tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post7321679170508710020..comments2023-11-02T09:23:23.821+00:00Comments on 4R - Quarta República: Crescimento em 2008: desafio à Zona Euro ou à gravidade?Pinho Cardãohttp://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-5183424059071835952008-02-01T09:21:00.000+00:002008-02-01T09:21:00.000+00:00Caro Dr. Tavares Moreira,Não sou técnico destas ma...Caro Dr. Tavares Moreira,<BR/><BR/>Não sou técnico destas matérias e tenho grande consideração pelo rigor da informação e comentários que habitualmente nos trás. Terá naturalmente razão quando demonstra a inevitabilidade da tendência, a curto prazo, de alguns números mas permita-me também mudar um pouco o ângulo:<BR/><BR/>- alinho pelas palavras de Rui Fonseca;<BR/>- não entendo porque é que nos resignamos a lógicas de determinadas fatalidades da nossa economia;<BR/>- se nas empresas observamos que entre o sucesso e o insucesso a fronteira é estreita, porque é que na macro economia não se parte do mesmo principio. Não sei se me entende, mas com um pouco mais de esforço e génio podemos passar a crescer 5%.<BR/>- Portugal não tem nenhum estigma negativo que impeça de crescer, pelo contrário;<BR/>- Agora mais concretamente e a título de exemplo, precisamos como de pão para a boca de disponibilizar recursos para os privados investirem. É claro que são precisas medidas corajosas. Mas será preferível continuarmos nesta resignação, adormecimento?<BR/>- poderíamos dizer que somos como Cabo Verde, temos um território pobre, carente de tudo que vem do exterior e como tal teríamos de ser realistas com a nossa condição. Mas não é de todo a nossa condição e até Cabo Verde está a crescer a 7%.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-77759315661025442822008-01-31T19:28:00.000+00:002008-01-31T19:28:00.000+00:00Caro Tavares Moreira,Desculpe a insistência mas eu...Caro Tavares Moreira,<BR/><BR/>Desculpe a insistência mas eu não<BR/>disse que achava "que manter previsões desligadas da realidade pode ser bom para a economia"<BR/><BR/>O que disse foi que a revisão em baixa (ou em alta, já agora acrescento)só por si não altera o rumo da economia. Influencia os agentes económicos, sem dúvida, mas uma revisão em baixa, teremos de concordar, dificilmente os influenciará positivamente. O que poderá influenciar serão as medidas contracíclicas que puderem ser adoptadas pelo governo.<BR/><BR/>Pergunta-me o meu Amigo: "A propósito, sabia que a previsão de crescimento em Itália, para este ano, foi reduzida de 1,7 para 1%? E que nós temos estado colados à Itália?"<BR/><BR/>Com toda a consideração que me merece, discordo da fatalidade que esta conclusão supõe: primeiro, porque nenhum nexo de causalidade nos liga tão intimamente à Itália no campo económico;segundo, porque se continuarmos a alinhar pelos mais desenvolvidos nas descidas e abaixo deles, ou ao lado deles, nas subidas, vamos perdendo cada vez mais posições no pelotão. <BR/><BR/>Portugal tem de crescer mais do que os que estão na frente sob pena de recuar cada vez mais na classificação geral.<BR/><BR/>E claro está, isso não se consegue com revisões das previsões mas com medidas que as contrariem. <BR/><BR/>Salvo melhor opinião.<BR/><BR/>PS(D) - Como bem sabe, o FMI tem um notável curriculum de previsões menos acertadas.Mas receio que não vá ser o caso desta vez. Lamentavelmente.Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-81620042607770562782008-01-31T18:21:00.000+00:002008-01-31T18:21:00.000+00:00Caro Invisível,Peço desculpa de não o ter nomeado ...Caro Invisível,<BR/><BR/>Peço desculpa de não o ter nomeado no comentário anterior, que também lhe era dirigido...Tavares Moreirahttps://www.blogger.com/profile/09918430678462336924noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-19784203849852332852008-01-31T18:18:00.000+00:002008-01-31T18:18:00.000+00:00Caros Mário de Jesus,Os vossos comentários revelam...Caros Mário de Jesus,<BR/><BR/>Os vossos comentários revelam uma qualidade que tem estado bastante ausente entre nós: bom senso.