tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post5508476674034228615..comments2023-11-02T09:23:23.821+00:00Comments on 4R - Quarta República: Porque é que a cultura é tão desprezada?Pinho Cardãohttp://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-48452183770321606072007-12-06T11:29:00.000+00:002007-12-06T11:29:00.000+00:00Caro antoniodasiscasExcelente lembrança! O grande ...Caro antoniodasiscas<BR/>Excelente lembrança! O grande Eça de Queiroz é intemporal no diagnóstico que faz deste "cantinho à beira mal plantado". Vale a pena relermos a sua obra...<BR/><BR/>Caro Paulo<BR/>Parece haver mercado para tudo, mas a qualidade enquanto património deve ser, a meu ver, prioritariamente preservada. <BR/>As escolas medem-se pela cultura que impõem. O Conservatório Nacional apesar de estar a "cair" acumula um acervo de cultura pelo qual deveríamos ter mais respeito. É fácil destruir, mas construir leva muito tempo...<BR/>Se o Salão Nobre for devolvido aos cidadãos certamente que ficamos todos a ganhar. O Conservatório Nacional encontrará aí, de novo, uma excelente fonte de promoção da cultura, à qual não será alheia uma fonte de receita que lhe permitirá ultrapassar alguns dos problemas financeiros com que se debate. A obtenção de valor cultural, económico e social passa por, num primeiro momento, fazer os necessários investimentos.Margarida Corrêa de Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/00059595489788215247noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-62869820118524884502007-12-05T22:12:00.000+00:002007-12-05T22:12:00.000+00:00Caro Rui Fonseca:Um abraço!...Bem escrito. Complet...Caro Rui Fonseca:<BR/>Um abraço!...<BR/>Bem escrito. Completamente de acordo contigo!...Pinho Cardãohttps://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-59424799230798029102007-12-05T21:40:00.000+00:002007-12-05T21:40:00.000+00:00Nesta história do conservatório há uma coisa que e...Nesta história do conservatório há uma coisa que eu não percebo e desde já confesso a minha completa ignorância. <BR/><BR/>Parece-me que os particulares gastam rios de dinheiro na educação musical dos filhos. Mesmo no interior existem escolas de música. E estou a falar de música erudita e não de professores com pregos espetados pelo corpo a ensinar guitarra eléctrica e bateria.<BR/><BR/>Há mercado na música erudita (mesmo pelas más razões) e o conservatório não deve estar a sobreviver. Paciência, outros melhores já devem ter ocupado o seu lugar...<BR/><BR/>Cumprimentos,<BR/>Paulo.<BR/>PS: a página do conservatório nacional (que apenas tem pólos em lisboa, loures e amadora) diz muito...<BR/><BR/>http://www.em-conservatorio-nacional.rcts.pt/Pedrohttps://www.blogger.com/profile/04515642599291579926noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-67025594908421661402007-12-05T21:26:00.000+00:002007-12-05T21:26:00.000+00:00Cara MargaridaSinto-me humilhado com tanta incúria...Cara Margarida<BR/>Sinto-me humilhado com tanta incúria e desfaçatez dos sucessivos governos que temos aturado, uns mesmo assim melhores, outros, de mal pior. Esta indiferença, bem exposta no seu texto, é na realidade descorçoante e atrevo- me a perguntar à actual ministra, com m pequena, já se vê, se tem ideia do que é um país sem referências culturais, que vão desde edifícios, a todos os títulos especiais, que é indispensável conservar, até a uma Guilhermina Sugia, de quem como é de desconfiar, a ministra nunca ouviu falar! é que os outros governos eram maus, mas não foi para melhorar que o Zé Pagode votou nestes senhores ? E o Zé Pagode saberia porquê ? Não resisto a transcrever do jornal Público de hoje, o registado no " escrito na pedra" de Eça de Queiroz : no fundo , nós somos todos fadistas: do que gostamos é de vinhaça e viola e bordoada.antoniodasiscashttps://www.blogger.com/profile/13887415492082543987noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-58906421566074141482007-12-05T17:36:00.000+00:002007-12-05T17:36:00.000+00:00Caro Rui FonsecaQuanto a pessoas então é que o mec...Caro Rui Fonseca<BR/>Quanto a pessoas então é que o mecenato está na "infância da arte"!<BR/>Quanto às empresas não vejo que seja negativo. Se têm fundos ainda bem e ainda bem que os accionistas estão de acordo. <BR/>Apoiado, sem reservas: "o problema da cultura em Portugal é a falta dela".Margarida Corrêa de Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/00059595489788215247noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-14664087497896196292007-12-05T17:27:00.000+00:002007-12-05T17:27:00.000+00:00Cara Margarida C. Aguiar,Nos EUA os mecenas são pe...Cara Margarida C. Aguiar,<BR/><BR/>Nos EUA os mecenas são pessoas, não são empresas.<BR/><BR/>Quando diz, e eu concordo, que falta uma cultura de mecenato em Portugal, só discordo quando refere a EDP e o Millennium. É muito fácil ser mecenas com o dinheiro dos outros.