Não vejo razão para a pressa do PS em avançar já em junho para o referendo ao aborto, a não ser a pressão do BE e do PCP. Entre o muito que já ouvi e li, tem mais sentido o referendo ao Tratado Constitucional Europeu com as presidenciais (como salientava bem Miguel Relvas, fazê-lo com as autárquicas é um absurdo) e o do aborto para daqui a um ano (como parece defender Marques Mendes). "Referendos à pressão" não propiciam debates responsáveis e opções conscientes, mesmo para aqueles que defendem o SIM nos dois casos.
Referendar, rapidamente, o aborto, é esvaziar o BE de uma das suas bandeiras e evitar o desgaste do governo à conta de uma questão que já não tem retorno.
ResponderEliminarDebate? Ninguém o quer, nem interessa pensar que o processo é reversível à conta de argumentos.
Politicamente, é acertado avançar, e depressa. O PS percebeu-o.
Não vejo qualquer inconveniente em fazer referendos juntamente com eleiçõis, sejam elas autárquicas ou presidenciais.
ResponderEliminarAssim sendo, defendo que os dois referendos em questão (constituição europeia e despenalização do aborto) poderiam/deveriam ser realizados juntamente com outras eleições.
Deste modo um dos referendos poderia ser feito juntamente com as eleições autárquicas, enquanto que o outro poderia ser feito juntamnte com as presidenciais.
Não vim comentar o post, vim agradecer a "força" e a gentileza. obrigada!
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