terça-feira, 8 de novembro de 2011

Qual equidade?

Até parece que a questão da equidade se resume à discussão da repartição dos sacrifícios do 13º e 14º meses entre sector público e sector privado. Os desempregados não entram nesta divisão, muitos deles já não recebem qualquer subsídio. Estão à margem desta equidade. São crescentes as notícias que nos dão conta das graves dificuldades por que estão a passar milhares de famílias, sem condições para satisfazer necessidades básicas, como é a alimentação. Há muitas cantinas sociais que não estão a conseguir responder ao número crescente de pedidos de refeições. As escolas confrontam-se com crianças com fome, mas não dispõem dos apoios sociais necessários para dar uma resposta satisfatória. Para muitas crianças a única refeição diária que têm é aquela que é fornecida pela escola que frequentam. São avisos muito sérios que deveriam estar presentes na discussão da equidade...

14 comentários:

  1. Lamento, cara Margarida, mas enquanto não se perceber quantas polegadas vai ter a menos o LCD dos funcionários públicos ou quantos gigas vai ter o iphone do maquinista não nos podemos debruçar sobre esses assuntos menores...Temos ter prioridades...

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  2. Anónimo10:15

    Muito bem, Margarida. É esta a perspetiva que não podemos perder.

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  3. Mas, "Qual equidade?"!
    A pergunta é pertinente; para que se esperasse equidade à séria nesta questão da distribuição dos esforços, teríamos de nos encontrar governados por um regime Marxista e não estamos.
    Encontramo-nos a ser governados por algo inidentificável, algo que nos pretende convencer de que todo o mal é culpa nossa, e que estamos obrigados a paga-lo com "língua de palmo" (quem nos mandou nascer em Portugal) e não só inidentificável, mas, e sobretudo, desacertado, descompensado da realidade. Temos um governo que nos ameaça com o despedimento de 50 a 100 mil funcionários públicos, caso o subsídio de férias e o 13º mês fossem mantidos, e passado poucos dias, temos o mesmo governo a oferecer um rebuçado aos mesmos funcionários e a oferecer-lhe um dos subsídios. Temos um Presidente da República que a meio de uma crise demolidora, decide viajar com comitiva, até à América, durante uma semana, com o fim de melhorar a imágem do país, naqueles unidos estados...
    Equidade, cara Drª. Margarida... só se fôr o substantivo, que é divisível em 2 partes iguais equi + dade, da-de, da-de, da-de, enquanto houverdes para dar, da-de...

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  4. Infelizmente, Margarida, continuamos a brincar ás politiquices...e o "rei vai nu" cada vez mais.

    No entanto, julgo que a breve trecho vamos todos ter de "bater" de frente com a Realidade.

    E não vai ser nem facil...nem mesmo pacifico!

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  5. Otelo Saraiva de Carvalho, informou a comunicação Social que já encomendou umas quantas dúzias de cravos vermelhos e também, que deu ordem à ordenaça para olear a G3... será que ele tem em mente a organização de algum espectáculo de pirotécnia?

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  6. Anónimo17:58

    O País pode bem dispensar as palhaçadas, meu caro Bartolomeu. Tantas dificuldades, tanto sofrimento e vêm agora com as patetices do Otelo e do Vasco Lourenço. Haja pachorra!

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  7. Ordenança???? Um tenente-coronel cadastrado na reserva tem ordenança??

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  8. Caros Comentadores
    Toda a gente fala de equidade, mas sem falarem da mesma coisa. É o mediatismo que escolhe a equidade, o que está tudo dito. O facto de o país estar em enormes dificuldades obriga-nos a um esforço suplementar de assegurar a satisfação de necessidades básicas às pessoas e famílias que precisam realmente de ajuda, com dinheiros públicos e apoios privados. Não podemos aceitar que o Estado se apresente incapaz de justificar a sua própria existência, embora esteja presente onde não deveria estar.

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  9. Caro Dr. José Mário, não poderia concordar mais com a sua opinião de que o Nosso país, pode, bem dispensar palhaçadas.
    Não é o que efectivamente temos constatado. Quando todos esperávamos que as coisas melhorassem, que o dito, se confirmasse no feito, não. O feito aprece-nos a contradizer o dito, o prometido e o garantido que NUNCA iría suceder.
    Estes desconchavos, poderão dar origem a outros bem piores. E, tal como eu, também o meu caro Dr. José Mário, viveu os conturbados tempos pós 25 de Abril, em que os dois personagens que citou, tentaram afundar o Nosso país e as suas gentes, na altura, muito menos informadas e por conseguinte mais crentes, que as dos nossos dias mas, talvez menos esgotadas na sua natural paciÊncia, excepto as mais informadas e com projectos sociais de prosperidade, comparativamente com o que era conhecido dos países mais desenvolvidos da Europa.
    Hoje, caro Dr. José Mário, o rastilho encontra-se mais inflamável que ha 37 anos atrás, e a "bomba" de hoje, se rebentar, é capaz de ser mais destructiva que aquela que estoirou em Abril de 74.

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  10. Não se deixe iludir, caro Tonibler... de acordo com os regulamentos das forças armadas, Otelo não terá direito a ordenança, mas olhe que fica demonstrado pela reportagem de ontem, que continua a ter tempo de antena, o que, só por si, é a garantia de que venham a surgir voluntários para o cargo.
    «Em terra de cegos...»

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  11. Anónimo13:29

    Oxalá o meu Amigo não tenha razão no diagnóstico, meu caro Bartolomeu.

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  12. Oxalá, caro Dr. José Mário.
    E sobretudo, oxalá que esteja redondamente enganado, quanto aos prognósticos, caríssimo Amigo.
    Porque, a suceder uma revolta armada, um golpe de estado; que o governo até poderá estar a equacionar e a prever, vai haverinfalívelmente uma reacção consequente que nem o governo, nem ninguém poderão prever; o aproveitamento dos grupos clandestinos, daqueles que hoje consideramos marginais, que na sombra aguardam que a desestabilização aconteça, para saquear, matar, destruir, a seu bel-prazer.
    Relativamente a Abril de 74, este é um elemento novo, relativamente ao qual, ninguém sabe ao certo como actuar, nem como combater.
    Basta percebermos que sempre que acontece algum incidente com estes grupos, surgem novos elementos de preocupação que as forças da ordem tentam controlar com uns raides-relâmpago, através dos seus redutos. Muitos deles, onde ninguém se atreve entrar.
    Penso que não existem dúvidas quanto à necessidade de uma revolução, agora, aquilo de que estou convicto, é que essa revolução deveria partir do governo. Uma acção controlada, com pés e cabeça e em antecipação a qualquer reacção que possa surgir e que poderá ser o rastilho que incendeie o paiol.

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  13. Caro Bartolomeu,

    Não posso deixar de concordar consigo, apesar de o dizer com muita tristeza.

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