<BR/><BR/>Realmente, passe a redundância, o problema da cultura em Portugal é a falta dela.Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-45767440954723605092007-12-05T17:10:00.000+00:002007-12-05T17:10:00.000+00:00Caros AmigosDeixo aqui alguma reflexão sobre o mec...Caros Amigos<BR/>Deixo aqui alguma reflexão sobre o mecenato que me suscitaram os diversos comentários. O mecenato cultural pode ser mais uma fonte de financiamento de investimentos na reabilitação de património histórico e artístico e da exploração de actividades ligadas directa ou indirectamente à cultura.<BR/>Em Portugal vai havendo algum mecenato (cultural, social) mas não se pode dizer que haja uma cultura de mecenato. Do meu ponto de vista a legislação que enquadra a actividade do mecenato precisa de ser revista, para que sejam criados adequados incentivos e se obtenha uma correcta conjugação de interesses privados e interesses públicos. <BR/>Por outro lado, para que o mecenato ganhe outra dimensão é também necessário, do meu ponto de vista, conceder alguma autonomia administrativa e financeira à gestão do património beneficiado e criar mecanismos que incentivem e reconheçam o esforço realizado pelos responsáveis directos dessa gestão. <BR/>Quando o mecenato implica um grande envolvimento financeiro (as questões serão as mesmas para projectos pequenos mas com graus de exigência diferenciados) também deve exigir mecanismos que permitam avaliar e medir os resultados, bem como dispor de uma certificação de que o beneficiário dispõe de um conjunto de instrumentos de gestão e requisitos de boas práticas de gestão que garantam valor económico e social à intervenção. <BR/>Recolhi alguma informação adicional sobre o que se passa com o Conservatório Nacional e quer-me parecer que estará em causa acabar com o ensino "especializado" da música. Mais uma...<BR/> <BR/>Caro SC<BR/>Não sei porque razão o Conservatório Nacional não recorreu eventualmente ao mecenato ou se recorreu, e não tendo sido bem sucedido, quais as razões para ver inviabilizadas ajudas que eventualmente tenham sido apresentadas.<BR/><BR/>Caro Bartolomeu<BR/>Tenho verificado que há muito mais apetência para licenciar a construção de novos equipamentos e edifícios, com honrosas excepções muitas vezes conseguidas com a pressão da sociedade civil. <BR/>Para quê reabilitar o que é velho? <BR/>É por estas e por outras que somos "ignorantes". Não basta ter uma licenciatura ou fazer o 12º ano - fasquias altas que apenas alguns aproveitam. O nível cultural e moral de uma sociedade não se mede apenas pelas "tecnologias"! Andamos completamente deslumbrados... <BR/><BR/>Caro Rui Fonseca<BR/>Há em Portugal alguns mecenas da cultura de referência, pela importância dos financiamentos envolvidos e viabilidade que asseguram à reabilitação e manutenção de património e actividades culturais. São, no entanto, poucos. São os casos, por exemplo, e passo a publicidade, da EDP em relação à Companhia Nacional de Bailado e o Millennium em relação ao Museu Nacional de Arte Antiga.<BR/>Mais depressa há dinheiro para iluminações de Natal do que para reabilitar os "Salões Nobres" do País. Isto diz tudo...Margarida Corrêa de Aguiarhttps://www.blogger.com/profile/00059595489788215247noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-32570602112985294142007-12-05T16:24:00.000+00:002007-12-05T16:24:00.000+00:00Exagerei quando disse que não há espaço cultural p...Exagerei quando disse que não há espaço cultural público com um nome de um mecenas: Existe a Gulbenkian. Arménio.Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-39334290221058773492007-12-05T15:40:00.000+00:002007-12-05T15:40:00.000+00:00Cara Margarida Corrêa de Aguiar, Quem lê este seu ...Cara Margarida Corrêa de Aguiar, <BR/><BR/>Quem lê este seu "post" dificilmente reprime um desabafo de indignação. E, no entanto, as situações de incúria são tantas que a banalização já tomou conta da nossa consciência colectiva, se alguma vez existiu. A nossa indignação é, lamentavelmente, ocasional.<BR/><BR/>Mas é recomendável também outra leitura. <BR/><BR/>O Estado é, em Portugal, para uns um empecilho, para outros um inimigo, para quase todos um indispensável guarda-chuva. Sempre que alguma coisa menos boa ocorre, a culpa é do Estado, chamem o Estado, e depressa.<BR/><BR/>É assim também com a cultura. E convém ter sempre em conta, a este propósito, que quando falamos de cultura muitas vezes do que falamos é da falta dela.<BR/><BR/>Se os preocupados já 4000 subscritores em vez de se limitarem a assinar, à frente da assinatura colocassem um contributo talvez as obras pudessem arrancar já no próximo mês de Janeiro. Que lhe parece?