segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Um dia as casas vêm abaixo...



Vejo anunciado pelo Ministério do Ambiente que este vai ser o ano do litoral. Curioso, quando tudo se fez para regredir nas políticas de protecção e de valorização da costa portuguesa.
Esperemos para ver, embora já não reste muito tempo. Porque um dia as casas vêm mesmo abaixo. E não será o Estado a tratar disso. A natureza fá-lo-à inexorável e brutalmente.
Depois...bom, depois lamentaremos o horror de bens perdidos (vidas?). Virão as campanhas contra a falta de capacidade lusa para identificar o essencial, o urgente em detrimento do dispensável ou do adiável. E condenaremos. Condenaremos à exaustão. Condenará o parlamento. Condenará o governo. Condenarão os media, explorando a dor de muitas perdas. Como não há muito tempo na ponte de Entre-os-Rios.
Mas, em boa verdade, de que valerá então?

Mateus 7:26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.

Com estas palavras abria o programa Finisterra de protecção e valorização da costa portuguesa, programa que este governo defenestrou.


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