domingo, 2 de abril de 2006
Postais esquecidos
Cada postal pode contar uma história. É o caso deste. Enviado em 18 de Setembro de 1911, com carimbo da estação de Oeiras e com destino Lisboa. Queixava-se a signatária de estar em cuidados por não ter notícias da sua afilhada. Repare-se que se viviam os últimos dias da época balnear e a falta de notícias da família em Lisboa era motivo para dar "sinais" de que tudo estava bem em Oeiras, apenas "em cuidado" por nada se saber do que se passava na capital.
Segundo pormenor: trata-se de um exemplar da Casa Mendrico, uma merceeria há muito desaparecida mas que se imortalizou pelas suas edições de postais. Vendia vinhos, tabacos, os famosos biscoitos e palitos de Oeiras, para além de gelo e ... aluguer de carroças.
Quanto à fotografia, revela-nos traços de uma "belle époque" em que os cavalheiros percorriam a praia, por entre tendas alinhadas, de terno e chapéu olhando pelas crianças vestidas dos pés à cabeça que se aventuravam nas águas calmas da baía.
Ao fundo, sobre o lado esquerdo, ainda é visível a Fábrica de Lanifícios do Areeiro, fundada em 1864.
É incrível como hoje se perdeu a noção da distância que ainda há 2 gerações tinha um sentido tão diferente. A minha avó, que em 1911 morava com a família na Rua da Prata, contava que, quando se soube que havia Revolução, procuraram refúgio na casa de ...Benfica!Fora de portas, portanto.
ResponderEliminarCaro Prof. D Justino,
ResponderEliminarComo tinhamos combinado quando fosse publicado algo sobre a minha dissertação de mestrado aqui deixo a informação da primeira parte de um artigo na Revista "Arquitectura e Vida" de Março. (A segunda parte
sai em Abril.)
Mas pode aceder ao texto - sem imagens - no Blog http://memoriasdeadriano.blogspot.com/
Cumprimentos
com o título "A escola como factor organizador do Espaço Urbano - Evolução Urbana (Parte 1)"