Um jornal noticiou que Manuel Alegre tinha começado a receber uma reforma mensal de 3000 euros, por ter trabalhado 3 meses na RDP, há 30 anos.
Obviamente que achei especulativa tal notícia, pelo absurdo que encerrava.
Admiti, com o meus botões, que tal reforma estaria ligada à situação contributiva ininterrupta de Manuel Alegre, desde há 30 anos a esta parte, como colaborador da RDP, Membro do Governo e Deputado, reprovei a especulação e desliguei do assunto.
Mas, logo a seguir, os acontecimentos precipitaram-se e Manuel Alegre, em vez de explicar claramente a situação, referiu estar a ser tratado de pior forma do que nos tempos do fascismo, os amigos consideraram tratar-se de um assassinato de carácter e os adversários, nomeadamente o PSD, exigiram explicações imediatas para a gravíssima situação, para mais num momento em que tanto se fala das dificuldades da Segurança Social...
Creio que todos andaram mal, uns por qualificarem o acontecimento e não o explicarem, outros pelo aproveitamento que dele pretenderam fazer e todos por não reprovado a especulação jornalística.
E aqui é que bate o ponto: perante uma notícia duvidosa, os políticos indignam-se, especulam, ajudam a lançar lama, mas a comunicação social é sempre poupada, acabando o jornal da sensação por ter mais um dia glorioso!...
Logo a seguir, inverteu-se a indignação: Carmona Rodrigues era acusado de favorecimentos, e aí logo saltaram o PS e outros a indignarem-se!... Também sem procurarem esclarecimento prévio!...
Indignação rotativa que, à falta de fôlego para mais, vai alimentando os nossos políticos!...
Torna-se bem necessária uma "Quarta República"!...
Bem precisamos de uma Quarta República! Eu, por mim, vou dedicar parte das férias a estudar a ética da democracia. Não deixarei de comentar se encontrar bons temas!
ResponderEliminarQuanto ao alarido, é impressionante como tanta gente se lança em ataques imediatos sem sequer se informar sobre a situação concreta; é um problema de salivação pavloviana.