sexta-feira, 28 de março de 2008

Uma não-existência!...

Na náusea da política, é o desporto que vai animando e fazendo rir um portista.
Ontem, ouvi um esclarecido dirigente dizer que os sportinguistas são mais de três milhões. Não tenho dados para o contestar!...De qualquer forma, valor bem abaixo do número de benfiquistas, mais de seis milhões, isto o cálculo mais modesto, claro está!...Mas também não contesto que sportinguistas e benfiquistas sejam mais de dez milhões!...
Já me resignava a pensar ser uma mera não-existência, quando Descartes me valeu. Penso, logo ainda existo!...
Sem adeptos, nem dirigentes, o Porto é certamente um fantasma dourado que aparece a ganhar campeonatos e a semear pesadelos nos mais de dez milhões de portugueses.
Acaba de inaugurar mais uma Filial no estrangeiro, agora em Tânger.
Mesmo não existindo, já não cabe em Portugal!...

22 comentários:

  1. Anónimo14:40

    Só confirma a tese que vejo defendida por alguns dirigentes e adeptos do FCP. Que os dragões não pertencem já a este campeonato. Se assim é, natural se torna a migração para Morrocos ;)

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  2. essas contas não me parecem impossíveis, porque eu próprio simpatizo com imensos clubes. aliás, com todos excepto o porto e o sporting.
    áparte a brincadeira, o que eu queria comentar era a náusea da política e a animação do desporto. então, o desporto não é tão nauseabundo como a política? e não é por não ser um negócio da república que vamos ser mais condescendentes.
    mas ao portista pinho cardão, especialmente, por ser quem é, dou os parabéns por ser mais uma vez campeão.

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  3. Se bem percebo, ALTERNAM em Marrocos?

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  4. Oh Lampeão.... Alternar só se for em Tânger!!!

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  5. Fantasma dourado,como o Apito?? Só mesmo para gozar,o FCP é,sem a menor dúvida,o melhor.

    Agora o que não entendo é abrirem uma filial na mais completa "moirama"...

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  6. 6 milhões??? O Sport Lisboa e Benfica tem, segundo as mais rigorosas sondagens, 14 milhões de adeptos pelo mundo inteiro sendo, inclusivé, o maior clube do mundo.
    Quanto à casa do Porto em Tânger, faz cada vez mais sentido...

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  7. Eu era um jovem com menos de 20 anos quando o Benfica, de Eusébio e outras estrelas, passeava a sua superioridade nos campos nacionais e europeus.

    Cheguei a jogar andebol nos juniores do Benfica, circunstância que me facultava um cartão de sócio auxiliar e me permitiu ver, em bancada própria, todos aqueles jogos de pura magia.

    Curiosamente, não me recordo de que alguém do Benfica tirasse algum prazer, ou sequer perdesse tempo a gozar com os adeptos do FC Porto. Para dizer a verdade, nem me lembro do FC Porto.

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  8. Anónimo21:05

    Não se "piquem", meus caros, com as provocações do Pinho cardão. De outro modo estimulam-no!

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  9. Caro Arnaldo Madureira:
    Obrigado, meu amigo. Mas ainda faltam 3 pontitos!...

    Caro Tonibler:
    Já dizia a fábula:
    "Estão verdes...não prestam..."

    Caro Jorge Oliveira:
    Ora aí está um exemplo acabado da jactância benfiquista!... Aí são verdadeiramente super!...

    Caro Ferreira de Almeida:
    Não há que temer!...
    Pois se eu e todos os portistas nem existência estatística temos!...

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  10. Não é jactância, caro Pinho Cardão. É algo que você não entende. É que eu nunca vi benfiquistas a gritar que queriam ver a cidade do Porto a arder.

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  11. Caro Jorge Oliveira:
    Se alguém disse isso é energúmeno, seja portista, benfiquista, sportinguista ou outro.
    Pelo que a escolha do argumento é verdadeiramente notável e reafirma a prosápia benfiquista: de um lado os bons, do outro, os maus!...

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  12. Se alguém disso isso!? Você vive em que planeta?

    Prosápia benfiquista ! E você insiste. Tem de facto, um complexo qualquer. Embora sendo adepto do FC Porto, clube que desde há vários anos é, sem sombra de dúvida, o melhor clube nacional, e possivelmente assim será durante mais um ano ou dois, o complexo de inferioridade que você alimenta é que é notável. Mas porquê, ó deuses?