<BR/><BR/>Dir-me-á: Mas não é suposto que é para pagar estas e outras coisas que pagamos impostos. É, mas pelos vistos não chega. A menos que se corte em outra parte qualquer. Caímos sempre na mesma, Cara Margarida! <BR/><BR/>Este assunto dá pano para costurar todo o dia. Fico-me pelas mangas.<BR/><BR/>Em Washington, perto da qual me encontro, foi inaugurado no passado mês de Outubro um novo espaço para a Shakespeare Theatre Company,o Sidney Harman Hall, bem próximo do anterior, que se mantém aberto, o Lansburgh Theater. <BR/><BR/>O novo espaço tem o nome do principal mecenas e no hall estão também gravados os nomes dos outros beneméritos, um dos quais "Anonymus".<BR/>O teatro vive da bilheteira e de contribuições que variam entre $75 e $1500 por ano. <BR/><BR/>Conhece algum espaço cultural em Portugal que tenha sido pago por algum mecenas? Eu não conheço.<BR/><BR/>Conheço, sim, muitos locais onde estão placas comemorativas de inaugurações, nomeando os políticos que mandaram fazer as obras, algumas bem escusadas, com o nosso dinheiro.<BR/><BR/>São Carlos tem um mecenas, O Millennium, que cobre cerca de 16% dos custos. A bilheteira cobre mais 16%. O resto é pago por todos os que pagam impostos, a esmagadora maioria dos quais nunca pôs nem vai poder pôr os pés em <BR/>São Carlos.O Millennium, por outro lado, tem direito a bilhetes para amigos e conhecidos a preços de bilheteira, isto é a preço equivalente a 16% dos custos. Oferece esses bilhetes também a amigos e conhecidos que não vão lá. Resultado: Ficam lugares vazios e na bilheteira dizem que o espectáculo está esgotado.<BR/><BR/>No Sidney Harman Hall, não há borlas. <BR/><BR/>Em Lisboa não há falta de espaços culturais pagos pelo Estado. <BR/>Veja o caso do Teatro Aberto. Sou insuspeito porque, no máximo, devo ter falhado 3 ou 4 espectáculos desde o início em que o Grupo se estreou no Tivoli, há bem mais de trinta anos. É uma casa de teatro bonita, duas salas, com todas as funcionalidades requeridas pelo teatro moderno, um bom restaurante, as peças levadas à cena são bem escolhidas. Mas poucos vão lá. A bilheteira não sustenta o teatro, até porque muitos espectadores vão lá com bilhetes oferecidos.<BR/><BR/>Podemos exigir mais do orçamento?<BR/>Ou temos de optar?<BR/><BR/>PS(D)- Já agora: A endividadíssima Câmara de Lisboa continua a montar iluminações de Natal a partir de Outubro e levanta-as lá para Março. Claro que as outras, também endividadas, em geral, fazem o mesmo. Ninguém quer ficar para trás, senão perde as eleições. <BR/><BR/>Em Washington, a árvore que está em frente da Casa Branca é uma pelintrice quando se compara com a do Millennium, no Porto. Não há iluminações pagas pelos cofres do Estado. Quem quer luminárias paga-as do seu bolso. Aliás, não conheço cidade europeia ou norte-americana com mais iluminações natalícias que Lisboa<BR/><BR/>O dinheiro não dá para tudo, é o que é. E quem poderia dar uma ajuda faz uma petição com milhares de assinaturas. Ou ignora. <BR/>Mas vai a São Carlos se não vai alla Scala.Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-63682809587698778512007-12-05T14:14:00.000+00:002007-12-05T14:14:00.000+00:00Cara Margarida, A meu ver, o Salão Nobre represent...Cara Margarida, <BR/>A meu ver, o Salão Nobre representa o coração do Conservatório Nacional e este, por sua vez, representa um braço do nosso património cultural.<BR/>Deixar que este coração pare em definitivo, significa amputar-lhe um orgão que lhe é caríssimo pelo carácter representativo que desempenha.Ésta é mais uma das incoerências que grassa na sociedade política e civil do nosso tempo. Por quanto tempo mais, será necessário fazerem-se petições e denúncias nos orgãos de informação, para que os orgãos do governo, das diferentes tutelas, ajam, ou deixem de agir em determinadas questões, que são como a cara Margarida refere, de lesa património? <BR/>Até parece que o património nacional, é pertença de meia-duzia de cidadãos e que não espelha a afectividade que a nação dedica às suas obras.<BR/>Obras no salão nobre do "seu" Conservatório, né sôr João Domingos Bomtempo?<BR/>Pois... não dá votos, sabe?<BR/>Fica mais barato deixar ruir...Bartolomeuhttps://www.blogger.com/profile/08050771950264834903noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-40521043718374110072007-12-05T13:32:00.000+00:002007-12-05T13:32:00.000+00:00Cara Margarida,Estou de acordo quanto à preocupaçã...Cara Margarida,<BR/><BR/>Estou de acordo quanto à preocupação por, mais este, exemplo de negligência continuada.<BR/>Só não me limito é a olhar apenas para o Governo.<BR/>Será que os secessivos Conselhos Directivos do Conservatório não tiveram mais imaginação, e vontade, para anagariar os fundos necessários senão bater à porta do Governo?SChttps://www.blogger.com/profile/12922571434503264911noreply@blogger.com