domingo, 21 de outubro de 2012

Por algum lado é preciso começar...



Chamou-me a atenção o título “Ensinar chinês a um filho será melhor que um dote”.  Pelo menos é o que pensa o presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira que não ficou à espera de directrizes de Lisboa para avançar com o ensino do mandarim. A sua iniciativa chama a atenção para a mais-valia que representa saber chinês/mandarim quando se quer estar no mercado global. É também um exemplo da importância da capacidade de ao nível local fazer acontecer sem estar à espera que o nível central decida.
Dizem-me que as escolas de línguas estão a incluir cursos de mandarim  nos seus programas à semelhança do que acontece com outras línguas universais como é o caso do inglês. Há universidades que também já entraram neste mercado. É também interessante, como algumas escolas estão a fazer, complementar os conhecimentos linguísticos com conhecimentos sobre a história da China e os seus hábitos culturais. A procura é crescente, muita gente já percebeu que a China é um mercado fundamental para a exportação. Tem dimensão  e poder de compra, atributos que estão a interessar um número crescente de empresas portuguesas.  

5 comentários:

  1. Pessoalmente, não atribuo grande mérito à iniciativa do Sr. Presidente da C.M.de S. João da Madeira. Também não penso que essa iniciativa, caso não dependa da concessão de verbas públicas para se efectivar e/ou sirva, grosso modo para favorecer "amigos" sem perspectiva de obtenção de êxito, seja negativa.
    E o motivo de ser destas minhas opiniões, prende-se com o que na minha opinião, são prioridades.
    E neste caso, cara Drª. Margarida, a prioridade, em meu entender, é produzir artigos de qualidade e preços competitivos a tal ponto, que o mercado chinês, sinta necessidade de o adquirir, mesmo que o empresário que lho vende não "pesque" uma palavra de mandarim. E acrescento; em muitas áreas de produção, possuímos em Portugal conhecimento e mão-de-obra especializada capazes de os presidentes das câmaras de todo o país se empenharem em dinamizar e apoiar tanto quanto possível os produtos tanto agrícolas como indústriais que nos seus concelhos são produzidos.
    ;)

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  2. Caro Bartolomeu
    Uma coisa não substitui a outra. De nada vale falarmos mandarim se não há produto para vender. Mas havendo, o que passará também por conhecer bem o mercado chinês – necessidades, hábitos, preferências, etc. - a língua pode constituir um elemento facilitador.

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  3. Bartolomeu, certamente trata-se de um caso de mais um adiantado mental.

    E porque não estudar a língua de um país cujo marítimo descobrimos? É que eles também são muitos e estão em franco desenvolvimento.

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  4. Concordo, cara Drª Margerida, «uma coisa não substitui a outra». Foi por isso que referi «prioridades».
    Ou seja, pessoalmente, e dado a situação de falência a que muitas empresas chegaram, dando origem ao "mar" de pessoas sem emprego; havendo um mercado potencialmente interessante mas, muitíssimo exigente quanto à qualidade dos produtos que adquire no exterior, penso que é muitíssimo urgente aproveita-lo, produzindo com excelente qualidade os artigos que os chineses estão disposto a comprar-nos, tanto quanto julgo saber, sem regatear preços.

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  5. Não sei, caro Prometeu, não conheço o Senhor Presidente da Câmara de São João da Madeira. Acredito até que a decisão da iniciativa, tenha sido tomada no melhor espírito de ajudar a solucionar os problemas sociais e empresariais que certamente afectam o Concelho. Contudo, do meu ponto de vista, de pouco efeito útil, como forma de atingir o fim em vista.
    ;)

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