    Nascer no Porto ou em Lisboa, ser do Benfica ou do FC Porto, não nos tira uma característica comum : somos todos portugueses. É por isso que lhe posso dizer algo cujo recíproco você, porventura, não será capaz de subscrever, tanta é a raiva ao Benfica que anda por aí : quando o FC Porto joga com o Benfica eu prefiro que o Benfique jogue melhor. E que, se puder, ganhe. Mas quando o FC Porto joga com um clube estrangeiro, eu sou do FC Porto.

    Não se trata de jactância nem de prosápia benfiquista. Trata-se apenas de grandeza de alma. Uma prerrogativa que os deuses só concedem aos verdadeiramente melhores.

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  13. Caro Jorge Oliveira:
    Ora aí está!... Ser do Benfica ou do Porto ou do Sporting é mero acidente. No fim, somos todos portugueses!...
    Julgo que chegámos ao bom ponto para terminar a questão!...

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  14. Caro Pinho Cardão,

    Escusava de ter recebido estas bengaladas, aqui muito bem dadas pelo nosso contertuliano Jorge Oliveira.

    Ser benfiquista ou portista ou sportinguista ou qualquer outra coisa que revele afeição futebolística não deve cegar-nos na auto-exaltação, nem levar-nos a exercícios frequentes de humilhação dos adversários, como decerto concordará.

    É talvez por esta e outras exibições de altivez presunçosa, da parte de muitos adeptos portistas, que o FCP, apesar das numerosas vitórias alcançadas, em Portugal e no Estrangeiro, permanece um clube de dimensão regional.

    Boa noite e melhor inspiração

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  15. Não me lembro, embora não seja especialista em desporto (muito menos comparado), de um clube ganhar tanto, durante tantos anos, e ser tão pouco "amado".
    É da condição humana associarmo-nos aos vencedores. Porque ninguém gosta de estar do lado dos perdedores.
    É por isso que, quase sempre, o partido vencedor sobe, nas semanas seguintes a uma eleição, na sua popularidade, mesmo sem tem feito ainda nada para tal.
    É, por isso, também que um clube ganhador se torna admirado, passa a ter mais adeptos e simpatizantes. Por exemplo, o Chelsea, um clube londrino de bairro que tem crescido imenso desde as vitórias recentes, curiosamente com a participação de um português.
    O FCP é um "case study" e não vejo ninguém interessado nele.
    Trata-de de um clube que tem tido importantes vitórias nacionais e internacionais desde há cerca de duas décadas (não curo aqui de saber a que preço), mas que - em vez de se tornar popular e agregador - se tornou "antipático", agressivo, populista, regionalista e continua com uma base de apoio social e geograficamente muito limitada.
    Ninguém quer saber porquê?

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  16. O Pinho Cardão arranjou lenha para se queimar. Pela minha parte já não ia escrever mais nada, mas dado que outros dois leitores, António Viriato e Núncio, deixaram aqui dois comentários muito certeiros e oportunos, chamando a atenção para a pouca simpatia que o FC Porto granjeia e para a restrita dimensão do apoio que suscita, vou acrescentar uma observação final.

    O actual treinador, Jesualdo Ferreira, aparentava ser um homem sensato, de bom senso, com alguma relutância em alimentar querelas com outros clubes. Pois até ele ficou contagiado com um certo tipo de espírito trauliteiro que preside ao FC Porto. É exactamente isso. Que preside, que vem do presidente.

    C’os diabos, só um cego é que não vê que certo tipo de declarações incendiárias dos responsáveis portistas e de muitos dos seus adeptos revelam um intrigante complexo de inferioridade. Não tem outro nome.

    É caricato que uma equipa de futebol que tão justamente ocupa o primeiro lugar no ranking nacional, se preocupe tanto em enxovalhar, menorizar e ofender os adversários. Se a qualidade do futebol não justifica tais complexos, é bom procurar a origem. Obviamente só pode residir no próprio presidente do clube.

    Pinto da Costa é um homem de discurso fácil e contundente. Até certo ponto teve a sua piada. Mas já enjoa. Porque é nele que reside o complexo de inferioridade. Alguma coisa lhe correu mal na vida, certamente na infância e talvez um psiquiatra lhe possa dar uma ajuda.

    Mas que pessoas de bom senso, muitas com formação académica, se deixem arrastar na vertigem daquela verborreia insultuosa, oriunda de um indivíduo complexado e com pouca educação, ainda que vencedor, não me parece atitude inteligente.

