Entre a série de Notas publicadas no 4R sobre a retirada do crucifixo das escolas, esteve uma, excelente, da da Suzana Toscano, denominada “Paredes Vazias”.
Nos comentários que se seguiram, a Suzana recomendou a leitura do artigo “A Cruz e o Trapézio” de João Bénard da Costa, no Público de 4 de Dezembro, que também li.
Por ter muito conteúdo e por ser muito bem escrito, não resisto a deixar um pequeno excerto.
Nos comentários que se seguiram, a Suzana recomendou a leitura do artigo “A Cruz e o Trapézio” de João Bénard da Costa, no Público de 4 de Dezembro, que também li.
Por ter muito conteúdo e por ser muito bem escrito, não resisto a deixar um pequeno excerto.
E ponho ponto final neste assunto.
“…Nos casos evocados, como no caso das cruzes nas escolas, a dimensão do símbolo ultrapassa de longe a questão religiosa, para ser sobretudo uma questão cultural.
Entendam-me bem: para um católico...qualquer cristão, seja ele protestante ou ortodoxo, ...nenhuma outra simbologia se sobrepõe a essa.
Mas, para os outros portugueses, mesmo os que mais professem o ateísmo, o símbolo é o símbolo de uma cultura que, goste-se ou não, queira-se ou não, desde a fundação da nacionalidade foi e é critério.
Mesmo aqueles para quem Jesus foi só um dos milhares de homens que sofreu uma das mais horríveis formas de morte que os homens infligiram a outros homens, mesmo até para aqueles que põem em causa a sua existência histórica, a Cruz é um elemento sociologicamente identificador, que assinala a nossa pertença a uma determinada civilização e a uma determinada cultura..
A História que culminou nela e que foi narrada pelos quatro evangelistas...é a História sem a qual nada compreenderíamos da História de Portugal e da esmagadora maioria da poesia e literatura portuguesa ou da arte portuguesa...”
“…Nos casos evocados, como no caso das cruzes nas escolas, a dimensão do símbolo ultrapassa de longe a questão religiosa, para ser sobretudo uma questão cultural.
Entendam-me bem: para um católico...qualquer cristão, seja ele protestante ou ortodoxo, ...nenhuma outra simbologia se sobrepõe a essa.
Mas, para os outros portugueses, mesmo os que mais professem o ateísmo, o símbolo é o símbolo de uma cultura que, goste-se ou não, queira-se ou não, desde a fundação da nacionalidade foi e é critério.
Mesmo aqueles para quem Jesus foi só um dos milhares de homens que sofreu uma das mais horríveis formas de morte que os homens infligiram a outros homens, mesmo até para aqueles que põem em causa a sua existência histórica, a Cruz é um elemento sociologicamente identificador, que assinala a nossa pertença a uma determinada civilização e a uma determinada cultura..
A História que culminou nela e que foi narrada pelos quatro evangelistas...é a História sem a qual nada compreenderíamos da História de Portugal e da esmagadora maioria da poesia e literatura portuguesa ou da arte portuguesa...”
Ainda, sem querer ser chato, essa é a justificação para que a maioria dos portugueses se reveja no símbolo. Ninguém põe isso em causa. Mas o problema do crucifixo nas escolas é outro, não é esse.
ResponderEliminarÓ Tóni! Mas afinal qual é que é o problema com os crucifixos nas escolas?
ResponderEliminarTêm medo que o homem salte da cruz e desate á chapada a toda a gente até aprenderem o Pai Nosso?
O problema é que se está a tomar uma posição enquanto entidade educadora onde se deve ser completamente limpo. Mas isto não é óbvio?
ResponderEliminarAinda por cima houve queixas de pais, como eu as faria. Logo, tire-se tudo.
E por que motivo havia o Tonibler de se queixar??
ResponderEliminarPorque, Suzana, há pessoas para quem o símbolo não é diferente de uma suástica. Particularmente aqueles com paixão pela ciência.
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