quarta-feira, 9 de maio de 2007

O povo não está preparado!...

"Jardim não ganhou. Ganhou o populismo fácil".
Domingos Andrade-Chefe de Redacção do Jornal de Notícias

"O socialismo de Ségolène não perdeu. Ganhou o discurso fácil de Sarkozy que melhor soube interpretar e ludibriar o desejo de mudança dos franceses..."
Domingos Andrade-Chefe de Redacção do Jornal de Notícias

Para gente de mente leve e de verbo fácil a democracia é mesmo difícil!...

11 comentários:

  1. Eu penso que este tipo de "coisa" (nem sei commo classificar tal grau de estupidez) tem, curiosamente, muito de social e é muito pior que não saber o que é a democracia.

    O A. J. Jardim é populista porque, socialmente, não é do nível de um Mário Soares, por exemplo, que nunca foi populista. Já o Paulo Portas não é populista. Pode ser demagogo, mas populista não, porque é uma palavra destinada a gente de baixo nível social que teve o descaramento de aparecer e, ainda por cima, de ganhar a gente "bem".
    O Cavaco, por exemplo, foi sempre um reles que abocanhava bolo-rei e sem nível para ser primeiro-ministro. Até que passou ao estatuto de ex-PM com cabelos brancos e, agora que é PR, já tem direito a outro tratamento.
    O Sarkozy é um reles fura-vidas, pouco ao nível de alguém tão fino e de boas maneiras como a Segoléne. Logo, foi um trafulha que soube conquistar a ralé. Já se estivessemos a falar do Dominique De Villepain (é assim?) , a conversa seria outra. Esse já tinha direito a ganhar com justiça.

    No fundo, estes Domingos Andrades que aí andam, e cuja escola é um sucesso, sofrem de um enorme complexo de mordomo. Não é ignorância, é complexo, que ainda é pior.

    ResponderEliminar
  2. Por acaso é Villepin.

    Excelente análise Tonibler...

    Por acaso paraquem defende a esquerda e o direito do povo estas mentalidades de subserviência à "nobreza" não são lá muito abonatórias do idealismo de esquerda!

    ResponderEliminar
  3. Estou em querer que os cidadãos deste país começam a estar fartos destas estéreis discussões sobre a “esquerda e a direita” que os média insistem em publicitar.
    No fundo o que a classe politica pretende, da esquerda à direita, será tão só, dar a ilusão ao pacato cidadão, que existem de facto divergências de fundo, opções opostas, entre as duas concepções. Ao fim e ao cabo, para lhe dar simplesmente a ilusão de que o seu voto vale alguma coisa.
    O que está em causa é o desenvolvimento capitalista em Democracia, e as duas concepções, revezando-se no poder por essa Europa fora, esforçam-se ambas por zelar pelo seu desenvolvimento sem sobressaltos.
    Tanto a esquerda como a direita europeia são responsáveis em partes iguais pelo facto de, como assinala a própria Comissão Europeia em recente publicação “a parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.”

    Em Portugal as “diferenças” entre a esquerda e a direita são ainda mais ténues. Alternando-se no poder, o PS e o PSD vêm praticando ao logo dos últimos anos politicas semelhantes e mesmo complementares. Actuando sempre na protecção mútua da manutenção e aumento dos privilégios comuns. O mais que excessivo valor da Despesa Pública Primária do Estado, não é outra coisa senão o dinheiro gasto pelo Estado em privilégios da classe politica. Fruto da sua incompetência e corrupção, ávida de privilégios, a classe politica chega a 2007 com um País atrasado economicamente e com as mais acentuadas diferenças sociais entre a população. O Relatorio sobre a Protecção e Inclusão Social de 2007 da Comissão Europeia é disso testemunho, “14% da população activa portuguesa vive abaixo do limiar da pobreza, a percentagem mais alta da União Europeia a 25 Estados-membros. Portugal está igualmente entre os países com maior taxa de pessoas a viver na pobreza (20%), tendo abaixo de si apenas a Lituânia e a Polónia (ambas com 21%).
    Isto deveria bastar para que os “padrinhos” da democracia portuguesa, para que Mário Soares e outros, tivessem vergonha e não se apresentassem publicamente como depositários de condutas morais imaculadas ou de virtudes cívicas e democráticas ímpares.

    ResponderEliminar
  4. Huh... o chefe de redacção do Jornal de notícias tem um vocabulário um pouco "limitaducho", não? Tudo é "FÁCIL"... menos os socialistas ganharem... é chato.

    ResponderEliminar
  5. Anónimo15:19

    Muito dificil, Pinho Cardão.
    Esta opinião tem pelo menos o condão de revelar a dependência do jornalista. Sendo certo que pelo menos ele exterioriza o que muitos outros sentem e não dizem claramente. O que escreveu não foi sibilino, foi plano.
    Quantos outros textos li eu, nestes últimos dias, que a coberto de arrevezadas análises pretensamente sociológicas ou tributárias de outras ciências, não pretendiam mais do que dizer o que este escreveu. Que afinal a democracia só tem um sentido e que a vontade do Povo, dessa mole ignata, não tem valor nenhum quando não se expressa a favor da força política da sua preferência.
    A isto alguns se habituaram a chamar "opinião pública"...

    ResponderEliminar
  6. Mas será que houve eleições na Madeira?
    Se houve, deve ter sido há muito tempo pois não existe o menor vestígio (com excepção dessa vergasta jornalística desencantada por Pinho Cardão)de tal acontecimento.
    O que se nota, e bem, é a continuação das "manifestações anti-Sarkozy": os heroicos manifestantes mandaram positivamente para as urtigas a lei das 35 horas e estão apostados em prosseguir, em horas extraordinárias a fio, a patriótica missão de vingar a derrota da bela Segolene.
    E estes "nossos" comentadores têm que viver, pagar a prestação da casa,dos móveis, do automóvel, das férias, do barco...
    Daí ao servilismo de opinião é apenas uma estação...

    ResponderEliminar
  7. Boas, meus caros,
    Já sentia a vossa falta, mas andei por ai a confirmar o diploma do "nosso" PM e a conclusão está no segredo dos Deuses!
    Sobre as eleições de 6/Maio, mostrou que o Socialismo está no seu declive descendente.

    Um abraço

    Pedro Sérgio (Palmela)

    ResponderEliminar
  8. Caro ruy

    excelente exemplo do que acabou de comentar é o estudo realizado pela CMVM ás remunerações auferidas pelos gestores das empresas cotadas na Bolsa (que de PME's de Portugal não têm nada)e do PSI20, que aliás eu referi há já alguns dias por aqui.

    Curiosamente não tenho lido muito mais sobre assunto, nem parece haver grande vontade de destacar essas situações que denotam uma enorme promiscuídade entre o poder político e o poder económico, com os suspeitos do costume a revezarem-se nos lugares de um lado para o outro de quando em quando.

    ResponderEliminar
  9. Pois é. Para estes visionários do verdadeiro pensamento do povo, este é ludibriável como uma criança e, na sua inocência e falta de esclarecimento, dá a vitória "aos outros". Só a minoria esclarecida é que vota "neles", por isso são sempre vencedores, são os votos para levar a sério. O resto é para descontar. Uns elitistas do mais primário que há.

    ResponderEliminar
  10. Cara Suzana:
    Uns elitistas do mais primário que há? Bondade e generosidade sua!...
    Uns primários do mais básico que há!...

    ResponderEliminar
  11. Sim, fica ainda mais desqualificado.

    ResponderEliminar