Abrange quase 70.000 hectares de uma das zonas mais pobres e despovoadas do País nos Concelhos de Mértola e Serpa. Mas nem por isso menos fascinantes e importantes do ponto de vista da conservação da natureza. Aliás, o parque integra uma das mais impostantes ZPE´s (zonas de protecção especial para aves selvagens), para além de constituir um dos sítios da Rede Natura 2000.
No "ABC das Áreas Protegidas de Portugal", livrinho editado há uns anos pelo Instituto da Conservação da Natureza que resume as características peculiares de cada área protegida, cita-se uma breve observação de Jaime Cortesão que retrata o Guadiana no troço que o Parque compreende: "Rio velho, triste e divagante, que apenas abaixo de Serpa, nas quedas do Pulo do Lobo, se precipita e dramatiza, o Guadiana dá limites a Portugal" .
Quando com tempo me deslocava para o Algarve gostava de ir por ali, por entre estevais e azinhais dispersos nas ondulações brandas do relevo característico da paisagem.
O rio, esse, é rico em espécies de peixes, assinalando-se a presença de migradores como a lampreia e a ocorrência - única em Portugal - do esturjão. As galerias abruptas acolhem exemplares de aves de presa, em especial o bufo real e a águia de Bonelli.
Sempre vi este Parque Natural como um factor potenciador da criação de alguma riqueza numa região onde a agricultura está a desaparecer, a indústria não existe, a população rareia e somente se observa algum dinamismo na exploração da actividade cinegética. Aliado à atractibilidade turística da vila de Mértola, ela mesmo um conjunto histórico notável, creio que a criação de condições para estimular um turismo da natureza a sério, poderia ser uma via para proporcionar condições de desenvolvimento e travar a continuada desertificação, mas também dar a conhecer um dos parques naturais mais significativos do País e proporcionar a vivência de uma paisagem única.
No "ABC das Áreas Protegidas de Portugal", livrinho editado há uns anos pelo Instituto da Conservação da Natureza que resume as características peculiares de cada área protegida, cita-se uma breve observação de Jaime Cortesão que retrata o Guadiana no troço que o Parque compreende: "Rio velho, triste e divagante, que apenas abaixo de Serpa, nas quedas do Pulo do Lobo, se precipita e dramatiza, o Guadiana dá limites a Portugal" .
Quando com tempo me deslocava para o Algarve gostava de ir por ali, por entre estevais e azinhais dispersos nas ondulações brandas do relevo característico da paisagem.
O rio, esse, é rico em espécies de peixes, assinalando-se a presença de migradores como a lampreia e a ocorrência - única em Portugal - do esturjão. As galerias abruptas acolhem exemplares de aves de presa, em especial o bufo real e a águia de Bonelli.
Sempre vi este Parque Natural como um factor potenciador da criação de alguma riqueza numa região onde a agricultura está a desaparecer, a indústria não existe, a população rareia e somente se observa algum dinamismo na exploração da actividade cinegética. Aliado à atractibilidade turística da vila de Mértola, ela mesmo um conjunto histórico notável, creio que a criação de condições para estimular um turismo da natureza a sério, poderia ser uma via para proporcionar condições de desenvolvimento e travar a continuada desertificação, mas também dar a conhecer um dos parques naturais mais significativos do País e proporcionar a vivência de uma paisagem única.
É de facto necessário encontrar formas de compatibilizar a presença humana e a preservação da biodiversidade. O que aliás não será nada de extraordinário porque sempre o Homem conviveu com a natureza.
ResponderEliminarNo caso deste Parque Natural o problema da pressão humana nem é especialmente sentido, como o é noutras áreas protegidas próximas de grandes aglomerados urbanos como é o caso do PN Sintra-Cascais ou o PN da Arrábida.
Creio que a grande ameaça à sobrevivência da águia nestas paragens é mais a falta de consciência de alguns caçadores do que a existência de alimento.
Aliás, o homem pode por vezes dar uma ajuda à natureza em situações de penúria de alimento, como acontece no Douro Internacional e na Serra da Malcata em que os abutres são alimentados pelos funcionários do respectivos parques mas também pelas populações.
Para quem tenha curiosidade sobre esta espécie e outras aves de presa, vá até http://www.icn.pt/aguiasatelite/aguias/aboneli.htm
ResponderEliminarNão gostei da fotografia. Falta lá a minha futura casa....:)
ResponderEliminarA que parece na foto parece devoluta meu caro Tonibler. E tem boas vistas...
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