<BR/>Basta uma dose média de bom senso, parece-me, para se perceber que estamos, com esta teimosia num cenário de crescimento irrealista, a criar problemas para o futuro...<BR/>Diz muito bem o Mário de Jesus que com isto se corre o risco de defraudar expectativas.<BR/>E uma vez defraudadas as expectativas, abre-se um problema de falta de credibilidade.<BR/>E isso é muito mau para qualquer economia, designadamente para a nossa em que é essencial reconquistar a confiança dos investidores.Tavares Moreirahttps://www.blogger.com/profile/09918430678462336924noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-52399379408740402852008-01-31T17:59:00.000+00:002008-01-31T17:59:00.000+00:00Penso também que deve haver bom senso e prudência ...Penso também que deve haver bom senso e prudência nas projecções sobre o crescimento da economia em 2008.<BR/>Mas, bom senso, é reflectir na realidade das coisas; as projecções apontadas, nomeadamente as do FMI, indicam uma desaceleração da economia global, logo, parece óbvio que a economia portuguesa também irá desacelerar. Não vale a pena "camuflar" esta situação porquanto, os investidores são pessoas bem informadas e certamente que ajem de acordo com os ecos que entretanto lhes vão chegando. Por isto, bom senso, deverá ser em minha opinião, o governo dar a informação o mais transparente possível.invisivelhttps://www.blogger.com/profile/00570645804359455433noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-50914329352074763572008-01-31T15:10:00.000+00:002008-01-31T15:10:00.000+00:00Caro Dr. Tavares MoreiraJulgo que deve haver bom s...Caro Dr. Tavares Moreira<BR/><BR/>Julgo que deve haver bom senso e prudência nas projecções sobre o crescimento económico porque estas mexem com as expectativas dos agentes económicos (empresas e demais investidores). Nada pior que defraudar as expectativas. No quadro conjuntural actual da crise financeira vigente, de algum grau de pessimismo e cautela da parte dos empresários em arriscar novos investimentos, do nível de desemprego e das restrições à promoção de um forte investimento público por motivos que se prendem com o controlo do déficit, tenho alguma dificuldade em entender a sustentação da taxa de crescimento prevista anteriormente, tanto mais que quas todos os nossos principais parceiros de comércio internacional (em especial a Espanha para onde exportamos 28% do total)estão a rever as suas próprias taxs de crescimento.<BR/>Como diz o ditado - cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.<BR/><BR/>Um abraço<BR/><BR/>Mário de JesusMário de Jesushttps://www.blogger.com/profile/02043561817120995242noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-36430388519697494182008-01-31T13:17:00.000+00:002008-01-31T13:17:00.000+00:00Oh meu Caro Rui Fonseca, meu Amigo não para de sur...Oh meu Caro Rui Fonseca, meu Amigo não para de surpreender...<BR/>Então acha que manter previsões desligadas da realidade pode ser bom para a economia?<BR/>Acha isso melhor do que apresentar previsões realistas - boas ou más - de acordo com os fundamentos económicos?<BR/>Não o sabia tão rendido à teoria do Oásis...<BR/>A propósito, sabia que a previsão de crescimento em Itália, para este ano, foi reduzida de 1,7 para 1%? E que nós temos estado colados à Itália?<BR/>Quanto ao problema do pagamento mais rápido das dívidas a fornecedores de bens e serviços, que poderia dar uma ajuda à economia, meu ponto é este: o que estamos a observar, com especial gravidade na área da Saúde, é um significativo alongamento dos prazos de pagamento...<BR/>Se quiser informação sobre o tema, recomendo-lhe a leitura do último relatório do Tribunal de Contas, facilmente acessível no respectivo site.<BR/>Acha que faz algum sentido prático recomendar, nestas condições o encurtamento dos prazos? <BR/>Quando sabemos de antemão que aquilo a que vamos assistir é ao alongamento desses prazos, prolongando a tendência dos últimos anos?<BR/>Acha sinceramente que isso adianta alguma coisa?<BR/>Não acha bem mais importante, nesta fase, denunciar, de forma objectiva mas firme, o erro desta política?