sexta-feira, 31 de julho de 2009

Verdade mentirosa, mentira verdadeira?

No Frente-a-Frente da SIC Notícias ouvi há pouco Joana Amaral Dias confirmar o que, segundo ela, já tinha dito há uma semana atrás: foi convidada pelo PS para deputada na próxima legislatura e rejeitou o convite.
Só me lembrei de escrever aqui esta passagem deste pobre folhetim PS/BE porque durante a semana que agora termina PS e BE se envolveram num “pugilato” político totalmente descabido com acusações mútuas, com o primeiro a negar ao segundo que não tinha feito qualquer convite, fora de questão, nem pensar, uma calúnia, uma mentira e o segundo atacando o PS, acusando-o do contrário, de afronta, de comportamento anti-democrático e vergonhoso, era o que faltava.
Um folhetim que quase teve “honras” de Estado vai-se lá saber porquê! Será que o caso ficou encerrado? Parece que não, que segue dentro de momentos…

8 comentários:

  1. Começa a parecer que a versão de Joana Amaral Dias não tem credibilidade. Não se preparou convenientemente antes de alardear a existência de um facto, ou de uma intenção, que jamais poderá provar.
    E na política o que parece, é...

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  2. Na novela de desmentidos
    nem sempre esclarecedores,
    surgem políticos metidos,
    falsamente iluminadores.

    Assim se faz política
    do género miserável,
    a cultura monolítica
    ignóbil e deplorável!

    Com prazos de validade
    desgastados e expirados,
    a fedorenta prolixidade
    de políticos dessorados.

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  3. Anónimo14:49

    Longe do rectângulo, gozando de férias e da distância, vou lendo e ouvindo os ecos do que se passa no País. Em destaque não aparece a mensagem muito importante feita pelo Sr. Presdiente da República na sequência da decisão do TC sobre o Estatuto dos Açores. O destaque é dado a este episódio.
    Só não é espantoso que patetices destas apareçam nas primeiras páginas dos noticiários, porque é destas coisas que as primeiras páginas habitualmente são feitas.
    Seja como fôr, não vejo onde está o escândalo, a não ser porque tudo quanto Louçã diz que é escândalo os media tendem a achar que sim.
    Vejamos.
    É normalíssimo que o PS tenha convidado Joana Amaral Dias. Primeiro, porque é uma figura de primeiro plano, que já deu ao País muito do seu imenso conhecimento e competência. Quem não se lembra das intervenções arrebatadoras no Parlamento quando por lá passou? Dos contributos para iniciativas marcantes? Da influência do seu pensamento?
    Depois porque, integrada no grupo parlamentar do Partido Socialista, muito mais seria de esperar de tão essencial figura porque, como se sabe, o grupo parlamentar do PS é potenciador e nele sempre radicaram grandes carreiras.
    Finalmente, porque alinhada com a candidatura partidária de Mário Soares à Presidência da República, num acto de rebeldia que lhe custou a exclusão dos órgãos do BE, Joana estava a pedi-las. E a inteligência em vigor no PS entendeu os sinais e correspondeu, prometendo - exímios prometedores! - a indispensável recompensa se a cadeira parlamentar não chegasse.
    Não percebo, por isso, que berrem que "isto não é da Joana". Pelo contrário, acho esta estória bem normal, à altura dos protagonistas.

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  4. Adenda:

    Verdade mentirosa
    ou mentira verdadeira?
    A política indecorosa
    de razão embutideira.

    Declarações contraditórias
    carregadas de acusações,
    as verdades predatórias
    em período de eleições.

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  5. Cara Dra. Margarida Aguiar:
    Permito-me subscrever o excelente comentário do Drº Ferreira de Almeida que, a meu ver, é indubitavelmente a análise mais realista deste folhetim, Sócrates/Louçã.

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  6. Caro Américo Freitas
    Parece-me que a falta de credibilidade é extensiva aos restantes protagonistas.
    Parece que a mentira ou a verdade se encurtaram alguma coisa. Confirmado está por ambos, autor do contacto e contactada, que falaram sobre o assunto. Mas agora o ponto da discórdia é que não se tratou de um convite, mas sim de uma sondagem.
    Francamente que não vejo, para o caso em apreço, onde é que está a diferença, nem vejo que um tal convite ou sondagem possam ser condenáveis.
    Ficaram todos, sem excepção, muito mal na fotografia!
    José Mário
    No rectângulo tudo se passa como já vem sendo habitual. Goze as suas férias bem merecidas, bem longe do "jardim à beira mar plantado", porque talvez seja a melhor forma de esquecer por uns dias a silly season que por estas bandas não há meio de tirar umas férias para descanso de todos nós.
    Estou totalmente de acordo com a sua análise. O que vende e rende são estes episódios de alcoviteirice política que não interessam absolutamente nada e nada acrescentam à vida democrática e ao nosso bem estar.
    Falou-se alguma coisa sobre o chumbo do Tribunal Constitucional, mas logo apareceram umas "autoridades" políticas, analíticas e jornalísticas a decretarem que todos ficaram mal na fotografia, incluindo, imagine-se, o próprio Presidente da República!
    Caro jotaC
    Apoio a sua subscrição!
    Caro Manuel Brás
    O seu último verso, muito bem rimado, como sempre, não se confina ao período de eleições. Está sempre a acontecer!

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  7. Cara Drª Margarida Aguiar
    O que me parece ter lido e ouvido é que acusação era de trafico de influências, e que a JAD teria sido prometido um cargo de gestão num Instituto Público. Essa oferta seria um prémio pela adesão às listas do PS. O que foi negado foi que essa oferta, essa sim severamente criticável, tivesse sido feita. E JAD confirmou que não foi feita.
    Cumprimentos,

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  8. Caro Manuel
    Obrigada pelo seu esclarecimento. Tinha ideia de que a parte do tráfego de influências, como muito bem classifica, também tinha sido alvo do "braço de ferro". Em relação a este ponto parece que ambas as partes, PS e convidada, esclareceram não ter havido promessa de um cargo de gestão pública.
    Ficará, então, a dúvida sobre quem inventou o "facto" político!

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