarEntão se o filme já está pago, porque é que haviam de precisar de espectadores?
O que aconteceu foi que esses 15 produtores foram umas bestas. Se tivessem contratado a Soraia Chaves, ou talento semelhante, para aparecer nua tinham tido 350 mil espectadores.
ResponderEliminarMas como, ainda por cima, são filmes sobre homosexuais com homens aos beijos...blagh! 100 espectadores é até muito!
PS: E o Benfica joga hoje!
Acho que a receita de sucesso para o cinema português passa pela parte feminina do elenco. Senão vejamos: Ainda não vi o "Crime do Padre Amaro", apenas passei os olhos pelo essencial e compreendi o sucesso do filme.
ResponderEliminarQuanto ao Sorte Nula, vale definitivamente pelo strip da Carla Matadinho (desculpem a crueza da opinião, estamos apenas a falar de "arte" ;-
))
Esperamos ansiosamente pelos novos valores que irão despontar na sétima arte em Portugal.
A novela "Morangos com açucar" parece-me ser um viveiro que vale a pena explorar...
Caro cmonteiro,
ResponderEliminarTirou-me os "morangos" da boca. Eu diria que é um verdadeiro manacial.
nunca vi um realizador passar fome...tá bem que joão césar monteiro era magrinho..é a nossa cultura..se fosse em hollywood ou em NY estavam a lavar pratos ou a servir ás mesas..mas em portugal tem sempre uns amigos no ministério da cultura
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarCerteiro e oportuno post.
Parece-me que em Portugal sempre assim foi, investimos num cinema de "autor",feito para a pandilha de amigos e conhecidos, que ignorava, olimpicamente, o grande público e até fazia gala em ter poucos espectadores. Pensei que, com o advento de uma produção televisiva nacional mais voltada para o grande público, as coisas se modificassem um pouco, mas tal não está a acontecer. Onde está o "nó"? Nos artísticos angariadores de subsídios? Nos decisores políticos, que infestam a cultura de "artistas", que de gestores têm nada e só para lá vão defender uma cultura bafienta e em circuito fechado? No público que só quer o produto nacional servido na sala de casa, para ver de pantufas, ou durante o jantar? Na falta de qualidade intrínseca dos produtos? Na inexistência de uma efectiva indústria, no espaço cultural?
Por outro lado, as cinematografias europeias também não andam nada saudáveis, não é verdade? Quase que só marcam presença nos nichos de mercado, é ver o que se passa nos festivais internacionais.
Claro que, com tudo isto, só nos resta falarmos de quotas, face ao predomínio americano!
Bom, para sairem alarvidades como "Sorte Nula" ou "O crime do padre Amaro", sinceramente, acho que mais vale fazerem filmes para nichos, para o que quiserem, mas filmes assim é que não. Triste é que só filmes com modelos nuas é que tenham milhares e milhares de espectadores... acho q o problema está mais no público que só quer ver morangos descascados!
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