terça-feira, 29 de março de 2011

Fazer bem feito...

Estive a ouvir na televisão uma parte do programa “E agora Portugal”? Retive algumas ideias interessantes e realistas, que partilho inteiramente, que explicam em muito a crise em que nos encontramos. Os convidados do programa concordaram de um modo geral que vivemos uma crise de princípios e valores e uma crise de identidade. Retive a falta de brio dos portugueses. É uma realidade. Vivemos numa sociedade que não valoriza o esforço e o mérito e quando assim é o nivelamento é puxado para baixo. É fundamental fazermos bem feito o que fazemos e deixarmos de culpabilizar os outros porque não queremos assumir responsabilidades. Esta ideia de culpabilização dos outros é também um reflexo de uma cultura em que só há direitos e os deveres são para os outros. O reforço da participação cívica passa também por alterar esta forma de estar, muito ligada aliás à mentalidade instalada de que o destino é ganhar mais para consumir mais, deixando para um segundo plano, quando existe, a dimensão do ser. Num país em que precisamos de uma maior intervenção cívica, faz sentido que tenhamos que ser mais exigentes connosco próprios e com os outros. Não trabalhar com brio, não fazer bem feito o que está nas nossas mãos, não favorece a responsabilização. Alguém dizia que é preciso dar mais liberdade às pessoas para que sejam mais responsáveis, que as pessoas estão instrumentalizadas e que precisamos de nos libertar desta infantilização. É verdade, mas a responsabilização também se conquista e essa liberdade no sentido da criatividade só se conquista com maior envolvimento cívico. É por isso muito importante a educação. Vamos sempre bater à mesma porta…

9 comentários:

  1. http://www.tvi24.iol.pt/economia/fmi-lula-da-silva-crise-resgate-portugal-agencia-financeira/1242791-4058.html


    Kakakakakakakaka hahahahahahaha o sotretas de gravata cor de laranja ...akakakakakakaka cadê a rosinha ?que lindo iria ficar ...

    E o Lula ? kakakakakakakahahahahahahahahaha
    Então porque não perguntam ao companheiro pq agora o Brasil contribui para o FMI ?
    Entrou no clube dos Agiotas ? Os primeiros a receber ?
    Se é ruim ..pq contribui ?

    Mas o criminoso desesperado é que está demais ..de gravata cor de laranja ...
    Claro que ele só faz isto de provocação ..quando está a preparar alguma emboscada ..distrai o pessoal ..tirando-o do sério .. ..

    B***** i*****

    ahahahahah kakakakakaka

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  2. Não nos podemos esquecer, cara Drª. Margarida, que ainda à 37 anos vivíamos em ditadura.
    Eu tinha 18 anos, quando se deu o golpe de estado, recordo-me perfeitamente do ambiente repressivo em uso, quando frequentei a escola primária, desde os 6 aos 9 anos. Coisas do género; réguadas punitivas nas mãos, por erros de ditado, por mau comportamento, ficar de castigo a um canto da sala sendo motivo de chacota do resto da turma, etc. É fácil percebermos que o natural sentido de sobrevivência perante estas situações, motivem a criança a desenvolver mecanismos de protecção, tais como a mentira e a descupabilização. É necessário possuir génes de formação intelectual muito fortes, para num ambiente assim, resistir a tais subterfúgios. E ainda, estar-se inserido numa estructura famíliar sólida, que saiba educar e apoiar, para não se adquirir "as manhas do rebanho".
    Por isso, não podemos esperar que uma criança, sujeita a esse modelo de ensino e ainda a um ambiente familiar mal estructurado, venha a ser um adulto cujo comportamento se paute por princípios éticos, morais, cívicos e profissionais, onde não caiba o uso de manhas e artimanhas, para se salvar de prejuízos maiores, não percebendo contudo, que o maior prejuízo, é ele que causa a si mesmo.

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  3. Fazer bem feito ..eis um exemplo cruel ..

    Da Agencia Financeira espera-se no minimo rigor ! certo ?

