Quando se fala de turismo médico associa-se de imediato ao oportunismo de muitos médicos que aproveitam as facilidades de formação pós graduada, promovidas pela indústria farmacêutica, para dar umas “voltas” à borla, matéria em que os portugueses têm dado cartas. Mas existe um verdadeiro turismo médico que consiste em prestar cuidados altamente diferenciados, e exigindo níveis técnicos apreciáveis, em países menos “caros”. A situação caracteriza-se por um crescendo extraordinário. Neste momento, muitas companhias norte-americanas começam a oferecer planos de saúde para que determinados actos médicos possam ser prestados, inclusive, a mais de 16.000 km de distância!
Os preços de muitas práticas médicas estão a aumentar exponencialmente, pondo em causa, segundo alguns entendidos, a própria sustentabilidade de um país. Nos Estados Unidos 1 em cada 5 dólares do produto interno bruto é despendido na saúde. O número de pessoas sem cobertura assistencial aumenta e vai agravar-se.
Os preços de muitas práticas médicas estão a aumentar exponencialmente, pondo em causa, segundo alguns entendidos, a própria sustentabilidade de um país. Nos Estados Unidos 1 em cada 5 dólares do produto interno bruto é despendido na saúde. O número de pessoas sem cobertura assistencial aumenta e vai agravar-se.
A procura da Tailândia, Malásia, Singapura, Índia, África do Sul ou Brasil é uma realidade justificada pela elevada qualidade dos serviços prestados e baixíssimos custos que, por exemplo, num by-pass coronário chega a ser sete vezes inferior ao praticado nos E.U.A. Além do mais, as agências de turismo começam a fabricar pacotes específicos nestas áreas, às quais se associa a indústria hoteleira da saúde, alimentando uma importante área de negócio.
As limitações impostas, entre nós, no âmbito dos cuidados de saúde, são um reflexo de que os gastos estão descontrolados, ameaçando a nossa frágil economia. As perspectivas, mesmo tentando economizar o máximo possível, não são as melhores. As medidas de encerramento, baseadas em critérios técnicos, podem ser correctas, mas socialmente não o são, pondo em dificuldade e criando ansiedade em muitos cidadãos que são obrigados a deslocarem-se em certos períodos do dia, ou melhor da noite, a centros de referência. Enfim, pode ser que estejamos perante um sinal de promoção de turismo médico interno, obrigando algumas pessoas, muitas delas já com uma certa idade, a visitar by night a excelência da saúde nacional.
Já que se gasta muito na saúde, e não havendo dinheiro, porque não transformar o nosso país, que tem condições excelentes para o turismo, num destino privilegiado nestas áreas? Bastaria ofertar planos de tratamento e de cirurgias às grandes companhias e seguradoras do mundo rico. Desta forma, ganharíamos umas massas valentes, reduzindo o nosso défice. Pois é, já me esquecia, o pior é que nem conseguimos dar resposta às necessidades dos nacionais, quanto mais fazer negócio com os outros. Às tantas, face às limitações crescentes que já se avizinham, os portugueses ainda vão acabar por aderir ao turismo médico, aproveitando os preços mais baratos praticados em muitos países por esse mundo fora. Para já, vão a Badajoz para parir ou para abortar, a seguir logo se verá, mas não se ficam pela raia. Agora começam a ensaiar o turismo interno e fronteiriço, depois o europeu e, por fim, o transcontinental…
As limitações impostas, entre nós, no âmbito dos cuidados de saúde, são um reflexo de que os gastos estão descontrolados, ameaçando a nossa frágil economia. As perspectivas, mesmo tentando economizar o máximo possível, não são as melhores. As medidas de encerramento, baseadas em critérios técnicos, podem ser correctas, mas socialmente não o são, pondo em dificuldade e criando ansiedade em muitos cidadãos que são obrigados a deslocarem-se em certos períodos do dia, ou melhor da noite, a centros de referência. Enfim, pode ser que estejamos perante um sinal de promoção de turismo médico interno, obrigando algumas pessoas, muitas delas já com uma certa idade, a visitar by night a excelência da saúde nacional.
Já que se gasta muito na saúde, e não havendo dinheiro, porque não transformar o nosso país, que tem condições excelentes para o turismo, num destino privilegiado nestas áreas? Bastaria ofertar planos de tratamento e de cirurgias às grandes companhias e seguradoras do mundo rico. Desta forma, ganharíamos umas massas valentes, reduzindo o nosso défice. Pois é, já me esquecia, o pior é que nem conseguimos dar resposta às necessidades dos nacionais, quanto mais fazer negócio com os outros. Às tantas, face às limitações crescentes que já se avizinham, os portugueses ainda vão acabar por aderir ao turismo médico, aproveitando os preços mais baratos praticados em muitos países por esse mundo fora. Para já, vão a Badajoz para parir ou para abortar, a seguir logo se verá, mas não se ficam pela raia. Agora começam a ensaiar o turismo interno e fronteiriço, depois o europeu e, por fim, o transcontinental…
É só arranjar os médicos.
ResponderEliminarOu então arranja-se um daqueles programas de trocas, nós mandamos estudantes para formar e recebemos velhinhos para operar...
Vamos buscá-los a Espanha, à Itália, ao Brasil, à Moldávia, à Geórgia, à Cochinchina...Médicos não faltam por esse mundo fora. Em Portugal é que a porca torce o rabo e, no futuro, apesar do aumento do número clausus, é capaz de ficar mesmo sem ele, pelo menos temporariamente…
ResponderEliminarSingularidades lusas!
Pois, mas o problema são os seus colegas da ordem que são piores que o reitor da história de Stanford.
ResponderEliminarUm dia, antes da abertura da China, um colega meu chinês que conseguiu uma bolsa cá e tentou trazer a mulher, cirurgiã estética que trabalhava com os estropiados da guerra entre a China e o Vietname (que os gerava aos milhares por dia). A senhora tinha 29 anos, mas já lhe tinham passado mais estropiados pela mesa de operações que a todo o colégio da ordem. Está a adivinhar o primeiro resultado de tentativa da senhora ser médica em Portugal? Pois...
Entretanto perdi o rasto a estes chineses, provavelmente já foram para um país europeu menos exigente e, certamente, mais atrasado nestas coisas da saúde.
É como diz, singularidades lusas...
Fala o Professor do turismo médico, então e já viu o turismo "educacional"? É outro nicho de mercado em franca expansão e para o qual os Estados-Membros e Associados da U.E contribuem activamente.
ResponderEliminarCamarada Anthrax,
ResponderEliminarPara esse Portugal dispõe de condições únicas, incluindo novos ramos da Química criados na 5 de Outubro e desconhecidos no mundo inteiro....
Caro Professor Massano,
ResponderEliminarQue lhe parece a ideia de criarmos uma agência de viagens especializada em turismo de saúde? O Senhor, o P.Cardão, o Tonibler, eu também me juntava.
Talvez o nosso amigo C.Campos se entusiasmasse e convencesse uma capital de risco pública a particpar no capital, ante a perspectiva de reduzir alguns milhões no orçamento da saúde.
Vamos a isso?
Quer sugerir uma data para discutirmos a iniciativa?
Vamos a isso!
ResponderEliminarCriávamos postos de trabalho, ajudávamos o país a gastar menos na saúde, resolvíamos alguns problemas a muitos dos nossos compatriotas, que ainda podiam desfrutar de boas convalescenças em países exóticos, e a rapaziada da 4R mais alguns compinchas que nos visitam ganhariam umas valentes massas.
Querem ver que ainda vou acabar os meus dias como empresário!...