domingo, 20 de fevereiro de 2005

Conheci um homem bom


Era o Manel. O Manuel Alves de Oliveira, Deputado, Vereador na Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Um militante do PSD.
Perdemo-lo esta madrugada. Perdi um excelente colega e um bom amigo.
Com ele partilhei muitos momentos na 4ª Comissão e no Plenário da Assembleia da República.
As discussões sobre a co-incineração, o Polis, a incineradora da ERSUC, a criação de municípios - o problema de Fátima e de Canas de Senhorim. As questões das pedreiras e das minas abandonadas, o problema do passivo ambiental de Estarreja, da Barrinha de Esmoriz, a poluição do Rio Liz e da Ribeira dos Milagres provocada pelas suiniculturas de Leiria. Os vários orçamentos de Estado. Os apoios aos municípios. As áreas protegidas.
Enfim, tantos momentos.
O Manel sentia o que fazia. Lutava por aquilo em que acreditava. Dava tudo pelo Distrito de Aveiro e pela sua terra. E sofria quando as coisas corriam mal.
Adeus meu bom amigo!

3 comentários:

  1. Anónimo18:55

    Durante o ano em que tive responsabilidades governativas contactei amiúde com Manuel de Oliveira. Apreciei o parlamentar, mas sobretudo guardo na memória os momentos em que pude surpreender o homem bom que o Manuel foi.
    O choque parece ser maior quando a notícia da morte se refere a alguém ainda novo. Mas impressiona sobretudo quando se trata de alguém com quem nos cruzámos na vida e não nos foi indiferente.
    Até um dia, meu Caro.

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  2. Também eu tive a possibilidade de contactar com o Dr. Manuel, ao nível local neste caso, pelos muitos anos em que foi Presidente da Concelhia do PSD-Feira.
    A melhor imagem que tenho dele, é de ser uma pessoa, de quem não houvesse ninguém que dissesse que não gostava dele.
    Fiz a última semana de campanha também ao seu lado. Na última sexta-feira, percorremos os cafés da Feira com o Dr. Marques Mendes. Quando o Dr. Marques Mendes, se dirigia para o carro, para se encaminhar para Aveiro, o Dr. Manuel, perguntou-lhe se lhe podia oferecer já não sei se uma caneta se um isqueiro, ao que o Dr. Marques mendes respondeu com um abraço, agradecendo-lhe por tão prestimosa ajuda na campanha. Vi-o pela última vez na Sede Conclehia, já na madrugada de sexta para sábado, sentado, a fumar mais um cigarro, aquilo que horas antes me dizia que iria deixar no dia 21. Já não lá chegou. Infelizmente às quatro da manhã de domingo recebia, como uma bala a trespassar-me o peito, a notícia que o Dr. Manuel havia falecido.
    Fica muita saudade de um homem de quem todos gostávamos. Até qualquer dia, companheiro!

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  3. É de uma imensa hombridade e humanismo esta solidariedade.

    Parabéns!

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