sábado, 17 de setembro de 2005

Democraciómetro


Democraciómetro
Almeida Santos disse hoje na Convenção Autárquica do PS que Cavaco Silva era parecido com Salazar e que não possuía nível democrático.
Bem gostaria de saber a que marca de democraciómetro recorreu Almeida Santos para medir esse nível.
E também gostaria de saber que leitura esse instrumento faz do nível democrático de Almeida Santos. Estará devidamente atestado, ou estará um pouco mais baixo, digamos a 50%, ou estará mesmo vazio?
Enfim, devemos ter calma, porque estamos ainda no princípio.
Amanhã, alguém dirá que Cavaco é autoritário, depois anti-democrata, a seguir ditador, depois será acusado de tiques fascistas…
De tanga e despido de ideias está o PS, para o seu Presidente alinhar nesta vergonha!...

9 comentários:

  1. Mas qual é a preocupação?

    O Cavaco não ganhou já as eleições?

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  2. É mais uma manobra politica, mas Cavaco Silva não se tem ajudado. A imagem que dá é mesmo essa. Pode não ser ditador, mas toda a sua altivez deixa transparecer isso mesmo.

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  3. Querido Diário:

    Acordei hoje toda arrepiada,
    o Carmona quer voltar a debater-se todo comigo,
    mas só na condição de eu lhe apresentar o meu programa,
    ora,
    eu não sou uma moça de programa,
    sou falsa,
    premeditada,
    capaz de tudo,
    mas uma "rapariga" com um carácter sádico/colérico,
    como o meu,
    não programa,
    sonha,
    impulsiva-se,
    vai implodindo e explodindo,
    de acordo com as situações,
    e a necessidade de semear cadáveres.
    A Carrilha sonha,
    a facada dá-se,
    a ascensão nasce.
    .
    Querido diário,
    eu quero MESMO voltar a ter um debate com aqueles braços fortes de homem camarário,
    mas não sei o que lhe vou apresentar como programa...
    Talvez improvisando,
    dizendo-lhe "chama-me cadela!...",
    deixa-me ajoelhar-me aos teus pés e lamber-te as solas,
    em directo,
    na TVI.
    "Queres,
    meu macho,
    que traga umas cuequinhas de renda e me ponha como uma podenga,
    a quatro patas,
    em cima da mesa do debate,
    e a Man'ela Boca Guedes puxa-me as calças para baixo,
    e tu afagas-me as rendinhas,
    enquanto eu dou ao tutu?..."
    .
    Para quê andarmos a enganar mais uma vez o público?
    No fundo,
    eu sou fiel,
    ou infiel,
    sempre fui,
    podemos discutir o meu túnel de metrossexual,
    sei lá,
    de quilómetr'óssexual,
    tu a passares essa mão robusta pelas minhas zonas verdes todas,
    eu serei filosófica,
    metafórica,
    poética,
    uma catedrática da golpada e da pornografia,
    todas aquelas pequenas porcarias que tu quiseres e de que os homens todos tanto gostam...
    Vamos falar de buracos,
    dos buracos de Lisboa e dos meus,
    "cada buraco meu será um lugar teu",
    eu,
    de camisa de noite,
    tu a meteres-me a mão em directo nas zonas perigosas todas,
    e a sermos vídeo-vigiados,
    em pleno coito,
    a encher Lisboa com "outdoors" desses,
    não vermelhos,
    mas todos com fundo cor de rosa,
    na foto,
    de rolos na cabeça,
    eu evitarei olhar os munícipes de frente,
    baixarei os olhos como uma mulher modesta e doméstica dos Anos 50.
    Falaremos de coligações pós-eleitorais
    e do leite das orais,
    eu far-te-ei olhinhos de abutra gulosa,
    serei a tua escola segura daquelas posições e daqueles pratos todos que tu ainda não sabes,
    e,
    quando me der a tusa,
    entramos num vão de escada,
    baixas-me as ceroulas e dás-me ali uma injecção assistida,
    comigo aos gritos, como uma vénus vulgar,
    vamos ter sexo em todos os sanitários de Lisboa,
    meter 20 cêntimos e ficar lá dentro duas horas,
    até a porta estoirar e ficar aberta,
    com toda a gente a ver,
    e a lavagame automática a encher-nos de espuma e água,
    e eu a ganir,
    como a Carmen Maura,
    "rega-me,
    rega-me toda!..."
    Eu serei a tua central de tratamento de resíduos líquidos,
    a ser co-incinerada numa sombra qualquer,
    como uma vulgar mulher da vida do Intendente,
    e tu acabarás por cair nos meus braços, para todo o sempre,
    até sermos decrépitas e velhinhas e andarmos de mão dada e aos linguados,
    no banco traseiros dos táxis sociais gratuitos.
    Carmona,
    meu amor:
    quero que me comas toda,
    primeiro,
    à frente do público,
    depois,
    só à frente da minha querida Bocarra Guimarães,
    para ela aprender o que é ser "m'lher" e satisfazer um homem a sério,
    e o Dinis a perguntar,
    "-- Ó mãe, ó mãe, o que é que o papá está a fazer com o sr. eng. Carmona?..."
    "--Estão a coligar-se, meu amor, vai-te deitar...".
    .
    Querido diário,
    eu quero TANTO voltar a debater-me toda com aquele homem!...
    .
    Eu preciso tanto de ser eleita com ele,
    para,
    no final de Novembro,
    já estar a abandonar a Câmara para me apresentar às eleições presidenciais,
    como candidadata,
    uma chancelera portuguesa,
    como na Alemanha,
    a primeira "m'lher" lusitana a chegar a tão alto cargo.
    .
    Querido diário:
    ajuda-me,
    e dá-me ideias, coragem, imaginação
    e um programa,
    nesta instante de tanta ânsia e prova,
    assim como na hora da nossa morte...

