A experimentação animal tem contribuído de uma forma ímpar para o conhecimento e desenvolvimento da saúde dos seres humanos. No entanto, vários activistas têm contestado a utilização dos animais, afirmando que os novos recursos laboratoriais e computacionais podem substitui-los, evitando a violação dos seus "direitos".
Ao colocarem em pé de igualdade os direitos dos animais e dos seres humanos, partem de um pressuposto, cujo objectivo é chocar a comunidade de todas as maneiras possíveis.
Convêm relembrar que, à medida que o tempo passa, as regras da experimentação animal são cada vez mais apertadas, e ainda bem! Os direitos dos animais têm de ser respeitados. Mas, há necessidade de irmos mais longe. Questiona-se se as experiências realizadas nos laboratórios, mesmo respeitando as leis e a ética, correspondem à realidade. O ambiente das experiências não corresponde ao natural, logo, os resultados, quer sejam biológicos ou comportamentais, podem estar enviesados. Este pormenor levou à criação do conceito denominado enriquecimento do ambiente. Ou seja, criar e recriar em laboratório, condições de satisfação para os animais, permitindo-lhes correr, esconder, brincar, interagir com o que habitualmente poderiam encontrar. O conceito, chega ao ponto de, por exemplo, fornecer brinquedos a alguns animais, substituindo-os periodicamente para evitar que se aborreçam!
Se os animais de experiência são insubstituíveis, em muitas circunstâncias, os cientistas não podem deixar de se preocuparem com o seu bem-estar. A testar esta afirmação recordo que alguns animais até já têm direito à reforma, como aconteceu recentemente com vários chimpanzés, retirados das experiências médicas, os quais foram conduzidos para uma espécie de reserva natural, no estado norte-americano de Louisiana, onde irão gozar os seus direitos....Prova de reconhecimento da humanidade.
A diminuir...
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