É o tema do dossier do Público e do editorial de Vasco Pulido Valente de hoje. O problema da Direita em Portugal é muito simples: quer mandar no país e não sabe como. Para um eleitorado que decide as eleições ao centro, a Direita pretende conquistá-lo com um projecto que não existe. A Direita mais liberal abomina a dimensão do Estado, mas não prescinde das suas benesses, dos subsídios disfarçados de contratos, da protecção contra a concorrência exterior, dos pequenos monopólios. A Direita mais conservadora quer afirmar-se pelos valores, mas não despega das visões tradicionalistas mais radicais, não dispensa a marca da Igreja, do autoritarismo provinciano e da imagem da família tradicional. Quer uma nova escola, mas preferencialmente confessional e paga pelo Estado. A Direita quer estar na Europa, mas não quer que a Europa entre em Portugal.
A Direita quer, mas não pode.
Neste país dito de consensos, de compromissos, mas completamente avesso ao confronto plural de ideias professado pela ideário democrático, falta definição, falta coragem para chamar as coisas pelos nomes e... falta fazer! Não basta conhecer o caminho, é preciso percorrer o caminho e este tem escolhos. Assumi-los faz parte do contrato.
ResponderEliminarCaro David Justino,
ResponderEliminarParabéns pelo blog. Uma sugestão: que tal adicionar os emails da redacção?
Aproveito para publicitar o blog em que tenho colaborado:
http://lojadasideias.blogspot.com