Volta José do Telhado, estás perdoado!...

Alguns municípios, entre os quais o de Sintra, elevaram para o limite máximo o IMI, Imposto Municipal sobre Imóveis, o que, para prédios novos, já do século XXI, portanto com valores actualizados, provocou aumentos da ordem dos 15% em relação ao ano anterior, uma ninharia, aliás, dirá a Câmara.
Enfim, certamente uma forma, suspeito eu, de financiar a famigerada Casa das Selecções, oferta da Câmara de Sintra à necessitada Federação Portuguesa de Futebol, que não tendo outro local para estágios e preparação da Selecção Nacional, logo beneficiou do apoio camarário.
No meio de toda esta falta de senso, já nem sei se deva ficar indignado com a vergonhosa disponibilidade da Câmara para dispor do dinheiro dos outros em empreendimentos sem qualquer justificação.
E muito menos estranho que a Câmara, ainda há pouco tempo, na televisão, tenha chamado investimento ao que é um puro e simples desperdício.

Lembrei-me que, no século XIX, o José do Telhado roubava aos ricos para dar aos pobres.

Essa lembrança levou-me a pensar que, praticando o mesmo acto, muitos dos actuais edis, para além de apresentarem muito menos nobreza nos objectivos, não correm qualquer risco de ser presos.

Volta José do Telhado, que estás perdoado!...