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  17. Caro António Viriato:
    Ora bem reaparecido!...
    Pensava não intervir mais, mas a sua participação, pelo elevado conteúdo que me habituei a ver nos seus comentários e no seu blog, obriga-me a fazê-lo.
    Diz, no seu comentário, que "ser benfiquista ou portista ou sportinguista ou qualquer outra coisa que revele afeição futebolística não deve cegar-nos na auto-exaltação, nem levar-nos a exercícios frequentes de humilhação dos adversários, como decerto concordará".
    Pois concordo. Mas o que é que fazem sistematicamente aqueles que dizem ser mais de 6 milhões, juntos aos mais comedidos que dizem ser mais de 3 milhões do que negar a existência de outros, por já nem sequer caberem na população portuguesa? Não ter o direito de existir parece-me ser a humilhação maior!...
    E diz também que "é talvez por esta e outras exibições de altivez presunçosa, da parte de muitos adeptos portistas, que o FCP, apesar das numerosas vitórias alcançadas, em Portugal e no Estrangeiro, permanece um clube de dimensão regional".
    Não sei a que manifestação o meu amigo se refereriria. Altivez e presunção são coisas que também condeno. Mas considerar o FCPorto como um mero clube regional é decerto indício de altivez algo, bastante, muito...presunçosa!...
    Sans rancune!...
    E venha mais vezes!...

    Caro Núncio:
    De facto, em determinado momento, quiseram fazer do FCPorto o símbolo de uma região, um pouco a exemplo do que o Barcelona é em Espanha. Mas foi sol de pouca dura, felizmente.
    O FCPorto é hoje um clube nacional, com adeptos, sócios, casas, delegações, filiais de norte a sul do país.
    Concordo que se tornou "antipático",para os adversários, claro, porque começou a ganhar.
    Mas "agressivo"? E ao mesmo tempo "populista"?
    Há aí qualquer coisa que não joga!...

    Caro Jorge Oliveira:
    Sei muito bem distinguir as instituições dos seus dirigentes.
    E sei que no meu post não insultei nem agredi ninguém. Leia outra vez. Mas tive comentários nada simpáticos, para não dizer antipáticos ou até agressivos.
    Enfim!...
    Gostava ainda de lhe dizer que, em minha casa, os meus filhos são benfiquistas, a minha mulher sportinguista e eu portista. Convivendo no melhor dos mundos. Durante muitos anos, enquanto não estavam empregados, paguei as quotas dos meus filhos ao Benfica. Hoje, pagam eles os lugaes cativos que lá têm.
    Portanto,agressividade e intolerância...

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  18. Caro Pinho Cardão

    Eu sei ler. Mas não tenho o prazer de o conhecer. Aliás, o único autor que conheço neste blog é o Tavares Moreira, com quem falei, ainda que esporadicamente, nos tempos do Gabinete de Estudos do PSD, e que talvez se recorde daquela minha proposta de reforma do IVA, que ele achou muito interessante, mas que o adiantado mental do Durão Barroso meteu na gaveta.

    Desconheço a sua formação, mas parti do princípio de que esta troca de comentários estava a ser mantida por um grupo de pessoas com uma craveira intelectual alguns pontos acima da do vulgar fanático de futebol, seja lá de que clube for.

    Mas como noto algum ressentimento e incompreensão na sua última intervenção, queria dizer-lhe que, pela minha parte, não voltarei a questionar a sua fé clubística no FC Porto. Apenas desejo que lhe caia bem o champanhe do próximo domingo. Mas que seja o último, por muitos e bons anos.

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  19. Caro Jorge Oliveira:
    Obrigado pelos votos de que o champagne me caia bem!...
    Quanto ao resto, nem ressentimento, nem incompreensão!...
    E, neste, como nos próximos anos, que ganhe o melhor!...
    E vá lá, isto é só futebol...não leve as coisas tão a sério!...

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  20. Caro Pinho Cardão,

    Agradeço a sua simpática saudação e o convite à participação a que procurarei corresponder.

    Quanto à sua contra-argumentação, compreendo-a, embora não a perfilhe.

    Sem pretender prolongar réplicas sobre assunto que, para discussão, não tomo a sério, direi apenas mais alguma coisa sobre a razão por que o assunto me desinteressa.

    Creio que em Portugal se dedica demasiada atenção ao Futebol: na Imprensa, especializada e generalista, na Rádio e na TV, muitas horas de programação lhe são votadas, em contraste com a displicência com que esses mesmos órgãos de informação tratam outros temas, até os das restantes modalidades desportivas, que olimpicamente ignoram, como se o Futebol valesse por todo o Desporto, coisa que ele próprio está a deixar de o ser, para se tornar numa outra coisa, mais parecida com um negócio de espectáculos ou show-business para os portugueses de linguagem mais cosmopolita.

