segunda-feira, 22 de maio de 2006

Jean Battista dos Santos



OBSERVATIONS ON THE ARRESTED TWIN DEVELOPMENT OF JEAN BATTISTA DOS SANTOS, born at Faro in Portugal in 1846por P. D. Handyside, M. D. (Edinburgh: Maclachlan and Stewart. London: Robert Hardwicke, 192 Picadilly, 1866).

As monstruosidades atraem os cientistas desde os tempos imemoriais, ajudando a compreender muitos fenómenos.
Na minha busca por obras antigas, consegui adquirir, num leilão, uma interessante brochura sobre um caso muito raro. Nunca tinha observado algo semelhante, mas também não sou teratologista. O que me levou à sua aquisição foi o facto do título apresentar o nome de um português, nascido em Portugal, Faro, em 1846.
Não resisto à tentação de publicar a ilustração que a acompanha. Informo que, de acordo com a descrição do caso clínico, o João Battista dos Santos, apesar das anomalias, não manifestava quaisquer problemas das suas funções físicas e mentais, fazia uma vida normal e manifestava, segundo o médico, forte masculinidade.

3 comentários:

  1. Coitado, falta-lhe ali qualquer coisa...

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  2. Minha cara amiga Clara Carneiro

    Espero não lhe ter estragado o pequeno-almoço. São coisas próprias de médico “meio-louco” que não resistiu à tentação de divulgar algo muito curioso produzido pela mãe Natureza.

    A Natureza não é cruel, é indiferente às nossas expectativas ou valores, como já disse um dia.
    Este caso pode chocar, claro. Mas prefiro o choque de uma “construção” da Natureza a certos choques de natureza humana. Ainda ontem, acabei por preferir reler a descrição e análise deste histórico caso clínico, a ver a segunda parte do tal debate.
    Nunca me tinha passado pela cabeça que fosse possível uma situação deste género, apresentada de uma forma que hoje seria impensável, com o nome, país, local e ano de nascimento, no próprio título!
    Não sou propriamente um Damien Hirst, nem para lá caminho…
    Quanto à teratologia, penso que no nosso meio há um verdadeiro exército de teratologistas socio-políticos, o que não admira, face a tantas monstruosidades…

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  3. Finalmente o IV República despertou para o Humor. Já está referenciado no "Braganza" :-)

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