Esta, vem publicada na edição de hoje do Jornal de Notícias.
Transcrevo parte, e se houver por aí alguém que ainda tenha vontade de se espantar, aproveite e exercite-se.
"(...) o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), uma unidade criada em Tancos, há cinco anos, para operar helicópteros, com uma orgânica de cerca de 120 homens e um comando de coronel, mas que na prática nunca cumpriu a missão para a qual foi criada: o voo táctico. É que não há, nem nunca houve, helicópteros, embora seja mantida há cinco anos toda a estrutura de comando, como se de uma unidade operacional se tratasse.
Os gastos anuais atingem mais de um milhão de euros, além do investimento, há três anos, em infra-estruturas aeronáuticas que importaram em outro tanto. Quanto aos homens, a única coisa que fazem é preencher papéis do serviço normal de escalas e refeições e assinar formulários, além de cartas para Estado-Maior do Exército, por um lado, e para as associações de militares depois, perante o silêncio da chefia.
Mas os gastos nesta "unidade-fantasma" não se ficam por aqui, é que os 22 pilotos que compõem o quadro do GALE já perderam todas as qualificações, o que significa que o Estado - Ministério da Defesa e Exército - perdeu mais de 200 mil euros por militar, o custo de um curso de pilotagem. E o mesmo acontece com os mecânicos, dezenas de homens que foram também tirar cursos de qualificação de manutenção de helicópteros, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, tal como os pilotos".
Transcrevo parte, e se houver por aí alguém que ainda tenha vontade de se espantar, aproveite e exercite-se.
"(...) o Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), uma unidade criada em Tancos, há cinco anos, para operar helicópteros, com uma orgânica de cerca de 120 homens e um comando de coronel, mas que na prática nunca cumpriu a missão para a qual foi criada: o voo táctico. É que não há, nem nunca houve, helicópteros, embora seja mantida há cinco anos toda a estrutura de comando, como se de uma unidade operacional se tratasse.
Os gastos anuais atingem mais de um milhão de euros, além do investimento, há três anos, em infra-estruturas aeronáuticas que importaram em outro tanto. Quanto aos homens, a única coisa que fazem é preencher papéis do serviço normal de escalas e refeições e assinar formulários, além de cartas para Estado-Maior do Exército, por um lado, e para as associações de militares depois, perante o silêncio da chefia.
Mas os gastos nesta "unidade-fantasma" não se ficam por aqui, é que os 22 pilotos que compõem o quadro do GALE já perderam todas as qualificações, o que significa que o Estado - Ministério da Defesa e Exército - perdeu mais de 200 mil euros por militar, o custo de um curso de pilotagem. E o mesmo acontece com os mecânicos, dezenas de homens que foram também tirar cursos de qualificação de manutenção de helicópteros, não só em Portugal, mas também em Espanha e França, tal como os pilotos".
Caro,
ResponderEliminarVejo que estamos ambos abismados com isto, pois que também eu dei destaque a isto, com quase exactamente os mesmos bolds.
Constato que é mais «matinal» aos sábados do que eu.
abraço,
Acho que já deixei de me surpreender com estas...
ResponderEliminarAssim a bem dizer, helicópteros, helicópteros, não havia... mas haviam «bué» da festas no Forte de S.Julião.
ResponderEliminarO chato, é que agora já se acabou. Ficaremos a aguardar melhores dias.
Espantosa, esta história. Mas penso que temos muitas mais histórias como esta, por esse país fora.
ResponderEliminarSe nos referirmos ao ensino, encontramos várias.
Quando havia muito dinheiro financiado pela União EUropeia, financiaram-se muitas instalações, salas de informática, etc. que tinham tudo o que era necessário, e que nunca forma utilizadas. Agora, os computadores estão desactualizados, e os equipamentos vão para o lixo, praticamente sem terem sido usados.
Caro fr,
ResponderEliminarNão me querendo meter mas já me metendo, não sei se conhece algum caso desses que fala, mas eu não conheço de certeza absoluta.
O maior problema dos equipamentos informáticos nas escolas, é a falta de pessoal que saiba efectivamente trabalhar com eles e a questão da manutenção.
Quanto ao facto dos computadores (ou pelo menos alguns), poderem estar obsoletos é assim, enquanto não se sabe trabalhar com o básico não vale a pena investir em modelos mais avançados. E no que respeita às novas tecnologias nas escolas, há muita coisa que já foi feita e há muita coisa que está a ser feita (quer com o auxilio de fundos comunitários, quer com o auxilio de fundos nacionais, quer em parceria com grandes empresas tipo Microsoft e/ou IBM, ou ainda com as empresas canadianas dos "Smartboards").
Portanto, se há alguma escola que está a deitar computadores no lixo, então Presidente do Conselho Executivo devia ser fuzilado porque, logo para começar, não sabe gerir os recursos que tem (sejam muitos ou poucos).
Caro Ferreira d'Almeida não li a notícia mas apostaria que ela não surgiu por causa do desperdício mas por causa dos tais helicópteros...Ou seja, se por acaso quisesse questionar a existência dessa estrutura e ousasse admitir a sua extinção, certamente seria acusado de heresia e rapidamente se demonstraria como ela era essencial para a Nação. E quanto maior fosse e mais pessoas lá estivessem à espera de ter "os meios", mais difícil era extingui-la.Imagino já as notícias dos jornais sobre isso...
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