sexta-feira, 11 de março de 2011

Questão técnica

A esta precisa hora as taxas de juro das OTs a 5 anos excedem em 0,5% as dos 10 anos (8,00% contra 7,60%). Ou seja, a taxa de juro exigida pelos investidores para deter dívida do estado português é superior para os prazos mais curtos do que para os mais longos. Parece uma contradição. Será?

7 comentários:

  1. Infelizmente para nós, portugueses, não é.

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  2. A ideia aqui era explorar o significado desta "anomalia" financeira, a qual achei interessante. Não o fiz directamente no post por a explicação (ao contrário da implicação) ser demasiadamente técnica.

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  3. Caro Dr. José Maria Brandão de Brito
    Parece-me não haver contradição, antes houvesse. Estarei a ver bem?
    Os mercados muitas vezes mostram-nos que nem sempre têm razão. Por vezes há comportamentos especulativos que não têm adesão à realidade económica e financeira. Antes fosse assim, no nosso caso. A curva de taxa de juro da dívida pública começou por se tornar flat, há já algumas semanas, facto que não mereceu especial atenção por parte dos comentadores de serviço, o que já constituía motivo de preocupação, a somar ao aumento dos spreads em relação aos bonds alemães.
    Agora a curva de taxa de juro inverteu-se com os investidores a exigirem um maior prémio nas OT mais curtas. A inversão da curva é normalmente um sinal de que os mercados percepcionam um maior risco nos prazos mais curtos, inclusive uma maior possibilidade de incumprimento. Será esta a percepção dos investidores em relação à nossa dívida e à capacidade de cumprirmos com os compromissos assumidos?

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  4. Bem, pode ser meramente um sinal de falta de liquidez. Não foi a dívida a 5 anos que foi a leilão esta semana?

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  5. Talvez queira dizer que se sobrevivermos nos próximos cinco anos, a pagar essas taxas, depois já não vamos ao fundo, resistimos a tudo...

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  6. Caros colegas autores e comentadores: quando o "negócio" dos blogs deixar de dar - e espero que nunca - ficam já desafiados e desafiadas para fundar um hedge fund.

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  7. Caro Doutor Brandão de Brito,

    Curiosamente, também a curva de rendimento da dívida grega apresenta nesta altura uma configuração deste tipo, embora a níveis mais grandiosos...

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