Para os Ocidentais, um nababo é o sinónimo de homem muito rico, vivendo luxuosamente.
O termo foi “importado” da Índia muçulmana, em que os nababos ocupavam um dos lugares superiores da hierarquia.
Estavam para os Imperadores como, no Ocidente, os Marqueses para o Rei.
Já agora, e por curiosidade, na hierarquia dos antigos Estados Hindús da Índia, o Marajá equivalia ao Rei, enquanto os Rajás equivaliam ao Duque.
Os Nababos eram, de facto, muito ricos, possuindo palácios grandiosos e vastíssimas terras.
O Nababo de Junadagh, na Índia Ocidental, á altura da independência, não era excepção à regra.
Como muitos, não tinha especial carinho pelas pessoas, mas tinha uma predilecção especial por cães e possuía 800 destes animais.
Os 800 cães viviam num palácio, em luxuosos aposentos, com quartos e criados individuais.
O Nababo organizava banquetes para celebrar os respectivos “casamentos”.
Na altura da independência, queria que o seu território fosse integrado no Paquistão, o que não lhe foi permitido.
Como tal, resolveu abandonar Junadagh.
No momento de partir, embarcou no seu avião e alugou outros para os 800 cachorros.
Como já não cabiam, as concubinas ficaram todas no harém, entregues à sua sorte!...
Entre pessoas e os cães, escolheu estes últimos.
Não se trata de história de há séculos: é, mesmo, uma história recente.
Com efeito, este Nababo morreu em 1959.
E é capaz de explicar muito do que, ainda hoje, é a Índia!...E de nos fazer reflectir sobre o que é, de facto, o homem!...
Afinal, não somos muito diferentes dos indianos! Andam por aí tantos "nababos"...
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