Noticiaram os jornais que a média das faltas dos "trabalhadores" da Administração Autárquica atingia 22 dias úteis por ano, isto é, um mês, exactamente.
Apareceram logo muitos habituais comentadores a expressarem a sua estupefacção perante o facto e a pedirem medidas punitivas e outros a minimizarem o acontecimento.
O que mais me admirou foi que ninguém tivesse opinado que o absentismo devia ser maior, para bem de todos nós.
Afinal de contas, ninguém tinha notado antes essas ausências, sinal de que os "trabalhadores" não faziam falta.
Por outro lado, os absentistas não utilizaram os telefones da autarquia, não gastaram consumíveis, não distraíram os que queriam trabalhar, não assinaram documentos de despesa, não fizeram horas extraordinárias, não viajaram à custa da Cãmara, dispensaram o subsídio de almoço, não criaram entropias desnecessárias, eram menos a aborrecer os cidadãos...
Por mim, acho que o Dr. Fernando Ruas, Presidente da Associação dos Municípios, deveria colocar como objectivo estratégico que os trabalhadores autárquicos atingissem dois meses de absentismo nos próximos doze meses!...
Essa sim, seria uma medida estrutural, com efeitos úteis garantidos a curto prazo, quer de natureza financeira, quer no que respeita à qualidade de serviço!...
Também nos convinha uma semanita de greve geral (efectiva) da AP para reduzir o défice público!
ResponderEliminarNada de dar boas ideias de borla, meu caro Pinho Cardão. Está a ver como já associaram a sua sugestão à hipótese de negociação de greve de longa duração, curativa do nosso deficit crónico?
ResponderEliminarMeu caro Ferreira de Almeida
ResponderEliminarEssa da longa duração ( à nórdica ) são três meses!
Eu não fui tão radical!
O problema é que os "faltosos" são os do quadro. Os assessores, avençados, etc..., essa rapaziada com dispensa de horário, são os mais gastadores e nunca faltam ao trabalho. Estão ao serviço H24; isto é, são um gasto permanente.
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