<BR/>E muita atenção ao galopante endividamento externo que está em vias de se tornar um tremendo constrangimento - mais um - para a economia portuguesa. <BR/>Leu por acaso o "expresso" do último sábado acerca desse tema?Tavares Moreirahttps://www.blogger.com/profile/09918430678462336924noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-30497530339468842022008-01-31T10:22:00.000+00:002008-01-31T10:22:00.000+00:00Caro Tavares Moreira, Volto para tentar clarificar...Caro Tavares Moreira, <BR/><BR/>Volto para tentar clarificar o que no meu comentário concluo ter ficado menos entendível.<BR/><BR/>Eu não desvalorizo o interesse das previsões no comportamento dos agentes económicos. O que eu penso é que se Sócrates & Cª já tivesse<BR/>afinado com o coro da recessão e revisto em baixa a previsão de crescimento económico em 2008, esse alinhamento, só por si, não teria tido qualquer influência no andamento da economia. E, se tivesse, provavelmente teria sido negativo. <BR/><BR/>Um dia destes, forçosamente, terá de o fazer invocando a conjuntura internacional, bla, bla, bla, bla, bla, bla. E nada, só por esse motivo, se alterará.<BR/><BR/>O que, talvez, poderá alterar alguma coisa será a adopção de algumas medidas que coloquem nos bolsos privados mais liquidez, o pagamento dos atrasados, por exemplo. O que implica aumento da dívida pública, e provavelmente aumento do défice. Implicaria também a adopção de procedimentos que impedissem voltar atrás, à situação de laxismo crónico na assumpção de compromissos pelo Estado.<BR/><BR/>Quanto à redução dos impostos, trata-se de uma medida que também subscrevo, e nunca disse outra coisa. O que disse é que não sei como é que isso se faz sem redução da despesa pública ou aumento descontrolado do défice.<BR/><BR/>Por outro lado, os aumentos do consumo e do investimento em simultâneo, são conflituantes: ou poupamos para investir ou consumimos e não poupamos. Se a opção, por ser de curto prazo, for consumir, irá esse consumo dinamizar a produção interna ou desequilibrar ainda mais a balança comercial? Receio que o resultado seria o crescimento das importações. <BR/><BR/>Mas não tenho certezas. <BR/><BR/>Quem tem?Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-81376290132201165442008-01-31T09:45:00.000+00:002008-01-31T09:45:00.000+00:00Não.Dinamizar a economia? as empresas?Isso são neg...Não.<BR/><BR/>Dinamizar a economia? as empresas?<BR/>Isso são negócios e de vigaristas.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-43345483603694801332008-01-30T23:34:00.000+00:002008-01-30T23:34:00.000+00:00Os Governos não podem fazer muito perante as crise...Os Governos não podem fazer muito perante as crises e também não são os autores do crescimento.<BR/>Mas como os governos são os primeiros a tomarem para si as glórias do crescimento, também são penalizados pelas crises.Têm assim o que merecem!...<BR/>Compete aos governos serem realistas e terem as políticas públicas correctas. Quando os governos não se querem aperceber das situações, não têm as políticas públicas adequadas.<BR/>É o que vem acontecendo em Portugal. Por isso, as consequências são piores. <BR/>Mesmo com algum eleitoralismo à mistura, Zapatero fez o óbvio, que foi restituir impostos aos agentes económicos. E deu uma razão de fundo: dinamizar a economia, através do investimento e do consumo privado. <BR/>Não se percebe isso em Portugal?Pinho Cardãohttps://www.blogger.com/profile/06299521140721928195noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-89781624239550160392008-01-30T22:05:00.000+00:002008-01-30T22:05:00.000+00:00Caro Rui Fonseca,Seja bem regressado, antes de mai...Caro Rui Fonseca,<BR/><BR/>Seja bem regressado, antes de mais!<BR/>Devo confessar-lhe que agora sim acaba de me dar um motivo de preocupação ao dizer-me que já não o preocupa o optimismo governamental, por muito pouco fundamento que possa ter...<BR/>Quando pessoas lúcidas como o Rui Fonseca deixam de dar importância aos erros de previsão económica, por muito evidentes que eles sejam ou pareçam, significa que chegamos à fase da cafrealização...