    Gosto de ver futebol, fui mesmo seu praticante, amador, no pleno sentido do termo, nos Principiantes e nos Juniores. Hoje, quase só o vejo, esporadicamente, na TV e, ainda assim, só quando é bem jogado.

    Confesso que, visto de perto, me desagrada o circo do Futebol, com toda aquela explosão de Carnaval delirante que à sua roda se montou e, pior que tudo, com o fanatismo de que frequentemente se faz acompanhar.

    Neste ponto, então, em Portugal, os adeptos do FCP, as suas claques ou turbas organizadas serão certamente os seus vencedores, aqui nem sequer contestados, seguindo sempre o exemplo nocivo do seu líder, que se multiplica em invectivas incendiárias contra «os Mouros», «os do Sul», «os do Terreiro do Paço» e outras alarvidades típicas de quem se quer afirmar, açulando as massas na base do ódio, sentimento exemplarmente traduzido no dito soez de «só querer ver Lisboa a arder…» e outras lindezas que tais.

    Para isto, confesso, não tenho tolerância, nem paciência. No entanto, não confundo portistas com portuenses e acredito que haja adeptos do FCP que não partilhem estes sentimentos.

    Mas a verdade é que não se vê nem se ouve bem, da parte dos portistas miderados, qualquer manifestação de demarcação de tanta bestialidade, o que é um facto lamentável.

    Vejo que o meu amigo dedica bastante atenção ao Futebol e ao seu FCP. Está no seu pleno direito e por aí nunca seria por mim criticado. Porém, a insistência com que se refere aos êxitos do seu clube, sempre vistos como desforços ou vinganças ou enxovalhos infligidos aos demais, nomeadamente aos do Benfica, não pode deixar causar, em certas pessoas, natural irritação.

    Sou, desde miúdo, adepto do Benfica, ciente da desgraça em que este glorioso clube há longos anos caiu.

    Contudo, à medida que a mercantilização do Futebol foi crescendo, com as suas SAD, os seus Presidentes, os seus Directores, porta-vozes e o resto da parafernália, numerosa e impertinente de que aparece rodeado, com os seus contratos milionários, de conselheiros de imagem, treinadores, jogadores – os menos censuráveis, nisto tudo – fui-me progressivamente desligando desse mundo dito de espectáculo de multidões.

    Continuo sendo benfiquista, mas já sem nenhuma paixão associada. E mesmo que este ex-glorioso clube continuasse a ganhar, ou volte ainda a ganhar, nada disto estará proibido, não modificaria, nem modificarei a minha atitude, porque todo o universo futeboleiro em que este Desporto se transformou grandemente me enfada.

    Palpita-me que o seu FCP, caro Pinho Cardão, por mais campeonatos que ganhe e continue a ganhar, em Portugal e no Estrangeiro, com a mentalidade provocatória, chocarreira e acintosa que o seu verrinoso Presidente há muito lhe imprimiu, dificilmente sairá da roda de clube regional, pese todo o seu esforço de ampliação das Casas e das Filiais do FCP erguidas por esse mundo fora.

    Já agora e por mera curiosidade : que nome carinhoso darão os portistas aos adeptos dos outros clubes, em Tânger ?

    Já me alonguei mais do que desejaria, num assunto que considero excessivo consumidor de energia.

    Tenho o meu amigo na conta de leal e elegante interlocutor, com quem, de resto, já travei alguns diálogos interessantes e cordiais, por sinal, em torno de temas bem diversos deste, como, por exemplo, os textos das Farpas do Eça ou sobre a excelência do vinho de Colares, elogiado pelo mesmo Eça, o que é bem melhor que terçar armas ou argumentos a propósito de futebóis.

    Guarde-se o meu amigo de certas exuberâncias clubísticas e não terá o desprazer de receber intempestivas bengaladas, ainda que meramente simbólicas.

    Bom início de semana e inspiração continuada; de preferência, noutras direcções…

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  21. Caro António Viriaro:
    Pois muito bem.
    Há mais vida para além do futebol!...
    Todavia, no que à matéria se refere, é facto que tenho enaltecido as vitórias do Porto, mas sem referir, e muito mnos enaltecer, a derrota de ninguém.
    Claro que por vezes ponho alguma ironia q.b.
    Quanto a mentalidades provocatórias, apelos à violência, vanglórias excessivas, etc, etc, claro que sempre fui, sou e serei contra. Contra quem faz esses apelos e contra quem os executa.
    Seja quem for, do Norte, do Centro ou do Sul!...
    Um abraço de quem admira os seus escritos

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