    Ora vejam este artigo de hoje , e vejam o erro clamoroso com que acaba ...
    "...A ajuda que a União Europeia poderá dar às contas públicas, no caso de o resgate acontecer, será à volta de 75 milhões de euros, segundo o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker...."

    75 milhões ..ou 75 MIL milhões ?
    Isto é de um ridiculo assustador !!!
    Lógicamente eles fazem de propósito..é para lançar confusão..

    Isto é Fazer Bem Feito ? Para os esbirros de socrates ..claro que é !!

    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mercados/dinheiro-divida-juros-da-divida-mercados-crise-agencia-financeira/1242060-1727.html

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  4. Caro Bartolomeu
    Temos que tomar consciência de que precisamos de ultrapassar esses recalcamentos. A liberdade não tem preço, mas todos devem ter direito a ela. A melhor forma de a assegurar é criando riqueza. O esforço, o mérito, o brio, o bem fazer são fundamentais para quebrarmos o ambiente de pessimismo e mediocridade a que chegámos.
    Caro Caboclo
    As notícias não acabam...

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  5. Bartolomeu:
    Se não se importa,

    "ainda há 37 anos"
    "Eu tinha 18 anos quando ..."
    " ...reguadas punitivas"
    "possuir genes..."
    " estrutura famíliar..."
    "mal estruturado..."
    "o uso de manhas e artimanhas para se salvar..."

    Com reguadas, realmente, não se educa um povo.

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  6. Concordo inteiramente com a sua opinião, caro Rui Fonseca.
    Imagine que nunca, durante os 4 anos que durou a minha instrucção primária, fui castigado, tão pouco me foram infligidos castigos corporais ou psicológicos.
    Hoje, pergunto-me quais terão sido as manhas e artimanhas de que me servi, para ter conseguido enganar tão bem os professores?
    Entretanto, descobri que o analfabetismo me oferece algumas vantagens; a primeira e a mais importante, é cativar a atenção de quem me lê e proporcionar que se possa establer e fomentar o diálogo.
    Ah!
    Proporciona-me também agradecer fundamentadamente, essa atenção.
    ;)

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  7. Caro Bartolomeu,

    Não me agradeça, corrija-me também.

    Se visitar o meu caderno de apontamentos encontrará lá, certamente, várias fífias de ortografia, entre outras.

    E, como dizia B Caraça, se não receio o erro é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.

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  8. «Aliás», Caro Rui Fonseca, já visitei algumas vezes o seu "caderno de apontamentos" e, tive o privilégio de ler nele, excelentes pedaços de prosa filosófica.
    Não tenho o hábito de corrijir a forma daquilo que se escreve e que se diz. Ligo pouco, ou nada ao modo, é o conteúdo e o sentido das frases que me interessam, sobretudo aqueles que reflectem o pensamento claro, directo e genuíno.
    Tal como na citação do Professor Bento de Jesus Caraça, também não temo os meus próprios erros e também estou sempre disposto a corrigi-los, principalmente aqueles que cometo involuntáriamente e que possam causar dano ou prejuízo a terceiros.
    Mas, como lhe disse anteriormente, apraz-me sempre registar o interesse que alguem dedica à minha escrita, mesmo que seja somente com a finalidade de lhe denunciar as incorrecções ortográficas e gramaticais.
    ;)

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  9. Ortografia à parte, ainda não vi ninguém a pôr em causa a, alegada, falta de brio dos portugueses. Será que todos concordam?

    Também não vi colocarem em causa a questão da desresponsabilização (indívidual e colectiva) da qual, aparentemente, a nossa sociedade padece. Será que todos concordam também?

    Partindo do pressuposto que tais afirmações são verdade, estes comportamentos não aparecem do nada. Estes são comportamentos que, normalmente, são copiados do modelo vigente e se o modelo diz que podemos ser "irresponsáveis" porque isso não se traduz em consequências e que podemos fazer "em cima do joelho", porque é "igual ao litro", então qual é o problema? Se está em conformidade com o modelo então está correcto.

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