Para os que gostam de análises correctas, mas claras, o texto de André Azevedo Alves em O Insurgente, sobre a Segurança Social, intitulado "Em busca da sustentabilidade".
Não trará nada de novo, mas apresentar as coisas de forma simples é um bem muito apreciável.
Tem-se esforçado o governo em dramatizar as contas da Segurança Social. Não escapa um dia sem que o assunto não mereça uma notícia na comunicação social. O objectivo parece claro, preparar a opinião pública para uma “reforma” da Segurança Social que irá seguramente agravar os mesmos do costume, aqueles que têm em dia as suas contribuições e os seus impostos, os trabalhadores por conta de outrem. E, como cerca de 50% destes estão isentos de IRS, como se viu em estudo recentemente publicado, poder-se-á imaginar o que poderão esperar todos os outros.
ResponderEliminarConcordamos que se proceda a uma revisão do valor da atribuição de pensões em todos os casos em que se verifique alterações súbitas e de percentagens elevadas nos últimos anos de contribuição. É o caso por exemplo, de um qualquer técnico dos quadros de uma entidade do Estado que, com um vencimento na ordem dos 2.000 euros e em final de carreira, é chamado para um qualquer gabinete ministerial (por nomeação política) onde lhe é atribuído o dobro do vencimento, no nosso caso 4.000 euros para, passados alguns meses, entrar com pedido de reforma que lhe é concedida com base neste último vencimento. É uma situação muito comum e, como sempre, uma distorção do sistema introduzida pelo clientelismo politico-partidário. Por outro lado, não poderemos aceitar que de alguma forma, todos aqueles que têm uma contribuição normal ao longo da sua carreira, possam vir a ser prejudicados e ver frustradas as suas legítimas expectativas.
O Orçamento da Segurança Social manter-se-ia equilibrado se as receitas recolhidas das contribuições dos trabalhadores suportassem apenas as pensões de velhice, invalidez e sobrevivência. Contudo, pretende-se que elas suportem também as prestações que o Estado garante aos cidadãos: subsídio de desemprego, abonos de família e rendimento social de inserção. Entendemos que estas últimas prestações deveriam ser suportadas unicamente pelo orçamento do Estado e não pelos trabalhadores. Tratam-se de prestações que se destinam a ocorrer a situações conjunturais, de cariz social e que envolve a sociedade como um todo. Seria lógico portanto, ser o País como um todo a suportar tais despesas e não apenas alguns, por sinal os sacrificados de sempre.
Obrigado pela referência.
ResponderEliminarÉ falso afirmar-se. "isso significa que a totalidade das contribuições provenientes dos trabalhadores no activo não só não serão capitalizadas como serão insuficientes para pagar as pensões dos actuais beneficiários do sistema"como escreve o andré azevedo alves no post citado,
ResponderEliminarporque as contribuições dos trabalhadores no activo sustentam igualmente e quanto a mim mal os subsidios do desemprego mais o subsidio de reinserção social mais o abono de familia.
Entendemos que estas prestações deveriam ser suportadas unicamente pelo orçamento do Estado e não pelos trabalhadores. Tratam-se de prestações que se destinam a ocorrer a situações conjunturais, de cariz social e que envolve a sociedade como um todo. Seria lógico portanto, ser o País como um todo a suportar tais despesas e não apenas alguns, por sinal os sacrificados de sempre.
Não consigo entender porque é que um sistema que não consegue a capitalização colectiva, vai conseguir a capitalização individual. A verdade é que a SS é um bando de toscos sentados em biliões de contos à espera que a inflacção os leve...
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