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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Malabaristas

Desde pequeno que adoro ver os malabaristas a fazer exercícios com bolas, massas, argolas e facas, alguns conseguindo utilizar até dez objetos o que é uma tarefa quase impossível. Mesmo utilizando apenas três bolinhas não é nada fácil. Julgo que serão muito poucos os que não terão tentado este exercício. É uma arte de destreza muito utilizada no circo. Li que o recorde de bolas lançadas ao ar foram treze! Uma prática muito antiga que exige muita coordenação. Só um cérebro muito bem treinado é que consegue atingir algum grau de perfeição. Após esta introdução circense, queria chamar a atenção para um interessante estudo, recentemente publicado, em que foi provado que a prática do malabarismo aumenta a massa branca do cérebro. É do conhecimento geral que a massa cinzenta do cérebro é a responsável pelas atividades motoras, sensoriais e cognitivas. Mas para um cérebro poder funcionar bem é preciso que as informações circulem rápida e eficientemente entre as diferentes regiões. E é precisamente através da massa branca que se estabelece essas conexões. Ou seja, um aumento da massa branca acompanha-se de eficiente e rápida propagação da informação com consequências facilmente deduzíveis. Os autores do estudo concluíram que os indivíduos sujeitos a 30 minutos diários de malabarismo durante seis semanas acabaram por aumentar em 5% a massa branca. Foi a primeira vez que se conseguiu verificar este fenómeno a nível de tão importante e vital rede de comunicação cerebral.
Na prática, os indivíduos sujeitos a malabarismo não se transformaram em artistas de circo e nem sei se conseguiram mesmo lançar no ar três bolinhas. Mas parece que é mais o tempo aplicado no exercício, do que a destreza atingida, o principal responsável pelo aumento da massa branca. No fundo, o que está em causa é o tempo despendido num exercício complexo que exige desteridade, mesmo que não seja alcançada. Abrem-se, pois, novas e interessantes perspetivas para resolver alguns problemas neurológicos e exercitar certas funções cerebrais. Os cientistas escolheram estes exercícios por serem atividades complexas.
Face a estes achados, que terão de ser comprovados num futuro próximo, sobretudo os efeitos práticos dos mesmos, quase que poderia perguntar como se comporta a massa branca cerebral de alguns políticos, e não só, que andam por aí e que são verdadeiros malabaristas, tamanha é a destreza que revelam no dia-a-dia. Estou convicto de que a sua “massa” ultrapassa de longe os tais 5%. E se tiverem dificuldade em os recrutar sempre poderão dar uma saltada a Portugal, país de verdadeiros malabaristas....

3 comentários:

António Transtagano disse...

Como nãos se dizem quais são os políticos malabaristas que andam por aí, será mais fácil indicar aqueles que o não são.

Deus Pinheiro, não é!

Marcelo Rebelo de Sousa também não|

José Pacheco Pereira também não;

Manuela Ferreira Leite não é malabarista;

Rui Machete, também não!

Ângelo Correia, não!

Pedro Passos Coelho, ai não, de todo.

Dias Loureiro, também não.

Os editorialists da 4R também não!

Pedro Santana Lopes, não, de todo.

António Preto, também não.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pinho Cardão disse...

Caro Professor:
Veja-se só o enorme exercício de malabarismo de Sócrates, a propor alianças a todos os partidos. O CDS ou o Bloco para o PS seriam iguais...