Enquanto cotejo na “net” as imagens de Londres ainda atónita e chocada pelos atentados terroristas, continuo a ouvir pela rádio as acusações banais e mesquinhas do debate entre o Governo e a Oposição.
Eles estão a falar para quem?
Os nossos deputados conseguem associar o silêncio resignado perante o horror ao vazio banalizado do debate político inconsequente.Que estranha sensação.
É, sim, Prof. Justino.
ResponderEliminarOs nossos políticos conseguem viver completamente fora deste mundo, num cyberespaço irreal, mirabolante, só deles. Só isso explica tantas coisas abstrusas a que por aí vamos assistindo.
Se me permite, mais do que estranha, a sensação é de horror! Tanto autismo não augura seja o que for de bom, de construtivo, que empolgue a sociedade portuguesa. Muito pelo contrário, contém em si um gérmen de incapacidade e, pior, de auto-destruição colectiva.
Talvez seja uma opinião muito pessimista, mas entrevejo apenas uma solução: a da total substituição destes "velhos" políticos, que nada mais são capazes de aprender, nem sequer com os próprios erros - o que é sintomático! - por outra geração que irá cometer muitos erros, é certo e como é lógico que aconteça, mas que - resta-nos essa esperança - com eles aprenderá.
Porque serão novos. Gente velha, de mentalidade, que não de cronologia, não aprende línguas, nem se reestrutura, pelo que o melhor a fazer será deixá-los ir para a reforma, mesmo que dourada, porque tal situação será menos lesiva dos interesses gerais.
Cumprimentos
Ruben Valle Santos
Pois é! Às vezes, o melhor é estar calado...
ResponderEliminarNão me sinto bem! Tudo isto me faz deprimir.
Meus Caros, pode com propriedade lamentar-se o debate parlamentar. Vinha em viagem ouvindo a habitual barganha e pensava que, apesar da gravidade da situação do País que os acontecimentos de Londres acentuarão, se continua neste registo de acusações sem sentido que escondem a incapacidade de promover uma avaliação da governação mas também a falta irresponsável de encontrar consensos quanto a questões fundamentais para a vida colectiva. Todos procuram o confronto pelo confronto, esgrimindo argumentos estafados, nalguns casos de pura exibição de vaidade, noutros da mais acabada indigência intelectual. Se a existência de um Parlamento forte não fosse um factor essencial para uma boa governação, sobretudo quando um Executivo goza do privilégio de uma maioria sólida e a fiscalização parlamentar dos seus actos mais se torna necessária, o Engº Sócrates poderia dar-se por muito satisfeito porque não será na AR que encontrará a credibilidade da discussão acerca das medidas que vai tomando. Infelizmente, penso eu, para todos nós.
ResponderEliminarMas devo também dizer-vos que acho que os acontecimentos de Londres não deveriam levar a que o debate se não fizesse como estava agendado e dentro do que estava agendado.Uma coisa é lastimar a qualidade do debate. Pelo que pude ouvir, é de lastimar (embora já tenha dúvidas se é a razão ou a falta de paciência para aturar mais do mesmo que me provocam este sentimento).Outra, bem diferente, é considerar que perante o horror do que aconteceu, os Estados devem alterar o funcionamento normal das suas instituições. Não devem. E não devem porque é da perturbação e do medo que o terrorismo, qualquer que seja a sua manifestação, se alimenta. A melhor forma de condenar e resistir ao terror não é, como tenho ouvido, dizer que as democracias não estão preparadas para o enfrentar, que têm que se muscular, que têm de cercear as liberdades... É exactamente o inverso, é fazer tudo o que está ao seu alcance para demonstrar que por muito abalada que fique uma sociedade com o horror, sabe resistir-lhe e vai-lhe resistir em nome de valores de que não queremos abdicar, designadamente o valor da liberdade.
Cometi, de novo, o erro de não rever o texto antes de clicar no "publish". Relevem-me o mau português. Fico agradecido.
ResponderEliminarO fraquíssimo nível dos nossos políticos de 10ª linha torna-se atrozmente evidente perante situações a requererem a intervenção de Gente séria e capaz.
ResponderEliminarCompreendo, e partilho, o choque, se bem que, como já aqui se escreveu, não me pareça que o debate devesse ter sido adiado. As circunstâncias, obrigando-nos a relativizar as situações, é que nos mostram que o rei vai nu e, ainda por cima, é disforme e julga-se belo!
Nota: as declarações do ministro António Costa a propósito da catástrofe terrorista de Londres roçam a imbecilidade.
...e no meio de tudo isso o "estado da nação" passou pela nação como cão por vinha vindimada...ninguém deu por nada!...no meio de tudo o des-governo até teve sorte!...Ninguém os (ou)viu "passar"!
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