segunda-feira, 22 de maio de 2006

Outros tempos, outros investigadores...

Faz hoje anos que nasceu Arthur Ignatius Conan Doyle (22 de Maio de 1859).
No tempo de Sherlock, o mistério do envelope 9 seria resolvido em menos de 24 horas. Outros tempos, outros investigadores…

5 comentários:

  1. Isso é fácil falar. No tempo do Scherlock era só procurar o local do crime. Hoje em dia, é preciso procurar um local onde o crime possa ter sido cometido, porque o local onde foi cometido não dá jeito nenhum....

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  2. Anónimo18:28

    Mistério, meu caro Professor? Mas o caso que menciona alguma vez encerrou algum mistério por resolver?
    É bem o exemplo da decantada historieta do acampamento. Aquela em que Sherlock manda Watson olhar para o céu perguntando-lhe, perante o que via, que dedução fazia. Watson foi dizendo que perante tantos pontos de luz era provável que alguns fossem estrelas, outros planetas; e existindo aquela multitude de planetas deduzia ser certo que existiria vida nalgum deles.
    Sherlock abanou a cabeça em sinal de que esperava tal resposta, e retorquiu que a dedução certa era a de que alguém lhes tinha fanado a barraca.
    Também no pretenso caso do envelope 9 se continua a discorrer sobre as estrelas e os planetas. Quando a verdade, a verdade...está na BARRACA, imagem que mais fielmente do que a balança retrata a Justiça em Portugal.

    Elementar, meu caro...

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  3. Pois é! Que grande barraca...

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  4. Anónimo19:32

    Jamais me ocorreria pensar em Sherlock Holmes a propósito do “caso do Envelope 9”.
    Eu sei, eu sei, é uma investigação judicial a roçar o paroxismo ou o zénite da procuradoria.
    Até uma mensagem à Nação mereceu do Presidente da República.
    Mas será que o “Envelope 9” é mesmo um caso de polícia, ou de justiça? Ou, constitui antes uma efabulação do “24 Horas”, um “facto político” sugerido por alguns interesses inconfessáveis? – decorrente da aliança discreta, por vezes secreta, entre alguns políticos (que advogam em causa própria) e certa comunicação social.
    Bem, pensando melhor, se abordarmos esta questão numa perspectiva ficcional sempre há algo em comum entre este caso e os enredos de Sir Arthur Conan Doyle da época Victoriana.
    O Ministério Público, esse, entalado entre a aparência da gravidade (dada pelo mais alto magistrado da Nação) e a vacuidade do caso, fez o que lhe “competia”, investigou com a profundidade que só a dilação do tempo confere a casos supostamente importantes.
    No fim, o Procurador preanuncia, a montanha irá parir um rato!
    Também eu entendo que a justiça anda turva em Portugal.
    Mas, neste caso, a focagem talvez devesse ser de espectro mais divergente ou cónico.
    Dito de outra forma: temos três arguidos e, como de costume, zero culpados: certa Comunicação Social, alguns políticos (provavelmente advogados?!) e o Ministério Público. Ah, temos ainda o erro técnico produzido pela Portugal Telecom.
    Este caso não passará de mais uma estória, indigna do Sherlock Holmes….
    Se não fosse o custo desta “ficção”, pago pelos nossos impostos, até daria vontade de rir. Assim, resta-nos o torpor deste devir existencial. Pode ser que algum dia isto mude!

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  5. Caro Ferreira de Almeida,

    Excelente intervenção! :)

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