tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post112929647691288243..comments2023-11-02T09:23:23.821+00:00Comments on 4R - Quarta República: Diplomacia de sentido únicoPinho Cardãohttp://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129593040167993402005-10-18T00:50:00.000+01:002005-10-18T00:50:00.000+01:00Muchas Gracias JFMA.De qualquer forma, se vamos fi...Muchas Gracias JFMA.<BR/><BR/>De qualquer forma, se vamos ficar à espera de uma estratégia realista do lado português, estamos bem arrumados. 1º porque estratégia é uma palavra que não consta do dicionário do MNE e 2º porque realista também não.Anthraxhttps://www.blogger.com/profile/08475897540004483304noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129588505101613412005-10-17T23:35:00.000+01:002005-10-17T23:35:00.000+01:00Meu caro Antrax, aqui fica a opinião de Proença de...Meu caro Antrax, aqui fica a opinião de Proença de Carvalho a que me referi, publicada no DN de Domingo último:<BR/><BR/>"A Cimeira Ibero-Americana, a decorrer em Salamanca, ilustra a influência de Espanha na América Latina, numa bem sucedida estratégia dos Governos espanhóis em perfeita consonância com os grupos e empresários privados.<BR/><BR/>Numa Europa deprimida e bloqueada, com especiais responsabilidades para a França e a Alemanha, os sucessos do Reino Unido e da Espanha não se devem certamente ao facto de serem monarquias e terem beneficiado de grande estabilidade política, com alternância de Governos sem mudanças significativas de orientação.<BR/><BR/>Entre os factores do sucesso conta-se a visão estratégica dos dois países no estabelecimento de laços fortes, com expressão económica, nas suas áreas de influência nas Américas.<BR/><BR/>Como é evidente, o "alinhamento" do Reino Unido governado por Tony Blair com os EUA de Bush nos acontecimentos mais importantes da vida internacional, com destaque para o Iraque, terá sido ditado, entre outras importantes motivações, pelo interesse do Reino Unido em manter uma solidariedade que lhe garanta o reforço dos laços económicos entre os dois países. Paralelamente, a Espanha desenhou uma estratégia de crescente influência em toda a América Latina, que tem sido prosseguida sem ruptura pelos governos de direita ou de esquerda.<BR/><BR/>O Estado espanhol, com o empenhamento do rei e dos governos, compreendeu que essa influência só poderia alcançar-se numa cooperação institucional forte e descomplexada com os empresários e os seus grupos. É evidente a conjugação mútua de esforços de governantes e empresários na expansão dos seus negócios na América Latina, sem excluir o Brasil.<BR/><BR/>O exemplo espanhol deveria iluminar-nos. A realidade é que não existe estratégia política e económica coerente no esforço de investimento das empresas portuguesas no Brasil. É incompreensível que o Governo português não estabeleça com os grupos portugueses com presença no Brasil uma estratégia de cooperação.<BR/><BR/>A triste realidade é que a falta de estabilidade política, de uma diplomacia económica estruturada e competente e a desconfiança que entre nós se instalou entre o poder político e os empresários tem inviabilizado uma qualquer estratégia de fundo no nosso relacionamento económico com o Brasil. Seria mais uma oportunidade perdida se o Governo não olhasse para este dossier com a maior atenção. O Brasil é um país de grandes oportunidades de investimento que está a revelar uma surpreendente maturidade política. A crise grave em que está mergulhado o PT, que atingiu o Presidente, não perturbou até agora a normalidade política e menos ainda afectou a boa performance económica que o país está a viver.<BR/><BR/>Foi e é importante que o Brasil tenha vivido a experiência de um Governo de esquerda que não cedeu ao populismo e respeitou as regras económicas e financeiras que permitiram vencer o flagelo crónico da inflação e retomar o crescimento económico.<BR/><BR/>Espera-se, sem demora, uma estratégia realista do lado português".Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129551375091255202005-10-17T13:16:00.000+01:002005-10-17T13:16:00.000+01:00Ora caro JMFA, não tem de se desculpar. É do conhe...Ora caro JMFA, não tem de se desculpar. É do conhecimento comum que, actualmente, o MNE tende a "desformatar" tudo e mais alguma coisa :).<BR/><BR/>Por acaso não conheço esse artigo do Daniel Proença de Carvalho, mas gostava de conhecer, ainda que tenha algumas dúvidas quanto à questão da agressividade da diplomacia espanhola actual (falo em termos generalistas e não em termos de resultados obtidos). <BR/><BR/>No meu ponto de vista, a política externa Espanhola foi bem mais agressiva no tempo do Aznar. Actualmente, a percepção que tenho é que eles se encontram um pouco em "banho-maria". Não é tanto a manutenção do "status quo" adquirido durante os governos de Aznar (porque isso implicaria não perder a preponderância em determinados assuntos, que efectivamente já perderam), mas mais no sentido de não intervir em questões que sejam polémicas. Isto é, parece-me que actualmente os espanhóis preferem manter uma posição não-definida. E penso que é esta ideia de não se comprometerem com nada, que lhes dá margem de manobra caso tenham de reagir a qualquer coisa que surja.<BR/><BR/>Por outro lado, isto conduz-nos ainda a outro assunto que, é a tal margem de manobra para poderem reagir. Em Política Externa, um governo só precisa de margem de manobra para reagir ao que quer que seja, se sentir necessidade de oscultar a opinião pública para poder agir conforme. E na minha opinião, isto é algo completamente errado, mas eles é que sabem.Anthraxhttps://www.blogger.com/profile/08475897540004483304noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129499833581188622005-10-16T22:57:00.000+01:002005-10-16T22:57:00.000+01:00Peço desculpa em especial a Antrax por ter apagado...Peço desculpa em especial a Antrax por ter apagado o meu comentário a que se referia a resposta imediatamente anterior. Acontece que por qualquer misteriosa razão técnica o blog desformatou por causa desta nota e houve que apagar. Estou em crer que foi interferência do MNE ;)<BR/>De qualquer forma o meu comentário referia-se ao artigo de Daniel Proença de Carvalho sobre a agressividade da diplomacia espanhola analisada sob o perfil dos resultados obtidos, a propósito da Cimeira Ibero-Americana.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129496004801828542005-10-16T21:53:00.000+01:002005-10-16T21:53:00.000+01:00É, estamos perfeitamente de acordo.É, estamos perfeitamente de acordo.Anthraxhttps://www.blogger.com/profile/08475897540004483304noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129457508593089012005-10-16T11:11:00.000+01:002005-10-16T11:11:00.000+01:00Este comentário foi removido por um gestor do blogue.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129414447759829082005-10-15T23:14:00.000+01:002005-10-15T23:14:00.000+01:00Meus caros, agradeço a ambos o comentário em assun...Meus caros, agradeço a ambos o comentário em assunto que não desperta, por norma, grande atenção.<BR/>É, porém, destas pequenas coisas que é feita (ou não) a afirmação internacional do Estado Português.<BR/>A impressão que me fez o anúncio da concessão do privilégio da porta privativa para os cidadãos brasileiros e demais dos PALOP, tem duas razões de ser. Não sei se o caro cmonteiro saberá, mas a concessão ou o reconhecimento de direitos a cidadãos de países de língua portuguesa por parte do Estado português só pode ocorrer em condições de reciprocidade. Não só por ser esta a boa prática diplomática em defesa da soberania e da igualdade dos Estados e dos respectivos cidadãos, mas porque é exactamente isso que impõe a nossa Constituição. Diz-se expressamente no nº3 do artigo 15º da Lei Fundamental que trata dos direitos de estrangeiros, apátridas e cidadãos europeus, que "aos cidadãos dos países de língua portuguesa podem ser atribuídos mediante convenção internacional e em condições de reciprocidade, direitos não reconhecidos a estrangeiros (...)".