Completou-se hoje uma semana desde que saí de Lisboa. E, olhando para trás, passou tão a correr!... Depois de uma primeira semana em DC – como acontece sempre nestes Programas, já me encontro, agora, em Seattle, 8 horas a menos do que em Portugal e com frio, chuva e vento! Parece que as perspectivas para amanhã são melhores, e espero mesmo que sejam, porque amanhã é dia de novidades culturais e recreativas (só Domingo regresso ao “trabalho”, que é como quem diz, às visitas, às conferências, às reuniões…). E como amanhã tenho previsto um passeio de barco ao largo de Seattle, era bom que o tempo estivesse bem melhor…
Bem, mas quanto à viagem, correu relativamente bem, excepto por três factores.
O primeiro, a exemplo do que já se tinha passado na viagem de Lisboa para aqui, residiu no facto de a minha bagagem de mão – comprada especificamente para poder ser arrumada na cabina – não caber nos compartimentos dos aviões dos EUA (bem, nem tudo podia ser bom, não é verdade?!). E aqui a Europa leva vantagem – pelo menos nos Airbus em que tenho viajado não tenho tido problemas. Talvez o facto de o fabricante destas bagagens ser europeu ajude a perceber por que se passam as coisas assim… O facto é que mais uma vez cheguei ao avião, esforcei-me por encaixar a mala no compartimento e… tive que desistir, tendo ela ido parar de novo ao porão.
Felizmente que até agora tudo em termos de bagagens tem corrido bem (leia-se: nada foi ainda perdido, como já uma vez no passado me sucedeu, sendo certo que essa mala nunca mais apareceu, até hoje!... Percebem agora a minha questão de levar o máximo de bagagens que posso comigo?!).
O segundo factor teve a ver com algo que se terá passado com um extintor no voo de DC para Chicago, que obrigou à sua reparação e que quase nos ia fazendo perder o voo de Chicago para Seattle (não sei se há voos directos de DC para Seattle, mas hoje não houve, daí a escala em Chicago). Felizmente, tudo se ficou pelo sobressalto, nada mais.
Finalmente, o facto de, ao que parece, agora, as companhias aéreas dos EUA, em voos domésticos já não servirem refeições sem serem pagas pelos passageiros, devido à concorrência, que é mais do que muita. Bem, se fosse só isto, enfim, já viajei em low cost carriers e aí não temos direito a nada para comer ou beber se não pagarmos; seria estranho que num voo da American Airlines tal se passasse, mas pronto… Agora, que tenha sido permitido – e parece que é a regra nos voos domésticos – que os passageiros tragam a sua própria comida para dentro do avião é que foi a grande novidade. Mal saímos em Chicago, o ELO avisou-me logo para ir ao McDonald’s, ou a qualquer outro restaurante de fast food ali ao pé, para que me embrulhassem o que eu quisesse, uma vez que mesmo isso seria melhor do que a comida paga (um snack) que teriam disponível no avião. E, portanto, não só eu, como a esmagadora maioria dos passageiros lá entrou no aparelho com o seu farnel (o meu era McDonald’s), para uma viagem de mais de 4 horas! Só visto, digo eu, porque contado ninguém acredita! Ainda para mais quando no voo de DC para Chicago, que demorou pouco mais de 1 hora e 30 minutos, serviram um aperitivo e uma bebida! Qual a coerência?! Sinceramente, não consigo descortinar… e no início do voo, lá estava a maior parte dos passageiros a comer o que tinha trazido! De filme – pelo menos para mim, que não estava habituado!
Bem, aparte isto, a viagem correu muito bem. Por exemplo, o espectáculo das Rocky Mountains do Estado de Montana (aquelas em que se passa o “Brokeback Mountain”) vistas cá de cima com o cume gelado absolutamente branco e depois tudo o resto rochoso e verde é fantástico… Tal como é extraordinário a quantidade de tempo de voo em que se passa por terrenos em que não há sinal de vivalma… o que comprova a imensidão deste país – são um verdadeiro continente!
Por volta das três da tarde, onze da noite em Lisboa, aterrámos no International Seattle-Tacoma Airport, que deve o seu nome ao facto de se situar sensivelmente a meio caminho entre as cidades de Seattle e Tacoma. Como já acima referi, chovia a cântaros (agora, acho que já não, felizmente) e, por isso, ainda bem que já estava previsto alugar um automóvel que nos servirá na nossa estadia aqui, e que o Marc Nicholson conduz.
Debaixo de chuva torrencial chegámos ao Roosevelt Hotel (em homenagem ao 26º Presidente Norte-Americano Theodore Roosevelt, que governou entre 1901 e 1909), bastante simpático, tal como já tinha acontecido com o Hotel Helix em DC. Sem grandes luxos, mas muito confortável e… fundamental, com fitness center!
Estes dias de viagens aéreas são sempre cansativos (ainda para mais quando foram quase 6 horas nos dois voos), pelo que resolvi ficar no quarto, tendo jantado por aqui, depois de um “joggingzito” para desentorpecer e dormir melhor!
… Que é que vou fazer, agora, que são quase 10 da noite, para amanhã me levantar cedo e tentar conhecer alguma coisa de Seattle, para além do passeio de barco que está programado. Ao fim da tarde temos a chamada “home hospitality”, uma experiência que consiste num jantar em casa de uma família americana que se oferece para o efeito, o que nos dá a oportunidade de avaliarmos os americanos no seu meio familiar.
Acho que deve ser muito interessante, mas para já, o que podemos fazer é… esperar por amanhã e ter uma boa (e comprida!) noite de sono, para retemperar forças!
Meu caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão me parece que tal procedimento tivesse sido visto com bons olhos cá por estes lados... por isso, ainda bem que o não fiz!...