sexta-feira, 28 de julho de 2006

“Vómitos da gravidez e outros!”…

A procura de explicações para certos fenómenos é a principal característica da investigação científica.
Os vómitos da gravidez, que a grande maioria das mulheres, cerca de 90%, sofrem durante o primeiro trimestre, têm sido objecto de vários estudos.
Os evolucionistas, através de inquéritos realizados em várias comunidades, desde a Europa à América, verificaram que determinados tipos de alimentos, mais do que a quantidade, estavam associados a este quadro altamente perturbador.
A ingestão de produtos ricos em açúcar, de álcool e de carne estava associada a probabilidade muito elevada de crises eméticas comparativamente à ingestão de alimentos ricos em cereais. A ingestão daqueles produtos pode ser perigosa para a saúde das mães e dos filhos por comportarem substâncias tóxicas. Hoje, as condições de produção, armazenamento e os respectivos controlos de qualidade, impostas pela legislação e a vigilância efectuada por qualquer Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, garantem a propriedade dos alimentos. Mas vão lá dizer isso aos organismos das grávidas que se regulam por regras próprias, fruto de centenas de milhares de anos, e não pelos normativos actuais.
Biologia sensata que não se deixa “enganar” pela legislação moderna! Também não houve tempo, claro está, para impor quaisquer mudanças, e nem sabemos se ocorrerá algum dia!
“Produzir” um ser humano é uma grande responsabilidade e há que garantir a “qualidade” do mesmo. As regras evolutivas foram definidas nesse sentido, pelos vistos.
A “produção” de ideias é também uma forma de criação, não biológica, mas intelectual. Quem as produz sabe que está também sujeito a produtos “tóxicos”, não sob a forma de alimentos, mas sob a forma de comportamentos ou de atitudes inadequadas por parte de terceiros que, nas tais fases iniciais de gestação, tal como acontece na primeira parte da gravidez, ameaçam a nossa integridade intelectual, provocando intensos vómitos de repulsa que, sendo incomodativos, nos ajudam a preservar a nossa saúde mental. E não há antieméticos que nos valha face a tamanhas pulhices ou interesses escondidos sob aparentes capas de cortesia ou de diplomacia. A agravar esta situação é o facto de estarmos a trabalhar na área da intelectualidade.
Enfim, esperemos que nas próximas gestações intelectuais saibamos evitar tais atitudes e comportamentos perniciosos, seleccionando os equivalentes humanos de cereais, ricos, saborosos e saudáveis, porque também os há…

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