O último dia do Programa em Dallas – amanhã é Sábado e teremos actividades recreativo-culturais, e domingo partimos para Boston.
Pela manhã tivemos uma reunião na Exxon Mobil Corporation, uma das maiores companhias petrolíferas (e não só…) do Mundo, sedeada em Dallas. O nosso anfitrião na sede social da empresa, nos arredores de Dallas e numa zona muito verde – mais parecendo environmental friendly –, foi o Dr. David Bailey, Manager, Government Relations & Issues.O encontro foi muito interessante, tendo-nos sido apresentada a companhia, a sua actividade, a sua presença a nível interno e mundial (encontram-se também presentes em Portugal, onde a "Exxon Mobil" passa a "Esso", tal como em outros países - até porque a Mobil, na Europa, foi adquirida pela BP), o mercado do petróleo e de outras fontes energéticas, as perspectivas para a empresa e a indústria petrolífera, os elevados preços do petróleo e o seu impacto quer na empresa (que também compra crude, apesar de o produzir e que, portanto, é igualmente afectada pela actual alta do preço) quer na economia. Falou-se também de Portugal e da sua elevada dependência petrpolífera (a maior, de entre os países da UE-25), do “estado” de outras fontes energéticas no nosso país, enfim, uma multiplicidade de assuntos que nos levaram até ao meio-dia.
Depois, foi hora de ir buscar os meus óculos e de almoçarmos – desta vez, a ementa foi mexicana (há uma enorme variedade de restaurantes mexicanos aqui no Texas, em virtude de este Estado fazer fronteira com o México e de muitos mexicanos aqui residirem). A seguir, despedimo-nos do Sean McAuley, que só nos acompanhou nas visitas e reuniões que tínhamos agendadas em Dallas; nas actividades recreativo-culturais não estará presente.
O início da tarde foi passado no hotel, a colocar algumas “matérias portuguesas” em dia e, por volta das 17 horas, veio ter connosco o Mr. Tony Kukreti, Residential & Commercial Relocation Specialist, igualmente contratado pelo World Affairs Council de Dallas, que nos levou a jantar e nos acompanhou a um rodeo em Fort Worth.
Nesta cidade que, tal como Dallas, é servida pelo Dallas-Fort Worth International Airport, fomos jantar a uma zona próxima do The Cowtown Coliseum - histórico, segundo "eles", por ter sido o primeiro recinto de rodeos coberto a nível mundial - onde teve lugar o rodeo.
É uma zona em que parece que estamos no antigo faroeste, com as ruas empedradas (de propósito, claro) e saloons de um lado e outro que, contudo, por dentro, ou são gift shops, ou restaurantes. Tudo muito bem preparado para atrair turistas…
Jantámos no Riscky’s, um restaurante que nos tinha sido recomendado. Tivemos uma refeição tipicamente texana que, no meu caso, consistiu numa salsicha fumada enorme (tipo Frankfurt), com batatas fritas, feijão e legumes, tudo com molho bar-b-q (pelo menos é assim que “eles” o escrevem…). A acompanhar, uma cerveja mexicana Corona, muito leve e que também é familiar dos portugueses (já há alguns anos que é vendida no nosso país).
O rodeo foi uma experiência muito interessante, com os tradicionais – segundo me disseram, porque nunca tinha assistido a nenhum por inteiro, nem na televisão, onde só tinha visto excertos – números de montar um touro (enorme) e conseguir aguentar-se “lá em cima” durante 8 segundos; as provas de laçar um vitelo, quer por um cowboy a cavalo (que depois tem que desmontar rapidamente e atar três das quatro patas do vitelo), quer por dois (em que o segundo tem que lhe laçar as patas traseiras); e a prova de destreza e velocidade, em que um cowboy a cavalo tem que tornear, no mais breve espaço de tempo possível (e estou a falar de pouco mais de 10 segundos…), três obstáculos estrategicamente colocados no recinto, apanhando penalizações de 5 segundos por cada derrube de obstáculos. Ah, e claro, à boa maneira americana, sempre com muitos intervalos, em que há imensas distracções que mantêm o público entretido.
Tendo começado às 8 horas da noite, o espectáculo terminou pouco depois das 21:30 horas, o que ainda nos deu tempo para, no regresso ao hotel e já em Dallas, termos passado pela zona onde, em Novembro 22, 1963, foi assassinado o Presidente John Fitzgerald Kennedy. Aí, hoje, na Dealey Square ergue-se, em sua homenagem, o John Fitzgerald Kennedy Memorial (um símbolo de paz, construído em 1970), encontrando-se assinalados com cruzes, na estrada contígua, os dois locais em que o Presidente Kennedy foi baleado naquele fatídico dia de 1963. Não deixa de ser um encontro marcante com a história que, pelo menos a mim, me deixou bem pensativo…
Enfim, de regresso ao hotel, ouço lá fora o barulho de trovões, pelo que acho que se avizinha mais uma tempestade, que por aqui são muito frequentes. Aliás, ainda na noite passada, fui acordado por uma, bem violenta, por volta das 3 das manhã e que, durante mais de meia hora, fustigou a cidade e arredores. Mas, apesar disso, o calor que se tem vivido todos os dias (em redor de 30 graus, por isso poderão imaginar como será no Verão…) teve continuação durante a noite (só ligeiramente a temperatura baixou), pelo que não são as tempestades que tornam o Texas mais "fresquinho"…
Amanhã, o último dia aqui em Dallas continuam as actividades recreativo-culturais, que terminam com mais uma experiência de home hospitality (tive a primeira em Seattle), a última que viverei nesta minha viagem.
E, como sempre, cá estarei, no final do dia, a dar conta do que pude conhecer e experimentar.
Boa noite a todos e até amanhã!
Caro(a) JardimdasMargaridas
ResponderEliminarMuito obrigado pelos seus comentários. Saber que, em Portugal, a leitura dos meus "diários" é uma satisfação, pelo menos para alguns, faz-me pensar que tenho cumprido - umas vezes melhor, outras pior - o objectivo a que me propus, o da patilha das experiências que vou vivendo nos EUA - o que, claro, só podia ser feito com um toque pessoal, mesmo correndo riscos (senão, acho que não valia a pena). Assim, mesmo que sejam poucos a seguir estes posts, são reacções como a sua que me fazem sentir que a opção que tomei foi a acertada...
Bem haja!