A inspiração do título veio-me do post anterior do Ferreira de Almeida!...
1. O PCP pôde saber a antecipadamente as conclusões do inquérito à C.M. de Setúbal.
2. Como consequência, as suas estruturas locais foram movimentadas no sentido de virem a retirar a confiança ao Presidente da Câmara, visando a sua substituição, antecipando-se às eventuais conclusões do inquérito.
3. Esta posição começou a ser veiculada pela comunicação social, de forma a justificar uma palavra de Jerónimo de Sousa, que veio a elogiar o camarada e o trabalho das estruturas do partido em Setúbal.
4. Entretanto, soube-se que a razão de ser do imbróglio em que o Presidente da Câmara estava metido tinha a ver com decisões ilegais, previamente combinada com os próprios, de aposentação de 60 funcionários, após cinco faltas não justificadas.
5. Soube-se também que esta decisão foi aprovada, em todos os casos, com os votos a favor dos Vereadores do PCP, a abstenção dos do PS e os votos contra dos do PSD.
6. O PCP de Setúbal retirou a confiança política ao Presidente e este demitiu-se, na linha do que tem que fazer um funcionário do partido.
7. Jerónimo de Sousa reiterou que a demissão em nada tinha a ver com o inquérito, dizendo apenas ter-se tratado de um mero acto de gestão, porque os “melhores podem não ser os melhores em determinada circunstâncias e em Setúbal é necessária uma nova dinâmica”, cito de ouvido, mas respeitando o sentido essencial da declaração.
8. O PCP nomeou o sucessor de Carlos de Sousa, sustentando não serem necessárias novas eleições.
9. O que me parece ser uma atitude coerente, já que nunca apreciou muito tal tipo de manifestação da vontade popular. Além disso, sente-se bem a nomear, já que para ele as pessoas pouco contam e o partido é o seu dono. “Os melhores podem não ser os melhores em determinada circunstâncias…”. Mesmo que esses “melhores” tenham sido eleitos população!...
10. Incoerentes, sim, me parecem as posições do PS e do PSD.
11. A do PS, já que, segundo o DN, Vítor Ramalho diz que “ o PS não anda a reboque de nenhum partido, tem uma posição própria, que neste momento é exigir que o PCP esclareça esta trapalhada total”. Notável posição própria, esta da ignorância, sabido que o PS votou concertadamente com o PCP, com o mesmo objectivo, abstendo-se!...
12. E também a do PSD, já que a sua posição própria, também segundo o DN, é desafiar o PS a forçar eleições intercalares. Ora se o PSD nada teve a ver com a matéria, por que é que não se assume a exigir eleições, se todos os restantes vereadores foram coniventes, por acção ou omissão, nas ilegalidades praticadas?
13. A não ser que tudo tenha sido legal e o PCP é que tenha razão: substituiu Carlos Sousa para dar outra dinâmica à acção da Câmara!...
2. Como consequência, as suas estruturas locais foram movimentadas no sentido de virem a retirar a confiança ao Presidente da Câmara, visando a sua substituição, antecipando-se às eventuais conclusões do inquérito.
3. Esta posição começou a ser veiculada pela comunicação social, de forma a justificar uma palavra de Jerónimo de Sousa, que veio a elogiar o camarada e o trabalho das estruturas do partido em Setúbal.
4. Entretanto, soube-se que a razão de ser do imbróglio em que o Presidente da Câmara estava metido tinha a ver com decisões ilegais, previamente combinada com os próprios, de aposentação de 60 funcionários, após cinco faltas não justificadas.
5. Soube-se também que esta decisão foi aprovada, em todos os casos, com os votos a favor dos Vereadores do PCP, a abstenção dos do PS e os votos contra dos do PSD.
6. O PCP de Setúbal retirou a confiança política ao Presidente e este demitiu-se, na linha do que tem que fazer um funcionário do partido.
7. Jerónimo de Sousa reiterou que a demissão em nada tinha a ver com o inquérito, dizendo apenas ter-se tratado de um mero acto de gestão, porque os “melhores podem não ser os melhores em determinada circunstâncias e em Setúbal é necessária uma nova dinâmica”, cito de ouvido, mas respeitando o sentido essencial da declaração.
8. O PCP nomeou o sucessor de Carlos de Sousa, sustentando não serem necessárias novas eleições.
9. O que me parece ser uma atitude coerente, já que nunca apreciou muito tal tipo de manifestação da vontade popular. Além disso, sente-se bem a nomear, já que para ele as pessoas pouco contam e o partido é o seu dono. “Os melhores podem não ser os melhores em determinada circunstâncias…”. Mesmo que esses “melhores” tenham sido eleitos população!...
10. Incoerentes, sim, me parecem as posições do PS e do PSD.
11. A do PS, já que, segundo o DN, Vítor Ramalho diz que “ o PS não anda a reboque de nenhum partido, tem uma posição própria, que neste momento é exigir que o PCP esclareça esta trapalhada total”. Notável posição própria, esta da ignorância, sabido que o PS votou concertadamente com o PCP, com o mesmo objectivo, abstendo-se!...
12. E também a do PSD, já que a sua posição própria, também segundo o DN, é desafiar o PS a forçar eleições intercalares. Ora se o PSD nada teve a ver com a matéria, por que é que não se assume a exigir eleições, se todos os restantes vereadores foram coniventes, por acção ou omissão, nas ilegalidades praticadas?
13. A não ser que tudo tenha sido legal e o PCP é que tenha razão: substituiu Carlos Sousa para dar outra dinâmica à acção da Câmara!...
14. Pois se assim não for, fico perante uma compreensível incompreensão!...
Notável capacidade analítica, meu caro Pinho Cardão.
ResponderEliminarAguardemos pelas cenas dos próximos capítulos desta nova telenovela para perceber se PSD e PS formarão o tal bloco central negativo capaz de provocar eleições intercalares. Pode ser, perante os fundamentos que então os partidos apresentarem, que ainda tenhamos ocasião de postar a favor da compreensível compreensão ou então de uma incompreensível compreensão.
Estratégias imcompreensíveis estas.
ResponderEliminarTenho de Vitor Ramalho, a ideia de um homem que não confunde ser socialista com o ser seguidista.
Aguardo por isso, a sua próxima declaração, para melhor compreensão da sua declaração.
Interessante esta rábula. Talvez possa inspirar o próximo guião de um filme do Manuel de Oliveira.
ResponderEliminarÉ longa, confusa e à medida que se desenrola vai perdendo o interesse que, aliás, nunca chegou a suscitar. Porém, sempre poderá animar por mais uns tempos as frivolidades da comunicação social e da política sorna. O povo tem de se entreter com alguma coisa nas férias de verão... que não os incêndios, a censura ou outros problemas “menores” deste género.
Carminda Pinho
Gosto desta sua paciência selectiva...
Felix Esmenio, para tudo há que ter paciência e, a minha, pode crer que, não é tão selectiva assim...
ResponderEliminar