Nos povos ocidentais a população tem tendência a reduzir-se e a envelhecer. Nascem cada vez menos crianças e vive-se cada vez mais. As consequências manifestam-se, entre outras, por menor produção ou produção insuficiente face às crescentes necessidades, traduzidas, por exemplo, por um maior consumo com a saúde e com as pensões de reforma. As preocupações do ministro das finanças devem ser também as nossas.
Rejuvenescer um povo pode ser aparentemente simples mas, na prática, é muito complexo e demorado. A forma mais rápida de rejuvenescimento é “importar” jovens. Os imigrantes desde que se fixem e passem a ser “portugueses” poderão inverter esta situação, amenizando as tais profecias ministeriais. Não há falta de candidatos.
À escala global, a superpopulação, que tem sido alvo de várias medidas de controlo, constitui um das maiores dores de cabeça. Recentemente, foi estipulado que o planeta Terra atingiu os 6.500 milhões de habitantes o que é insustentavelmente grande. Como aguentar a taxa de 76 milhões ao ano? As implicações são várias, caso dos recursos naturais que se esgotam a um ritmo alucinante, mas os problemas ambientais não ficam atrás. Não há modo de os combater apenas através do controlo da emissão de gases e racionalização do consumo. As pessoas começam a ficar apertadas. Em 2050, graças à duplicação dos que vivem nos países mais pobres, a população mundial atingirá 9 mil milhões.
Os movimentos ambientalistas têm feito o que podem? De facto, são activos e criativos, apontando soluções e denunciando muitos problemas, mas, curiosamente, não abordam as medidas a tomar face ao superpovoamento planetário. E, quer queiramos quer não, não deixa de ser uma causa major. E que causa!
Espero que não estejam à espera da pandemia da gripe para travar o superpovoamento. O risco de uma mortandade é elevado, mas, num ápice, seria restabelecido as perdas. Mesmo a falta do famoso Tamiflu ou o Tamiflu falsificado, que já anda por aí aos molhos (a última família da espécie humana a desaparecer serão os vigaristas), não seria suficiente.
A forma mais eficiente prende-se com o controlo da natalidade a qual pode originar situações delicadas. Mesmo as atitudes pouco ortodoxas verificadas nos povos em que a mulher é desvalorizada, como é o caso da Índia, em que nascem cada vez menos meninas, violando a razão de masculinidade à nascença (por cada 100 meninas, devem nascer 105 a 107 meninos), fruto da utilização das novas tecnologias, que permitem a determinação do sexo, não constitui um factor determinante para travar o crescimento populacional. O único factor é o desenvolvimento social e económico já observado nesta parte do mundo em que vivemos e que teve como consequência os fenómenos já descritos. O pior é que para alcançarem os nossos níveis ainda terão, infelizmente, de penar muito e é precisamente durante esse período que o superpovoamento se irá verificar provocando um desequilíbrio e desigualdades sem precedentes. Um futuro muito complicado.
a demografia é sem duvida um dos maiores desafios que se coloca á sociadade do séc XXI.a nivel social ,economico..poderia desenvolver ..mas este post do Dr salvador massano cardoso vale por si só..
ResponderEliminarCaro Salvador Massano Cardoso,
ResponderEliminarComo se calhar já percebeu, cá o Toni tem teorias sobre tudo. E nas já milhentas discussões sobre ambiente e superpovoamento com o camarada Monteiro, ambientalista radical, eu sempre achei que o agregado Homem, no longo prazo, reage sempre no caminho certo. E, se calhar, o caminho é mesmo seleccionar sexos.
Agora, que vai dar num mundo demasiado "alegre" para o meu gosto, vai!...
Excelente post meu caro Professor!
ResponderEliminarQue tal baixar os impostos para as famílias que têm mais filhos (à semalhança do que acontece em França) ?
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