sexta-feira, 14 de julho de 2006

Não se pode ter tudo!


Nos estudos de investigação, em que utilizamos inquéritos, há necessidade de confiar nas respostas dos inquiridos. Às vezes as coisas não correm lá muito bem, porque as pessoas, mesmo na sua boa-fé, podem falsear os dados. “Dizer” a verdade é mais fácil se o ser em questão for uma bactéria ou um animal. Nos seres humanos as coisas são muito mais complicadas. Senão vejamos: se inquirirmos as pessoas sobre a duração dos seus sonos, acabam por afirmar que dormem mais do que é verdade.
Um estudo recente, em que se utilizaram sensores especiais nos pulsos, veio provar que as pessoas passam, em média, sete horas e meia na cama, mas apenas seis a dormir. Além do mais foram detectadas interessantes diferenças, as mulheres dormem mais do que os homens (embora refiram que dormem menos e procuram mais os médicos por causa de problemas do sono!), os brancos mais do que os negros, e, de acordo com os rendimentos, os mais ricos dormem mais do que os menos ricos, apesar de passarem menos tempo na cama, ou seja, aproveitam melhor o sono. A investigadora ficou particularmente surpreendida com este último achado! Eu não sei porque é ficou surpreendida. O pobre deverá fazer melhor uso do tempo que passa na cama sem dormir, ao passo que os ricos, bom… Não se pode ter tudo, não é verdade?

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