<BR/>Desculpe a dureza da observação, mas é isto mesmo, infelizmente, o indiferentismo que começa a grassar entre as pessoas responsáveis do País.<BR/>As exigências ficam reservadas para a Oposição, que tem de apresentar medidas, sugestões, soluções, para facilitar a vida ao Governo...<BR/>Nessa versão politicamente correcta, a Oposição é vista como uma espécie de assessoria do Governo, trabalhando para lhe facilitar a vida - e depois ser acusada, curiosamente, de não ser capaz de fazer oposição...<BR/>Quanto à ideia/sugestão de o Governo pagar as enormes dívidas que vem acumulando, acho até curioso o facto de provir de quem nem uma palavra ainda disse ao facto de podermos testemunhar exactamente o oposto: as dívidas dos Serviços e Fundos Autónomos, das EPE e EP's têm vindo a crescer, então na área da saúde a ritmo impressionante.<BR/>Ainda há dias reparei numa notícia alusiva a um dos objectivos do Ministério da Saúde para o ano económico de 2007, qual era a redução das dívidas à indústria farmacêutica.<BR/>Sabe qual foi o resultado final? Essas dívidas aumentaram só 22%...<BR/>Que quer mais que lhe diga?<BR/>Redução de impostos? <BR/>Mas o Pinho Cardão e eu próprio não temos insistido de forma recorrente sobre esse ponto? <BR/>Com reservas da parte de comentadores entre os quais o próprio Rui Fonseca?<BR/>Um grande abraço, meu Caro.Tavares Moreirahttps://www.blogger.com/profile/09918430678462336924noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-84294208220500529452008-01-30T22:00:00.000+00:002008-01-30T22:00:00.000+00:00Caro Tavares Moreira,Na volta, o homem tem razão. ...Caro Tavares Moreira,<BR/><BR/>Na volta, o homem tem razão. Se ele conhecer o cash flow previsto da AutoEuropa, o número até pode ser seguro. Não é um indicador económico, mas é seguro. Tal como a inflação sintética (ora cá está um bom nome para o nova inflação independente dos preços, tem um "aroma" a "wall street rocket science").Toniblerhttps://www.blogger.com/profile/13568121469356568721noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8810054.post-62969594897532728492008-01-30T21:41:00.000+00:002008-01-30T21:41:00.000+00:00Caro Tavares Moreira,Não me parece que seja preocu...Caro Tavares Moreira,<BR/><BR/>Não me parece que seja preocupante a desafinação de Sócrates no coro que anuncia o caminho da recessão, caminho que, provavelmente, já estamos a percorrer. <BR/><BR/>E não me preocupa porque não vejo que do optimismo de Sócrates venha qualquer mal ao mundo. Aliás, era preciso que a recessão fosse muito teimosa para não aparecer, tantos são os que por todo o mundo apregoam a aparição. A posição do governo tem o seu quê de garridice, o que, toda a gente sabe, faz bem à vida.<BR/><BR/>O que me preocupa é que, perante a iminência da crise, não apareçam sugestões, ideias, para a minorar.<BR/>O boletim meteorológico, perdoe a comparação, se tem alguma vantagem, é a de nos recomendar guarda-chuva ou qualquer outro abrigo no Inverno ou sugestão de praia no Verão.<BR/><BR/>Se a crise vem aí, que fazer?<BR/><BR/>Há dias, no Prós e Contras, Eduardo Catroga recomendava que o Governo pagasse a quem deve o que, lançando alguma liquidez adicional na economia, podia ajudar a espevitá-la. Parece-me bem. Aliás, parece-me que não deveria ser necessária a crise para o Estado se portar de forma honesta. Até porque daí poderia induzir uma prática corrente no sector privado mais consentânea com um comportamento que nos retirasse o labéu de maus pagadores (vulgo caloteiros) na Europa.<BR/><BR/>Parece que poderá, contudo, haver um problema gordo: o de não estarem os calotes do Estado inscritos no deve e a sua inscrição implicar o aumento por atacado no défice. <BR/><BR/>Outra ideia é a redução da carga fiscal. <BR/><BR/>Há dias retirei para este blog um artigo "Why the Stimulus Shouldn't Stimulate You"<BR/>By Steven E. LandsburgSunday<BR/>Poderá lê-lo aqui no Aliás (post de 27/1)<BR/><BR/>Creio que a conclusão do articulista faz sentido em outras paragens. Por exemplo aqui.<BR/><BR/>Que lhe parece?Rui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.com