A generalidade dos economistas bem pensantes tem vindo a defender uma diminuição dos impostos, mas só como consequência da diminuição da despesa pública. Não passa de uma afirmação politicamente correcta, não leva a lado nenhum, mas é vista como afirmação muito responsável, além de susceptível de agradar a qualquer Governo.
Tenho para mim precisamente o contrário e venho-o afirmando sempre que posso: a despesa pública só descerá quando diminuírem os impostos. Só perante menos receita é que os Governos se decidirão a gastar mais racionalmente.
Ora, segundo o DN de ontem, também António Pires de Lima, deputado do CDS/PP, se tornou mais um político correcto, ao afirmar que “logo que se conheçam os resultados ao nível da evolução da redução da despesa pública, creio que é altamente desejável prosseguir com uma política de redução de impostos”.
Como, segundo as últimas estatísticas conhecidas, a Despesa Pública tem vindo naturalmente a aumentar mais do que o orçamentado, bem pode esperar sentado!...
Tenho para mim precisamente o contrário e venho-o afirmando sempre que posso: a despesa pública só descerá quando diminuírem os impostos. Só perante menos receita é que os Governos se decidirão a gastar mais racionalmente.
Ora, segundo o DN de ontem, também António Pires de Lima, deputado do CDS/PP, se tornou mais um político correcto, ao afirmar que “logo que se conheçam os resultados ao nível da evolução da redução da despesa pública, creio que é altamente desejável prosseguir com uma política de redução de impostos”.
Como, segundo as últimas estatísticas conhecidas, a Despesa Pública tem vindo naturalmente a aumentar mais do que o orçamentado, bem pode esperar sentado!...
Caro António Pires de Lima,
ResponderEliminarÉ precisamente ao contrário, avançar com a redução do jugo fiscal, para libertar a economia e impor a redução da despesa pública.
100% de acordo. Aliás, tenho o camarada Pinho Cardão como o único economista com que consigo concordar.
ResponderEliminarMas se os políticos politicamente corretos e economicamente errados tivessem dúvidas, podiam lembrar-se do tempo em que se aumentou os impostos para pagar três guerras a 4000 km de distância, depois para pagar o esforço de uma revolução. Nunca desceram, só aumentaram. E, curiosamente, três guerras a 4000 km de distância com os respectivos contingentes militares deslocados parecem peanuts nas contas de hoje.
E cada um de nós pode contribuir na redução da receita....
Caro Pinho Cardão:
ResponderEliminarConcerteza que o destinatário era APL!
Sem dúvidas!!!
1.Diminuir as receitas, partindo do pressuposto que, sendo responsável, cortará no superfluo? OK. E onde estão os responsáveis para isso? Porque não se sentem cortes, bem pelo contrário?
ResponderEliminar2. A despesa na Admn.Pública aumentou. Não aumentou a eficácia. Não se cortou no pessoal a mais. Ou algum ingénuo acredita que a Adm Pub. não tem pessoal a mais? Tem a menos a trabalhar. Os outros dão à lingua sobre futebol, vão lendo jornais, especialmente desportivos e o 24HORAS, ou a discutir a necessidade de uma greve, pois os malditos governantes querem reduzir pessoal.
3. Não há solução para este País se não se fizerem pelo menos e, rapidamente, 3 coisas:
a) Cortar as despesas na APub. reorganizando e melhorando a orgânica e eficácia de cada funcionário. Menos farão decerto melhor;
b) aumentar a produtividade, definindo uma estrategia para este País, criando riqueza, e sequente aumento das receitas do Estado. Queremos ser um País de agricultura, como aparece, há dias, por aí numa campanha? Deve ter sido o Gato Fedorento a lembrar-se disso numa manobra de marketing. Conseguimos criar ou manter PME, com qualidade e vender essa imagem? Porque se extinguiu então o IPQualidade, redistribuindo por serviços dispersos e desenquadrados, quando isso deveria ser uma luta de fundo, em geral; queremos ser um País de Turismo, com 900 kms de costa, clima ameno, belezas naturais que outros com menos,desenvolveram e já têm o feed back? etc.
c) aumentar os Impostos, já, antes que seja tarde, porque os resultados da maior riqueza e aumento de produtividade, não se sentem em 4 ou 5 meses. Pagarei tb essa factura, mas prefiro essa agora, do que uma muito maior e gravosa, quando não houver remédios.
De resto não tenhamos ilusões. Quem as tiver dá cabo da vida dele, da minha, dos meus filhos e dos filhos de todos nós, e do futuro e das gerações vindouras deste País. É tempo de colocar os pés na terra.
E termino lembrando o que me parece óbvio: estas medidas carecem de outras complementares e simultâneas que não vou,agora, desenvolver. Em síntese: Educação, formação profissional; alteração de mentalidades; combate à fraude e evasão, que, apesar de melhoria, continua em níveis incomuns na Europa, combate ao trafico de influências e à corrupção. Invista-se nisso, pq são investimentos que criarão riqueza, qualidade de vida e auto-estima nos portugueses.
Algumas destas medidas demorarão anos, ou mesmo uma geração. Portanto, e como o problema é agora, não há solução: aumentar as receitas dos impostos e diminuir com coragem os custos da Ad.Publica.
Doutra forma, acabam-se as regalias da seg. social, as pensões, as reformas e o que mais se verá. Ou então fecha-se o País.
O resto é conversa politiqueira, ou projectos de engenharia financeira que só resulta nos papéis. Insisto: MCarreira não está certo, está certíssimo.
Não creio que o País, apesar das efabulações, dos corajosos guerreiros e marinheiros, se tenha transformado num País de cobardes. Esta é apenas uma opinião.