terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

O mercado está filosófico!...

Ouvi hoje na RDP, estação de serviço público, afirmar o positivismo do mercado, em comentário às cotações do Mercado de Valores Mobiliários.
Fiquei admiradíssimo, mas não deixei de saudar essa entrada triunfal da filosofia positivista nos corredores da Bolsa de Valores e nas mentes dos seus comentadores e jornalistas.
Através da RDP, fiquei então a saber que o mercado bolsista se passou a reger por uma filosofia caracterizada por uma ênfase sobre o experimentalismo como a única fonte do conhecimento científico, por uma forte hostilidade contra a filosofia tradicional, especialmente a metafísica, e consequentemente contra a religião, que está para além dos factos experimentáveis, princípios que caracterizam o positivismo.
Fiquei também a saber que a Bolsa tinha aderido à sociocracia de Augusto Comte e o seu Conselho de Administração teria passado a ser dirigido por cientistas, para unidade e progresso da humanidade ou, pelo menos, dos seus investidores.
No decorrer da notícia, vim desgraçadamente a perceber que estava enganado: o que o jornalista queria dizer com o positivismo da Bolsa era que as acções estavam em alta!...
Concluí então que filosofia positivista ou outra é título em forte baixa pelas paragens da RDP, estação de serviço público, que todos pagamos!....

16 comentários:

  1. RTP e RDP ...é a verdadeira "propagada socialista",digo, o verdadeiro serviço publico!

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  2. Não vejo, NUNCA, como se pode melhorar isto com resultados "positivos" na bolsa.
    Todos os dias se cruzam milhões de euros, mas o país está na mesma.
    quanto à RTP e RDP, nenhgum político resistiu à tentação de usar e abusar destas estações. decididamente não é um exclusivo socialista.
    Aliás, o PS que tem ele de socialista?
    Fosga-se !

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  3. caro bota ,não me diga que um pais com um mercado de capitais eficiente, de modo a oferecer ás empresas se financiarem não é importante para a competitividade de um pais?não conheço nenhum pais desenvolvido que não tenha um mercado de capitais desenvolvido

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  4. Caro Pinho Cardão,

    Esse é um dos factores mais interessantes de um mercado de capitais. É a sua personificação. Hoje está nervoso ou está calmo. Deprimido ou animado. Há, aliás, estudos interessantíssimos em que se adaptaram sistemas de simulação de sistemas biológicos, para prever a evolução de uma floresta depois de um incêndio, por exemplo, ao comportamento dos agentes nos mercados de capitais para prever movimentações após crises.
    Não se admire que amanhã esteja existencialista...

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  5. [riso]
    (Gosto de passar por um blog e encontrar sentido de humor)

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  6. Basta ver a % de pobres no EUA ...

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  7. Só não vê quem quer ser cego.

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  8. O pior cego é aquele que não quer ver, melhor dizendo.

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  9. caro bota ,isso dos eua dava pano...o enxoval inteiro!!agora pelos seus comentários parece que quer estabelecer uma relação de causa de efeito entre o numero de pobres nos eua e o mercado de capitais e a bolsa?
    olhe por exemplo a noruega a suécia e a dinamarca -isto para já não falar dos eua- e falando com conhecimento de causa tem Bolsas muito desenvolvidas.
    mas olhe...essas lamurias e essas frases feitas que os Eua e o capitalismo são o papão que ai vem já pertence ao passado.muito maio de 68!

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  10. Não me diga que há pobres por causa de uma razão diferente da que resulta da concentração da riqueza em poucas pessoas.

    Explica lá isso do Maio de 68 porque não percebi. Nessa época jogava ao bilas ...

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  11. "essas lamurias e essas frases feitas que os Eua e o capitalismo são o papão que ai vem já pertence ao passado.muito maio de 68!"

    Isto é um exemplo de como se discute um assunto com "clichés".

    Assim o amigo não vai lá.
    Discuta coisas, a vida e não balelas tipo liberalismo à sec. XXI.

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  12. Tenha a coragem de olhar a vida como a História a vê, sem preconceitos e coloridos pseudo-políticos.

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  13. Já agora explica lá porque é que há pobres !!!

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  14. Bom, não se vão pôr a contar o exemplo da ilha dado pelo Prof. João César das Neves, nem começar com cenas sobre a redistribuição equitativa da riqueza e como era bom sermos todos iguais etc. Logo à partida porque essa cena do sermos todos iguais é a aniquilação total e absoluta do indivíduo e só por isso, nunca seria "bom". De seguida porque a redistribuição equitativa da riqueza é, altamente, injusto.

    Caro bota, ser pobre é muito mais do que uma condição financeira.

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  15. Que grande estendal!
    Olhem que o tempo não está bom para secar a roupa!

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  16. Já percebi o estilo.
    Em vez de falar das coisas, prefere truqes linguísticos e semânticos para continuar a ter razão.

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