sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dão-se alvíssaras

1. O Maestro da desafinadíssima banda de pimba governativa emitiu ontem duas importantes declarações, quando anunciou o fatal - embora provisório - “Pacote de Austeridade”:
- “O Governo não está a pensar...em mais nenhuma medida...”
- “Tudo isto é para vigorar até 2011...”
2. Perante tão solenes e cordiais promessas, importa saber se existe ainda Cidadão Português ou naturalizado, no pleno ou quase pleno gozo das suas faculdades mentais, capaz de as tomar seriamente, na sua literalidade...
3. Exclui-se deste desafio a parte inicial da primeira declaração em que refere “O Governo não está a pensar...”, pois se deve admitir que toda ou quase toda a gente concordará que o Governo já não consegue pensar...
4. Quanto ao resto e assim sendo, dão-se alvíssaras a quem estiver em condições de oferecer crédito a estas declarações ou, pelo menos, de lhes emprestar o benefício da dívida!
5. Uma embalagem de pastelinhos de Belém, devidamente certificada, será o prémio atribuído ao primeiro que se manifestar.

13 comentários:

  1. Cuidado, não vão os da política de soma 0 trocar as tintas só para se locupletarem com "o pastel de Belém"

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  2. Quero eu o pacote.
    O governo não está a pensar, porque, nunca tendo pensado, neste momento é Bruxelas e os Credores que pensam por ele.
    Quando Bruxelas, os credores e o FMI e os contribuintes e governo alemães virem que a dose não chega (e não chega...), outro suplemento virá e o governo continuará a dizer que não está a pensar.
    Venha para cá o pacote dos pastéis, caro TM.

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  3. Atenção... porque existem 2 géneros diferentes de pasteis de Belém... os de nata, e os de cerveja.
    Os primeiros mais doces e moles, os segundos, mais crocantes e... espirituosos.
    Qual deles constituirá o prémio?

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  4. Eu quero os pastéis. Não porque vá dar crédito mas porque ganhei matematicamente. O domínio português "no pleno ou quase pleno gozo das suas faculdades mentais" é um conjunto vazio!

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  5. Caro maioria-quase-silenciosa,

    Os da política de soma zero não preenchem o requisito de sanidade mental mínima para aceder a este concurso...

    Caro Pinho Cardão,

    Os pasteis estão desde já prometidos...

    Caro Bartolomeu,

    Esse problema resolve-se facilmente, a escolha é do vencedor...

    Caro Tonibler,

    Permita-me discordar do conceito de conjunto vazio...embora muito pouco cheio, certamente, ainda lá estão o Tonibler, o Pinho Cardão, o Bartolomeu, o Eduardo F., o maioria-quase-silenciosa, o nosso inspirado poeta M. Brás, o indefectível dragão André, a "missing in action" Pezinhos, a Catarina e tantos outros!

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  6. Estou aqui, estou aqui... Hoje atrasei-me!

    Eu quero... perdão... eu gostaria de receber esses pastéis de Belém!
    Razões: Estou muito longe de Belém, portanto, não tenho acesso aos pastelinhos quando me apetece; e não entendo nada da política que se está a fazer; daqui do meu canto, vejo uns senhores e senhoras a fingirem que são políticos, a proferirem discursos/entrevistas que soam a falso – tudo espremidinho pouco ou nada dá – e uma população que, na sua maioria, está a ficar cada vez mais dócil e mais aceitante do que lhes tentam impingir.

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  7. Chega muito a tempo, Catarina, os pasteis ainda estão no forno, aguardando por um sinal paraacabarem de cozer!
    A docilidade da maioria, que refere, pode ser um sintoma de que a "coisa" ainda não começou verdadeiramente a doer...quando doer...

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  8. Se me permite, Senhor Dr. Tavares Moreira, reforço o prémio com mais um pacotinho de pastelinhos a quem conseguir garantir-me que em 2011 ainda existirá Portugal e Portugueses.

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  9. Dr. Tavares Moreira,

    Agradecendo-lhe penhoradamente os ditos cujos pastéis perdoar-me-á que, no caso, eu faça de conta que acredito na coisa e eu próprio os compre e coma. Não direi é nada a ninguém pois julgo ainda preservar o mínimo de sanidade mental e de sentido da decência.

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  10. Bem, como apreciador de pastéis de Belém, deixo uns versitos com o objectivo de justificar o pedido de um pastelinho ao vencedor (hoje, cheguei um pouco tarde...):

    Esses pastéis deliciosos
    de um repto convidativo
    deixarão alguns furiosos
    no elenco governativo.

    São alvíssaras tentadoras,
    devidamente embaladas,
    para gentes comentadoras
    e altamente niveladas.

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  11. Bem observado, caro Bartolomeu e, deixe-me dizer-lhe, muito sensata a sua opção de trabalhar por conta própria, adquirindo e comendo oa famosos pasteis sem esperar pelo resultado deste inédito concurso...
    Até porque, pelo andar da carruagem, quem sabe se qq dia acordamos com o anúncio de um imposto especial sobre os pasteis de Belém?

    Caro M. Brás,

    Muito elegante o seu contributo poético, contribuindo para que os pasteis se tornem ainda mais apetecíveis!

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  12. A resolução de "trabalhar" por conta própria, não me pertence Senhor Dr. Tavares Moreira, é do comentador Eduardo F.
    Ru, sou mais do "estilo": no fim da ceia tomou o pão e repartindo-o pelos irmãos disse-lhes: tomai e comei e todos este é fruto do nosso esforço razão da nossa existência...

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  13. Tem toda a razão, caro Bartolomeu, onde é que eu tinha a cabeça quando cometi esse lapso...
    Só tenho desculpa porque andamos todos com a cabeça "à razão de juros" como se usava dizer há umas décadas...
    As minhas desculpas, caro Eduardo F.!

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