Pelo caminho que as coisas levam, arriscamo-nos seriamente a que, no fim do ano, a Despesa Pública ultrapasse os 50% do PIB, um feito socialista de que qualquer moderno regime “comunista democrático” não desdenharia.
Nos três primeiros meses do ano, a despesa corrente primária aumentou mais 6,2% do que em igual período do ano anterior. E a despesa total cresceu 4.9%, sendo o respectivo grau de execução da ordem dos 21.2%, aquém do padrão de segurança, diz o Ministério das Finanças. Aquém do padrão de segurança, mas, como o grau de execução em 2008 foi superior, se o grau de execução fosse igual o desvio tenderia a ser maior. E será tanto maior quanto o grau de execução se aproximar do montante orçamentado.
A Dívida Pública, por força da diminuição das receitas e do aumento da despesa, também começa a pisar valores de difícil controlo.
No meio de tudo isto, o Ministro, com desfaçatez patética, diz que o Orçamento está controlado.
Controladíssimo, com novos impostos logo a seguir às eleições. Para servirem o Estado e definharem a economia.
Ai Peter, Peter, que tão bem está confirmado o teu princípio nos ministros portugueses!...
A Dívida Pública, por força da diminuição das receitas e do aumento da despesa, também começa a pisar valores de difícil controlo.
No meio de tudo isto, o Ministro, com desfaçatez patética, diz que o Orçamento está controlado.
Controladíssimo, com novos impostos logo a seguir às eleições. Para servirem o Estado e definharem a economia.
Ai Peter, Peter, que tão bem está confirmado o teu princípio nos ministros portugueses!...
Despesa Pública superior a 50% do PIB!... Não cresceria mais, por certo, se não houvesse Ministro.
Como não são eles quem tem de pagar...alargam-se a gastar!"Paga, ZÉ!",já que embarcaste nas promessas...Basta pensarmos, Pinho Cardão,nas despesas com a reconstrução do Parlamento...com a compra dos carros topo de gama para os pobres traseiros dos ilustres deputados não se arranharem nos estofos dos "velhos" carritos,etc
ResponderEliminarCaro Dr. Pinho Cardão, deve ter visto e apreciado como eu a brilhante e equilibrada entrevista do nosso excelente PM Sócrates. Nela ele expôs de forma clara que os nossos problemas (no qual podemos eventualmente incluir essa coisa do endividamento ou lá como se chama) são facilmente resolvidos "despejando" investimento público a metro por esse Portugal fora. Ou seja, se o país está a atravessar uma crise grave, que tem provocado um agravamento profundo e crescente da dívida do país, o melhor mesmo é endividarmo-nos mais ainda, em projectos com um retorno absolutamente assegurado! É brilhante, tem de concordar comigo. Junte a isto o facto de ter sido repetido à saciedade que as contas públicas estão "em ordem", e podemos todos ficar descansadinhos sobre o futuro da nossa Pátria (ainda se pode usar esta palavra, certo?).
ResponderEliminarAgora vou ali tocar concertina para cima do telhado e esperar pela retoma, que já aí espreita...
(o último comentário foi meu...)
ResponderEliminarCaro Dr. Pinha Cardão, eu sugeria que olhasse seriamente para estes números e depois falasse:
ResponderEliminarhttp://ovalordasideias.blogspot.com/2009/04/culpa-da-alegada-derrapagem-do-defice-e.html
Melhores cumprimentos,
Prof. Dr. Carlos Santos
Meu caro Prof. Dr. Carlos Santos:
ResponderEliminarClaro que tenho olhado seriamente para as séries estatísticas.
Claro que a construção de séries estatísticas serve muitas vezes, e apenas, para sustentar conclusões já formadas e não para chegar a uma conclusão.
Apesar disso, lembrar-lhe-ei que, no tempo de Cavaco Silva,as condições económicas e os indicadores prevalescentes neste país, por exemplo em termos de inflação, taxas de juro, etc, eram substancialmente diferentes do que hoje acontece. E até houve um período em que não éramos membros da CE e muito menos tínhamos aderido ao euro. Condições, pois, completamente diversas das actuais, pelo que a comparação com os últimos anos do Governo de Cavaco Silva, independentemente do que se possa pensar sobre essa governação, é abusiva. Por outro lado, o Governo de Sócrates, embora não o confessando, lançou mão de importantes receitas extraordinárias, que não entram no cálculo do meu amigo, ao invés dos que fez para avaliar o défice do governo de Durão Barroso.Isto salvo lapso de leitura apressada, pois tenho que sair, mas queria responder-lhe em tempo.
Mas, acima de tudo, o que interessa saber é o meio utilizado para "diminuir" o défice nos governos de Sócrates. Se a despesa pública foi aumentando todos os anos em termos nominais e em termos reais, a diminuição do défice não se deu pela diminuição da despesa, mas pelo aumento de impostos. Isto é, os cidadãos e as empresas pagaram a diminuição do défice, não a política do governo. Ao obrigar a pagar essa diminuição com impostos, o Governo definhou a economia, tirando-lhe recursos necessários ao investimento, organização interna, etc, etc. Com os resultados à vista. Não tendo diminuído a despesa pública, agora está a aumentá-la, não para um nívelnormal, pmas para um patamar de elevadíssimo risco. Que, terá que ser paga por novos impostos, pois a dívida pública está a chegar a um ponto de não retorno.
Já me estou a alongar demais. Mas, meu caro, o meu amigo, que é professor de economia, deve ensinar aos alunos que, antes de séries liofilizadas e bactereologicamente puras, ou muito impuras, há uma economia real. E que essa economia real, nos últimos anos, tem sido sistematicamente desfavorecida, obrigada a sobrealimentar o Estado.
Com uma despesa pública a ultrapassar os 50% do PIB, o colapso da economia é uma certeza, nas condições vigentes em Portugal.
Apareça sempre!...
Argumentos de autoridade são sempre outra coisa ;)
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão:
ResponderEliminarMais um tiro certeiro! Em relação ao aumento de impostos logo a seguir às eleições, já todos estamos à espera... mas não vai chegar! E o problema é este.
Se aumentar a receita não chega, então o que fazer? Se o próximo governo da moribunda 3ª República for socialista, terá que cortar nos salários dos funcionários públicos (nos funcionários, mas não nos gestores) porque não acredito que faça as reformas urgentes e necessárias; se o próximo governo for social democrata, terá que cortar nos salários dos funcionários públicos (nos funcionários, mas não nos gestores) porque não acredito que faça as reformas que são urgentes e necessárias.
Conclusão: Se os políticos não mudarem o regime, será o povo a fazê-lo e sinceramente espero que a revolta não seja demasiado grande... porque a próxima não será com cravos...