Blog de leitura obrigatória e regular (tanto quanto possível!) o Aviz de Francisco José Viegas dá hoje uma "sapatada" nas consciências pátrias. Em dia de aniversário, não poderia ficar melhor: conciso e incisivo q. b.
Concordo com o comentário e igualmente com o seu objecto.
Só que... há sempre um "só que" ou similar.
Nós, portugueses, somos uns verdadeiros experts em crítica falada e, principalmente, escrita, com muitos arrebiques e gongorismos.
E então, a falarmos de algo, com a necessária e muito "in" assepsia, ninguém nos iguala.
Quando chega a hora de assumir o que está mal, reconvertendo-o, para que fique bem, aí, infelizmente, falece-nos a fábrica dos pruridos e até a do modus faciendi.
Somos verdadeiros especialistas da dialéctica do bota-abaixo o que é do vizinho, que não serve.
Só que nada erguemos, em substituição do que não serve. Ficamo-nos nas covas, à espera de quem faça o trabalhinho que nos cabe. Para, então, botarmos abaixo, uma vez mais.
E, a compor o ramalhete, vem a maldita da insidiosa lusa invídia.
Se falássemos menos e actuássemos mais, o País seria bem outro. Não concorda, Professor Justino?
Agora, tenho que dar-lhe razão. O que, aliás, nada me custa.
Sem dúvida que, entre o falar demais e o falar de menos, é preferível o falar melhor.
E quanto ao fazer, o conceito aplica-se de igual modo e na mesma proporção.
É verdade que estou preocupado com tudo isso que reconheceu. De há muitos anos (sou macaco já velho, perdoe-se-me a ligeireza de linguagem).
No entanto, em tempo de unir esforços e tentar salvar os dedos, preocupa-me ainda mais a teoria do "vou fazer" ou mesmo "talvez acabe por fazer", em vez do "fiz", que privilegio.
Quem, todavia, algo "fez", tem que saber que será criticado e "todo o mundo" que nada fez entenderá que o que foi feito foi pouco ou nada e, ainda por cima, sem mérito. Não há que desanimar, porém. Há, sim, que avançar. Sempre.
Se os nossos avoengos não tivesesm avançado sempre, ainda que aos trambolhões, continuar+iamos, agora, a saltitar de ramo em ramo.
Espero, sinceramente espero, que, uma vez devidamente enquadradas e, acima de tudo, congregadas, guiadas, exaltadas, as "massas" hão-de produzir maravilhas.
Cabe às elites - no bom sentido - orientar-lhes o caminho, congregá-las, induzi-las, emocioná-las em torno de um objectivo comum, que valha a pena.
E aqui é que está o problema! Ubi sunt? Onde estão essas elites, esse dirigentes?
Pois, também eles precisam de ser estimulados, incentivados, para que, efectivamente, se constituam verdadeiras elites, verdadeiros líderes.
Como social-democrata que sou, muito embora por vezes muito desanimado, tenho fé em que as coisas se equilibrem e tomem o rumo certo. Por mim, tudo farei nesse sentido. E, como sou apologista do "fiz" e adversário do "vou fazer", já comecei. Com outros. Não pararemos.
Uma pequena correcção, se me permite. Correcção que não resulta de desatenção sua; apenas da minha condição de cidadão anónimo. Chamo-me Ruben Valle Santos, não Ruben Alves. Não que eu tenha algo contra qualquer Alves, que não tenho. A minha mulher é-o. Mas eu. não. ;-)
Também tinha já lido e concordo com o post.
ResponderEliminarVão sendo necessárias umas pedradas certeiras no charco.
Viva!
ResponderEliminarConcordo com o comentário e igualmente com o seu objecto.
Só que... há sempre um "só que" ou similar.
Nós, portugueses, somos uns verdadeiros experts em crítica falada e, principalmente, escrita, com muitos arrebiques e gongorismos.
E então, a falarmos de algo, com a necessária e muito "in" assepsia, ninguém nos iguala.
Quando chega a hora de assumir o que está mal, reconvertendo-o, para que fique bem, aí, infelizmente, falece-nos a fábrica dos pruridos e até a do modus faciendi.
Somos verdadeiros especialistas da dialéctica do bota-abaixo o que é do vizinho, que não serve.
Só que nada erguemos, em substituição do que não serve. Ficamo-nos nas covas, à espera de quem faça o trabalhinho que nos cabe. Para, então, botarmos abaixo, uma vez mais.
E, a compor o ramalhete, vem a maldita da insidiosa lusa invídia.
Se falássemos menos e actuássemos mais, o País seria bem outro. Não concorda, Professor Justino?
Os meus cumprimentos
Viva, Professor David Justino!
ResponderEliminarAgora, tenho que dar-lhe razão. O que, aliás, nada me custa.
Sem dúvida que, entre o falar demais e o falar de menos, é preferível o falar melhor.
E quanto ao fazer, o conceito aplica-se de igual modo e na mesma proporção.
É verdade que estou preocupado com tudo isso que reconheceu. De há muitos anos (sou macaco já velho, perdoe-se-me a ligeireza de linguagem).
No entanto, em tempo de unir esforços e tentar salvar os dedos, preocupa-me ainda mais a teoria do "vou fazer" ou mesmo "talvez acabe por fazer", em vez do "fiz", que privilegio.
Quem, todavia, algo "fez", tem que saber que será criticado e "todo o mundo" que nada fez entenderá que o que foi feito foi pouco ou nada e, ainda por cima, sem mérito. Não há que desanimar, porém. Há, sim, que avançar. Sempre.
Se os nossos avoengos não tivesesm avançado sempre, ainda que aos trambolhões, continuar+iamos, agora, a saltitar de ramo em ramo.
Espero, sinceramente espero, que, uma vez devidamente enquadradas e, acima de tudo, congregadas, guiadas, exaltadas, as "massas" hão-de produzir maravilhas.
Cabe às elites - no bom sentido - orientar-lhes o caminho, congregá-las, induzi-las, emocioná-las em torno de um objectivo comum, que valha a pena.
E aqui é que está o problema! Ubi sunt? Onde estão essas elites, esse dirigentes?
Pois, também eles precisam de ser estimulados, incentivados, para que, efectivamente, se constituam verdadeiras elites, verdadeiros líderes.
Como social-democrata que sou, muito embora por vezes muito desanimado, tenho fé em que as coisas se equilibrem e tomem o rumo certo. Por mim, tudo farei nesse sentido. E, como sou apologista do "fiz" e adversário do "vou fazer", já comecei. Com outros. Não pararemos.
Uma pequena correcção, se me permite. Correcção que não resulta de desatenção sua; apenas da minha condição de cidadão anónimo. Chamo-me Ruben Valle Santos, não Ruben Alves. Não que eu tenha algo contra qualquer Alves, que não tenho. A minha mulher é-o. Mas eu. não. ;-)
Cumprimentos
Ruben Valle Santos