sábado, 8 de julho de 2006

Valente historiador!

Quando foi noticiada a abertura do túmulo do rei D. Afonso Henriques fiquei cheio de curiosidade. A atitude da simpática antropóloga iria esclarecer muitas dúvidas acerca do fundador da nacionalidade. Claro que surgiu o tal imprevisto da "falta de comunicação" das entidades responsáveis, que se "esqueceram" de pedir autorização à senhora ministra da cultura. Efeito do simplex? É muito provável! Bom, esperemos que o projecto prossiga e seja esclarecedor.
Claro que estas "coisas" despertam reacções interessantes. Uma delas foi de um deputado monárquico (!), por sinal um homem simpático e meu amigo, que considera estarmos perante uma profanação e só a Assembleia da República é que deveria debruçar-se sobre o assunto. Ora abóbora! Se seguíssemos este raciocínio nunca saberíamos nada do passado de muitas personalidades. Conhecer é um imperativo. Mas a par desta posição, Vasco Pulido Valente fez uma “valente” crónica em que considera a posição da ministra como correcta ao proibir a abertura do túmulo. Na sua análise chama, também, para o seu discurso, D. Sebastião. Diz que "O sebastianismo, essência do nosso próprio ser, esburacado por uma análise de ADN, mata Portugal. A sra. ministra faz bem em não permitir esse desastre. Sem a espada do Conquistador e a esperança da salvação numa manhã de nevoeiro sobra o quê?" Apetece-me responder: - Sobra o Vasquinho e o Pignatelli!
Cara Eugénia vai em frente. Não ligues a estes g... E, já agora, guarda umas amostras de ADN do VPV e do deputado monárquico. Podem ser úteis no futuro. Nunca se sabe!

1 comentário:

  1. O quê? Abrir o túmulo e descobrir que o fundadador da nacionalidade era um meia-leca, magrela, que nunca poderia ter agarrado a espada aos 12 anos? Deixem lá o pessoal pensar que era um viking enorme e barbudo....

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