terça-feira, 3 de janeiro de 2006

Na cama com o amigo

O novo modelo de gestão da EDP e a anunciada reentrada da concorrente Iberdola nos órgãos sociais configura a imagem de dormir "na cama com o inimigo", mas dada a personificação do inimigo com o nosso amigo "Cardeal" teremos de alterar a frase, a bem da verdade e do rigor.
O que é que anda por aí que motive uma intervenção do Presidente da República no caso? Especialmente quando se trata de uma empresa privada, cotada em bolsa!
Será que o Sr. PR não reconhece credibilidade ao Governo para tratar do assunto e defender o "interesse nacional"?
As declarações de João Talone e a intervenção do Sr. PR são um atestado muito pouco abonatório do Governo. O caso é grave e fico-me por aqui!

[Actualização]

As declarações do Ministro da Economia deixam transparecer o que se poderia esperar de pior: a participação da Iberdola na gestão da EDP está adquirida e decerto resulta da estratégia seguida pelo Governo para o sector energético. Ou seja, o futuro da EDP passa pela Iberdola. É o rescaldo da solução GALP/Amorim. Não há milagres. O que é mais insuportável é a afirmação de Manuel Pinho defendendo a pés juntos que a EDP vai manter a sua autonomia.

A propósito: e se fosse Cavaco Silva a tomar a iniciativa de pedir esclarecimentos ao Governo? Bem ou mal, Sampaio criou mais um precedente. Para que conste, para memória futura!

3 comentários:

  1. Quando há indícios de comportamento corrupto, é lícito que o presidente intervenha. Afinal, os espanhóis já devem ter pago a coisa...

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  2. Pergunto-te Toni: Intervenha e faça o quê? Muda lá em casa a energia da companhia para energia solar?

    E agora assistam a este momento ímpar: Caríssimo Dr. Pinho Cardão, perfeitamente de acordo! Se Cavaco tivesse sugerido que o PR deveria fazer o que Jorge Sampaio fez hoje, estaria a ser atacado por todos os candidatos.

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