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  4. A verdade é que Almeida Santos não foi feliz na comparação, mas Cavaco receia conotar-se em demasia com este PSD, embora Marques Mendes - pese a sua falta de carisma - tenha revelado ser o líder mais corajoso que o PSD já teve nas suas fileiras. Veio para credibilizar a política, falta desmarcarar o vergonhoso Alberto João Jardim.

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  5. Bem, meu caro Dr. Pinho Cardão, de facto, de Cavaco não se pode dizer que seja anti-democrata, mas o seu autismo com as vozes criticas, a sua antipatia pela imprensa, pelos órgãos de controlo (lembra-se das "forças de bloqueio"?) e o desprezo a que votava a AR não lhe assentam na qualidade de "democrata".

    Na realidade de Cavaco pode dizer-se que é um "ademocrata". A Cavaco essas questões menores não interessam, porque Cavaco é um pragmático e existiria com ou sem democracia.

    Em ditadura ou não, Cavaco seria sempre Cavaco.

    Não sei se fui explícito.

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  6. Exmos.

    não sei se já perceberam, mas o problema desta cáfila de políticos que hoje temos está possessa porque o CS não se sujeita a entrar no circo da política em que todos estão inseridos.

    Se há que diga que CS é apartidário, eu só digo que tem muita razão, e bem faz ele, porque se algum verdadeiro político existe hoje neste país e se quer ser sério então não se poderá certamente rever em qualquer uma das forças partidárias que existem neste circo... são todas fracas, vendidas, à caça do voto fácil e dos lugares de conveniência...

    Quanto ao Marques Mendes, concordo com a falta de carisma, e concordo com o facto de tentar dizer basta... não tem é lá muita estatura para o fazer (!!!)...

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  7. Caro Dr. Pinho Cardão,

    É. Isso é ser democrata. Não disse o contrário. Mas Cavaco Silva também já demonstrou que se dá bastante bem sem vozes discordantes. Obviamente não o acho anti-democrata, apenas quero dizer que para Cavaco Silva, as eleições são um aborrecimento...

    Tem tudo a ver como encaramos o acto democrático: Se como uma maçada, se como um direito e um dever que dá prazer exercer.

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  8. Exmos. Srs e sras.

    O medo é uma arma poderosissíma, não é? Pode ser utilizado em diversos contextos e usado de todas as formas e feitios.

    Ao nível do comportamento humano desencadeia reacções fabulosas. Digo-vos, a sua análise é fascinante.

    Neste caso, a candidatura (ou não) do Prof. CS desencadeia, em determinadas pessoas, o mesmo tipo de reacção. Isto é, desencadeia o medo. Nas sociedades primitivas era comum acontecer o mesmo em relação aos fenómenos climatéricos que os pobrezitos desconheciam. Mas esse problema rapidamente foi suplantado com a emergência da figura dos "Shamans" - bem ou mal, à falta de melhor, eram uma espécie de políticos e/ou comentadores políticos da época (o que só significa que a acumulação de funções é algo ancestral).

    Como a figura do "Shaman" caiu um pouco em desuso, esse papel - por ser tão abrangente - cabe a quem o quiser apanhar. Assim, temos toda a gente a falar de uma candidatura que apesar de ser dada como certa, ninguém sabe se o é ou não e no meio disto tudo, é esta indefinição que aflige a "oposição". Imaginem que estão a ver um filme de terror, o pior nunca é aquilo que se vê mas aquilo que não se vê.

    Por isso, a estratégia adoptada pelos restantes candidatos (talvez por insegurança quiçá), é a de produzir o máximo de dano possível no Prof. CS, antes que o homem se candidate a sério. Para além disso, não chega atingir o possível candidato. Há que atingir também aqueles que promovem a sua possível candidatura (e.g. Dias Loureiro e o pseudo-escândalo dos helicópteros de combate a incêndios).

    Em relação às Presidênciais, a única coisa que posso dizer é que o medo face à candidatura do Prof. CS é tanto que ninguém se preocupa com o País. O país é relegado para uma posição completamente secundária e isto não só é verdadeiramente triste, como é absolutamente ridículo (e é porque me apetece ser simpático).

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  9. Caro Pinho Cardão,

    Muito obrigado... Foi um raro momento de inspiração.

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