terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Estranha sensação - II

O homem ganhou, mas só se fala do António Vitorino...

3 comentários:

  1. É que uma coisa é ganhar eleições, outra bem diferente é governar! Foi assim com o Dr. Santana Lopes: precisava de alguém que governasse por ele.

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  2. Vitorino fazer parte do Governo parece-me uma informação relevante. Não é todos os dias que temos a trabalhar para Portugal aquele que foi considerado o melhor Comissário Europeu no seu mandato. Por isso, acho normal que se fale tanto dele. Se Sócrates realmente conseguir que António Vitorino seja um governante português arriscando a sua boa reputação, então isto será um sinal de que Sócrates será capaz de ter bons elementos no Governo.
    Parece-me de mau tom que se reduza Sócrates, alguém que conquistou uma maioria absoluta, a uma máquina sem qualquer tipo de capacidade para governar; isso é apelidar os portugueses que votaram nele de facilmente maleáveis e crentes - por outras palavras, burros.

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  3. Anónimo15:04

    Ninguém poderá retirar mérito à vitória do PS que é naturalmente do Engº Sócrates. Creio que, com Vitorino ou sem Vitorino, Sócrates tem uma vantagem importante relativamente a muitos dos seus antecessores nos últimos executivos: tendo integrado as equipas dos XIII e XIV governos constitucionais sabe que há caminhos que não devem ser trilhados. O preço é demasiado alto. E tendo sido um parlamentar activo da oposição ao XV e XVI governos conhece bem as limitações da governação e também aprendeu com os muitos erros cometidos nestes últimos anos.
    Mas estou de acordo que Vitorino, transformado numa espécie de "abono de família" do PS e do Governo, significará um acréscimo de credibilidade e de solidez. O País, de resto, necessita de um bom governo porque arredada a demagogia fácil da campanha eleitoral, a realidade está aí.As coisas não serão fáceis nestes próximos quatro anos. Desengane-se quem pensar que se vislumbra no horizonte o regresso das vacas gordas. É pura ilusão de óptica. São nuvens negras, vêm de leste. Do mais próximo e do mais distante...

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