<BR/>Mas mesmo que não existisse este imperativo constitucional, se Portugal ambiciona ter um papel liderante no âmbito da CPLP, e em geral no mundo lusófono, não deve proceder a estas concessões unilaterais que a meu ver não tendo um grande alcance prático, têm um evidente significado político.<BR/>Em política internacional, como no direito internacional, vale o que é efectivo. E a efectividade nas relações bilaterais, como nas multilaterais, depende de o desfecho de quaisquer negociações revelar que se deu mas se recebeu pelo menos equivalente em troca, como muito bem observou o Antrax. Salvo, como é óbvio, em situações de auxílio humanitário ou das ajudas ao desenvolvimento, situações bem diferentes daquela a que se refere a nota comentada.<BR/>Ora, nesse caso em concreto, a menos que haja algo que tenha ficado em segredo, que ganhos concretos obteve Portugal com este gesto? O tratamento diferenciado de um cidadão brasileiro quanto aporta a fronteira num aeroporto relativamente a um cidadão russo ou australiano, traduz-se em alguma vantagem concreta para o Estado Português?<BR/>E para os portugueses?<BR/>Apesar de ser já importante o fluxo de portugueses que demandam o Brasil em férias - mas também em trabalho e negócios -, a verdade é que, se vier a ser concretizada a magnânime medida, o que acontecerá será que os portugueses continuarão a esperar nas habituais filas dos aeroportos brasileiros (para já não falar nos de Angola ou Moçambique, quem experimentou sabe do que falo). A medida só faria sentido se tivesse como contrapartida o tratamento igual para os portugueses nas fronteiras dos aeroportos desses Estados.<BR/>Mas enfim, admito que se pense de outra maneira. Da maneira como, por exemplo, sempre orientámos a nossa política de cooperação, igualmente de sentido único, sem que ao menos ela tivesse servido para exigir o esforço dos governos dos nossos países irmãos para dar solução a imbróglios que vêm desde o tempo das descolonização, como é o caso de Cabora Bassa ou as dívidas dos governos a inúmeras empresas portuguesas que confiaram nas "boas relações" entre os Estados.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129401036472615852005-10-15T19:30:00.000+01:002005-10-15T19:30:00.000+01:00Caro cmonteiro, não desfazendo na questão das vaca...Caro cmonteiro, não desfazendo na questão das vacas, nem respondendo pelo JMFA, por acaso até acho que ele tem toda a razão.<BR/><BR/>A Diplomacia é um jogo. Ou melhor, a diplomacia é apenas uma das peças do grande jogo que é a política internacional e não se usa, única e exclusivamente, para resolver problemas.<BR/><BR/>A questão da unilateralidade, desta mui generosa resolução - que o JMFA muito bem levantou - reside no facto de que quando se dá alguma coisa, recebe-se outra coisa em troca. Isto não é um acto estanque porque quando o é, corre-se o risco de se parecer patético. E porquê? Perguntar-me-ão essas lindas cabecinhas... <BR/><BR/>...Bom, se eu estivesse na equipa das negociações do outro lado, a primeira coisa que eu pensava é que o meu oponente estava, por algum motivo, numa posição de fraqueza que de magnânime e fraterno, tem muito pouco. Mas isto, claro, sou só eu a pensar.Anthraxhttps://www.blogger.com/profile/08475897540004483304noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129339945123047922005-10-15T02:32:00.000+01:002005-10-15T02:32:00.000+01:00Tem existido assim tão grandes problemas de entrad...Tem existido assim tão grandes problemas de entrada e legalização de portugueses no Brasil?<BR/><BR/>Ou o problema põe-se mais ao nível da reserva do hotel?...Carlos Monteirohttps://www.blogger.com/profile/17523930476958056663noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-1129326310505739772005-10-14T22:45:00.000+01:002005-10-14T22:45:00.000+01:00Portanto, deste episódio, podemos deduzir que é, ...Portanto, deste episódio, podemos deduzir que é, absolutamente, seguro comer vacas brasileiras. <BR/><BR/>Por favor, não se entusiasmem. Estou apenas a falar de picanha.Anthraxhttps://www.blogger.com/profile/08475897540004483304noreply@blogger.com